terça-feira, 18 de março de 2014

Internacional/Ucránia

Estados Unidos rejeitam resultado do “referendo” na Ucrânia

Bissau, 18 Março 014 (ANG) - Os Estados Unidos de América rejeitaram o “referendo” de Domingo na península ucraniana e que pode levar a sua anexação a Republica Federativa da Rússia.

Em nota assinada pelo Secretário de Estado da Imprensa e que a ANG teve acesso, o Governo Norte-americano evoca que o referendo “é contrário à Constituição da Ucrânia” e, por isso, a comunidade internacional “não reconhecerá” os resultados de uma votação realizada “sob ameaças de violência e intimidação de uma intervenção militar russa que viola a lei internacional”.

Os EUA argumentam ainda que nenhuma decisão deve ser tomada em relação ao futuro da Ucrânia, sem que seja através do seu próprio governo. “Além disso, essa votação não era necessária”, insiste os Estados Unidos.

O governo ucraniano deixou clara sua disposição para discutir sobre a questão de uma maior autonomia para a Crimeia e as eleições presidenciais planejadas para 25 de Maio que fornecem uma oportunidade legítima para todos os ucranianos se expressarem sobre o futuro de seu país.

Além do mais, prossegue o documento, a Rússia teria recusado pedido de entrada de monitores internacionais na península da Crimeia, feito pela Ucrânia, os Estados Unidos, a União Europeia, a Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), as Nações Unidas, entre outros.

“A Rússia rejeitou esses pedidos, bem como o contacto por parte do governo ucraniano e, em vez disso, intensificou sua intervenção militar na Crimeia e iniciou exercícios militares ameaçadores na fronteira oriental da Ucrânia”, descreve a nota.

Para os americanos, estas acções russas “são perigosas e desestabilizadoras”, tal como teria reconhecido o Conselho de Segurança da ONU, na votação do último domingo, a qual somente a Rússia se opôs.

“A intervenção militar e a violação da lei internacional trará custos maiores para a Rússia, não somente devido a medidas impostas pelos Estados Unidos e seus aliados, mas também como um resultado directo das próprias ações desestabilizadores da Rússia”, adverte os EUA que lembrou que neste século, já se foi o tempo em que a comunidade internacional se calava enquanto um país se apoderava do território de outro.


ANG/AI/JAM

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