segunda-feira, 30 de março de 2015

Mesa Redonda



EUA felicitam “visão de desenvolvimento político e económico” da Guiné-Bissau

Bissau, 30 Mar 15 (ANG) - Os Estados unidos de América felicitaram aquilo que consideram de “visão de desenvolvimento político e económico” da Guiné-Bissau apresentada na Mesa Redonda no passado 25 em Bruxelas, Bélgica.

Em nota distribuída à imprensa, a embaixada americana para a Guiné-Bissau, com residência em Dakar, Senegal, refere que o documento apresentado pelas autoridades de Bissau neste certame internacional, está “claramente” articulado com as aspirações e os planos específicos necessários para erguer um país “forte, vibrante e próspero” dentro da comunidade da África Ocidental”.

Por isso, segundo o documento, a administração norte-americana agradece a União Europeia, o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas e o próprio Governo da Guiné-Bissau pela organização desta conferência “e que resultou em sucesso”.

Washington afirma-se como um parceiro da comunidade internacional para construir uma relação forte e duradoura com a Guiné-Bissau e que culminará com o cumprimento dos objectivos delineados na conferência de Bruxelas”.

 De acordo com a nota, os objectivos do plano é a criação de uma economia “forte e diversificada”, que ofereça oportunidades aos jovens, a reformar e fortalecimento das instituições democráticas, o combate a corrupção, promoção da boa governação e redução da pobreza.

“A Casa Branca está empenhada em continuar a cooperação bilateral com a Guiné-Bissau, no sector da Defesa e Segurança e na reforma do aparelho judiciário guineense, e vai continuar a sua assistência técnica no sector da saúde”, lë-se no comunicado.

Finalmente, os Estados Unidos de América realçaram o progresso alcançado pela Guiné-Bissau nos dez meses que se seguiram as eleições gerais de 2014 e garantiu o apoio contínuo da administração Barack Obama ao país.

A mesa redonda de Bruxelas culminou com o anúncio de apoio financeiro dos parceiros à Guiné-Bissau no valor 1.5 bilhões de dólares americanos para materialização do Plano Estratégico e Operacional de Desenvolvimento da Guiné-Bissau, a médio e longo prazos.

ANG/QC/JAM/SG


sexta-feira, 27 de março de 2015

40º Aniversário do Nô Pintcha



SG comunicação social defende formação contínua de jornalistas

Bissau, 27 Mar 15 (ANG) – O Secretario geral do Ministério da Comunicação Social, Francisco Barreto defendeu hoje que os jornalistas necessitam de formação permanente para estarem a altura de abordar diferentes questões da sociedade guineense.

Francisco Barreto que falava hoje na cerimónia comemorativa do 40º aniversário do bissemanário “Nô Pintcha” disse que o referido processo não depende só da direcção dos órgãos de informação e do Governo mas também do próprio jornalista que deve, por meios próprios, procurar melhorar os seus conhecimentos técnicos.

Segundo Francisco Barreto, os anos da existência do jornal deve servir de reflexão sobre o seu passado, a fase actual e perspectivar o futuro.

São várias as dificuldades que o jornal enfrentou ao longo dos anos, reconheceu o SG que, acrescenta que, não obstante a essas carências, o Nô Pintcha conseguiu registar o pulsar do dia-a-dia do povo e o retomar da vida das instituições, durante os seus 40 anos “de altos e baixos”. 

“Agora há que tirar ilações desse passado, de um período em que o jornal saia três vezes por semana e era distribuído em para todas as regiões do país”, lembrou Francisco Barreto que pediu “mudança na organização, da disciplina laboral”, com vista a fazer o jornal acompanhar a evolução tecnológica.

“A Guiné-Bissau está numa nova fase, razão pela qual a comunicação social deve estar preparada para mobilizar a sociedade guineense em geral para que o país seja a casa de todos na base da união”, frisou o Secretário-geral.

Por sua vez o Director do Jornal referiu a data é de grande importância, porque o bissemanário, na altura da sua criação, em 1975, tinha como um dos objectivos combater o analfabetismo, que na altura se situava em 90 por cento.

 “Hoje é um dia de reflexão sobre o passado, o presente e perspectivar o futuro do jornal, tendo em vista transformar de bi para trissemanário e, consequentemente, terminar em diário”, prometeu o director.

Mas, avisou que estes objectivos só podem ser conseguidos com melhoria de condições de trabalho, o fornecimento de equipamentos informáticos e formação de recursos humanos.
O evento foi testemunhado pelos responsáveis dos órgãos públicos de comunicação, nomeadamente o radiodifusão Nacional, a Televisão e a Agencia de Noticias da Guiné-Bissau, assim como a INACEP, EP.

ANG/LPG/JAM

Mesa Redonda



"Plano ambicioso que seduziu os doadores", diz o jornalista Muniro Conté

Bissau, 27 Mar 15 (ANG) - O jornalista e comentador político Muniro Conté qualificou o Plano Estratégico Operacional apresentado na Mesa Redonda em Bruxelas pelo executivo e que seduziu os doadores marcou a rotura com o modelo de eventos iguais em que o país anfitrião limitava-se apenas a fazer um enunciado ou um check-list das suas necessidades. 

Comentando sobre os resultados do encontro com os parceiros na capital Europeia e que redundou num franco sucesso, disse que o Plano Estratégico Operacional apresentado pela equipa de Domingos Simões pereira é um documento inspirado e com uma base que enfatiza a necessidade de por fim ao ciclo vicioso e dar lugar um virtuoso. 

