Inicia ateliê para validação do Relatório da Segurança Alimentar
no País
Bissau, 19 Março 014 (ANG) – O Programa Alimentar
Mundial (PAM) e o Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO),
em parceria com a ONG Plan Guiné-Bissau, iniciaram hoje um ateliê de validação
do Relatório sobre a Segurança Alimentar em situação de emergência, elaborado
no ano passado.
Ao presidir a cerimónia de abertura do
evento, o Director Geral da Agricultura, em representação do ministro da
tutela, disse que, a política de desenvolvimento do sector agrário do país,
está consagrado na Carta da Política do Desenvolvimento Agrário, que tem como
objectivo garantir a segurança alimentar, aumentar e diversificar as
exportações agrícolas, assegurar a gestão racional e preservação dos recursos
agro-silvo-pastoril e melhorar o quadro de vida das populações rurais.
Júlio Malam Indjai afirmou que o ateliê visa
ainda promover um desenvolvimento de uma agricultura capaz de garantir a
segurança alimentar da população, através de acções concretas e viáveis que facilitem
a disponibilidade e a capacidade de acesso aos géneros alimentícios, assim como
a preservação de ecossistemas.
De acordo com os organizadores do encontro,
em Junho de 2013, na sequência da má campanha de comercialização de caju, a
deterioração da troca de castanha com arroz, associado ao contexto
sociopolítico desfavorável, o PAM em colaboração com o Governo conduziram uma
avaliação rápida da segurança alimentar junto às comunidades das sete regiões
continentais.
Os resultados dessa avaliação demonstraram
que a má campanha de comercialização de castanha de caju teve efeitos negativos
a nível da segurança alimentar dos agregados familiares.
Os dados avançados, apontavam para, apenas, 7
por cento das famílias que se encontram em segurança alimentar, quer dizer que,
estes são capazes de assegurar um consumo alimentar aceitável, sem recurso às
estratégias de adaptação negativas que afectam menos de 50 por cento dos seus
rendimentos.
O relatório aponta que, 74 por cento das
famílias que declararam que uma das três principais dificuldades ao longo dos últimos
meses foi o baixo preço da castanha de caju, o que tem afectado a capacidade
das famílias em produzir ou comprar alimentos suficientes.
O documento aponta ainda que, as famílias
colocam 72 por cento das suas despesas em alimentação o que não lhes permite
investir na agricultura e na educação das crianças.
O relatório apontou as regiões de Oio,
Quínara e Cacheu com maiores índices de vulnerabilidade.
ANG/AI/AC
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