"Forças ocultas" querem desestabilizar eleições”, diz a Liga
Bissau, 21 Mar 14 (ANG) - O presidente da Liga Guineense dos
Direitos Humanos, Luís Vaz Martins, disse nesta quinta-feira à Lusa que
"forças ocultas" querem "mais uma vez" desestabilizar o
processo eleitoral na Guiné-Bissau, tal como no golpe de Estado de 2012.
Em causa
está o alegado sequestro de um candidato às eleições legislativas de 13 de
Abril, Mário Fambé, do Partido da Renovação Social (PRS), que terá sido levado
para parte incerta por homens armados, ao sair de casa, em Bissau.O caso, cujas motivações não são conhecidas, foi denunciado numa conferência de imprensa do candidato presidencial Abel Incada, segundo o qual tem havido
perseguições contra outros dirigentes do PRS por parte de elementos que
não identificou.
O presidente da Liga pede a vigilância da comunidade internacional, sobretudo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), no sentido de obrigar os actores guineenses a serem mais comedidos durante o processo eleitoral.
"Chamamos a atenção da CEDEAO no sentido de assumir as suas responsabilidades
sob pena de comprometermos, mais uma vez, um processo eleitoral com o qual
a comunidade internacional gastou muito dinheiro", destacou Vaz Martins.
Também o representante do secretário-geral das Nações Unidas em Bissau, José Ramos-Horta, já condenou a situação.
"É totalmente inaceitável, por parte de quem quer que seja. Ninguém neste país está acima da Constituição, da lei, dos tratados internacionais, que obriga-nos a todos a respeitar a dignidade humana, a liberdade num Estado de direito", avisou Ramos-Horta. ANG
A ONU poderá mesmo vir a tomar uma atitude no sentido de garantir segurança e tranquilidade às eleições, precisou o seu representante em Bissau.
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