quarta-feira, 26 de março de 2014

Saúde Pública

Autoridades sanitárias atentas ao surto de ébola na Guiné-Conakry 

Bissau, 25 Mar 14 (ANG) - O ministro da Saúde da Guiné-Bissau, Agostinho Cá, afirmou segunda-feira que o surto de ébola registado na vizinha Guiné-Conakry não chegou ao país e garantiu que as autoridades estão atentas.

"Recebemos telefonemas de cidadãos preocupados. Quero tranquilizar toda a gente. Até agora não temos conhecimento de nenhuma situação" de doença, afirmou Agostinho Cá.
  Agostinho Cá sublinhou que os serviços de prevenção e promoção da Saúde Publica já tomaram conhecimento da situação e accionaram os mecanismos de alerta precoce nas regiões que fazem fronteira com a Guiné-Conakry.

As regiões de Tombali e Quinará, no sul, e Gabú, no leste, fazem fronteira com a Guiné-Conakry e registam um fluxo considerável de pessoas entre os dois países.

"Vamos criar uma comissão que vai trabalhar com as autoridades a nível central e regional" para monitorizar a situação, observou Agostinho Cá, sublinhando que a OMS e o Unicef são os principais parceiros da Guiné-Bissau em situações de surtos de doenças.

A Guiné-Bissau sozinha não tem capacidade para responder aos surtos epidémicos de doenças como cólera, paludismo, diarreias ou outras, lembrou Agostinho Cá.

As autoridades da Guiné-Conakry anunciaram que o vírus ébola foi identificado como a fonte de um surto de febre hemorrágica que matou 34 pessoas no país nas últimas semanas.

O ébola não tem tratamento nem pode ser prevenido por vacina. O vírus é fatal para 25% a 90% dos que o contraem, dependendo da estirpe, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

O vírus é transmitido por contacto directo com sangue, fezes ou suor, por via sexual ou por contacto não protegido com cadáveres.

Agostinho Cá falava nesta segunda-feira à Lusa e RDP-África à margem de uma audiência com um grupo alemão, BW Energy, que quer ajudar as autoridades sanitárias na resolução do problema da energia nos hospitais.

O grupo quer montar centrais foto voltaicas nos principais hospitais guineenses, a começar no Simão Mendes (hospital de referência nacional), que terá energia dentro de 90 dias, assinalou Agostinho Cá.

O hospital Simão Mendes recebe energia eléctrica da rede pública, mas quase sempre há falhas no fornecimento, o que, disse o ministro, cria situações "muito complicadas" no atendimento dos pacientes.

"Às vezes, em plena cirurgia, ficamos sem energia", frisou Agostinho Cá.


ANG
 






                                                      

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