quinta-feira, 20 de março de 2014

Eleições Gerais


Abel Incada e Nuno Nabiam discutem possibilidades de um desistir a favor de outro

Bissau, 20 mar 14 (ANG) - O candidato presidencial apoiado pelo Partido da Renovação Social (PRS) , Abel Incada, admitiu hoje a possibilidade de fundir a candidatura com a de Nuno Nabian, independente, apoiado por Kumba Ialá.

Em declarações à Rádio Jovem (uma emissora privada), Abel Incada afirmou que elementos da direcção do PRS e apoiantes de Nuno Nabian têm tido encontros no sentido de encontrarem uma plataforma comum.

"Pensamos que, ainda antes do lançamento da campanha, poderemos chegar à um acordo para que as duas candidaturas sejam só uma", declarou Incada, há dois dias do início da campanha eleitoral.

Abel Incada não indicou quem desiste a favor de quem da corrida presidencial.
Sobre o facto de Kumba Ialá, fundador e ex-presidente do PRS, ter decidido apoiar Nuno Nabian, Abel Incada defendeu que "nada está perdido" quanto à possibilidade de reconciliação.

"Neste momento, Kumba Ialá está a refletir para ver o que podemos fazer juntos. Estamos a trabalhar para que possamos nós, partido, e ele, avançar só com um único candidato", precisou Abel Incada.

O candidato do PRS confessa-se um admirador de Kumba, mas lamenta que as coisas tenham chegado a esse ponto entre o antigo presidente guineense e o partido que fundou.

"Fui o candidato escolhido pelo PRS, mas nós não podemos falar do partido sem o Kumba Ialá, que é um líder carismático do PRS. A vida é assim. O Kumba Ialá tem a sua maneira de ser", sublinhou Abel Incada.

No dia 01 de janeiro, Kumba Ialá anunciou publicamente que abandonava a vida política ativa, afastando a possibilidade de candidatar a cargos de Estado, e no dia seguinte declarou apoio ao candidato independente Nuno Nabian.


"No meu PRS não encontro nenhuma figura capaz neste momento", dizia Kumba Ialá, numa declaração considerada injuriosa por dirigentes do partido, que dias depois, em Conselho Nacional, escolheram o empresário Abel Incada como candidato às presidenciais de 13 de abril. 

ANG(Lusa)

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