"Isso demonstra uma ambição ´Terra Ranka´ e acalenta uma esperança ´Sol Na Iardi´, dando expressão máxima ao brilho da luz, após uma longa travessia no deserto", afirma o jornalista.
 Muniro Conté sublinhou que o quinquénio 2015 a 2020 é o horizonte a atingir, mas, lembrou, 2025 constitui uma espécie de meta mais avançada nas aspirações do país. 

"O Plano Estratégico Operacional é, pois, uma proposta, fundada em bases concretas e realistas, que vão ao encontro das exigências do país a emergir da crise. Foi baseada numa metodologia participada e inclusiva, contando com a contribuição de diferentes franjas da sociedade guineense", explicou o também Director-Geral da Radiodifusão Nacional.  

A estrutura do Plano, de acordo com Conté, assenta-se em quatro eixos fundamentais, nomeadamente a Paz e Boa Governação, Infra-estruturas e Desenvolvimento Urbano, Desenvolvimento Humano, Biodiversidade, e Ambiente de Negócios. 

Muniro Conté afirmou que a parte discricionária do Plano reflecte uma abordagem integrada, com alguns dos sectores chaves a serem reagrupados no mesmo eixo.

"Assim, por exemplo, sectores como saúde, educação, juventude, cultura e protecção social fazem parte do mesmo pacote do Desenvolvimento Humano enquanto as infra-estruturas, energia e industria e tecnologia estão reagrupadas num mesmo eixo, ou seja, as Infra-estruturas e o Desenvolvimento Urbano", esclareceu.

Segundo o jornalista, o documento que o Governo apresentou aos doadores na Mesa Redonda de Bruxelas, idealiza uma Guiné Melhor, projectando progressos em diversas áreas. Por exemplo, no sector das infra-estruturas o Plano prevê a construção de um Porto em Pikil, Região de Biombo, e em Bissau, e a construção de um aeroporto em Bubaque. 

Na área Agro-indústria, o grande projecto é a garantia da auto-suficiência do país em arroz e o aumento, para quatro vezes mais, da transformação e exportação de castanha de caju. 

No sector turístico, o documento prevê a criação de uma zona especial de turismo nas ilhas Bijagós, que irá atrair 20 mil turistas e absorver mais empregos no sector da gastronomia e afins. 

O Plano, na visão de Muniro Conté, conta com uma vantagem, por ser decisiva não só do ponto de vista das promessas mas, acima de tudo, poderá relançar economicamente a Guiné-Bissau, através do desembolso dos fundos. 

Com o beneplácito dos principais órgãos de soberania, apropriação de todos os quadrantes da sociedade guineense e apadrinhado pela Comunidade Internacional, a sua materialização dependerá de factores como capacidade negocial do Governo no pós Mesa Redonda para assegurar a celeridade no desbloqueamento dos fundos. 

Para isso, argumentou, é necessário cristalizar os níveis de estabilidade que se revela muito bom actualmente e a Boa Governação. 

Na sua óptica, esta constitui a Mesa Redonda com melhores pré-requisitos de sempre, evocando como razão para isso a existência de um Governo de Legislatura, apoiado pelo Presidente da República, Parlamento e a Sociedade Civil, além de votos de confiança vindo do Bureau Político do PAIGC, principal partido que suporta o executivo. 

A somar a esses elementos, uma nota positiva do Fundo Monetário Internacional no controlo das receitas e referências positivas da Amnistia Internacional no que se refere ao respeito dos Direitos Humanos na Guiné-Bissau são, talvez, os dados mais importantes.

"O forte apoio da Comunidade Internacional, sobretudo da União Europeia, o principal parceiro da Guiné-Bissau na ajuda ao Orçamento Geral do Estado e outros projectos sociais de desenvolvimento, foram outros factores determinantes", concluiu Conté.

ANG/AC/JAM

quinta-feira, 26 de março de 2015

Emigração Clandestina



Governo apresenta Documento Estratégico de Combate a Emigração clandestina aos parceiros

Bissau 26 Mar 15 (ANG) – O Governo da Guiné-Bissau apresentou hoje aos parceiros Bi e Multilaterais um Documento Estratégico para desencorajar os jovens guineenses a optarem pela emigração ilegal.

Na ocasião o Director Geral das Comunidades disse que o Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação Internacional vai, no decurso de 2015, implementar acções que mobilizarão apoios necessários o combate a este fenómeno que, segundo Luís Domingos Camará de Barros, é uma realidade desencorajadora que transgride a dignidade humana, 

O Director das Comunidades pediu a Sociedade Civil e as ONGs  para participarem neste combate, promovendo campanhas de prevenção com slogans como,” Bu Terra I Lugar Seguru  Di Vivi “ (a tua pátria é mais segura para viver).

A Campanha esta dividida em duas fases; a primeira, que começou em Janeiro ultimo termina no final deste mês, enquanto que a segunda terá lugar de Outubro a Dezembro do ano em curso.  

A divulgação dos riscos da emigração clandestina, a importância de viver e trabalhar no país de origem, contribuindo assim para o seu desenvolvimento e mudança de mentalidade para acabar com a pratica “nociva” a juventude guineense em particular, são algumas estratégias implementadas nesta luta. 

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ANG /MSC

  

    

Mesa redonda




Guiné-Bissau consolida apoio da comunidade internacional

Bruxelas,25 Mar 15 (ANG)- O Primeiro-ministro anunciou hoje em Bruxelas que o próximo passo vai ser a criação de um mecanismo de monitorização e controlo dos fundos mobilizados pelo governo.
Simöes Pereira falava à imprensa momentos apos o término dos trabalhos da mesa redonda sobre a Guiné-Bissau que decorreu sob patrocinio da Uniäo Europeia e as Nações Unidas.
“Garanti ao comissario para a cooperação e desenvolvimento da Uniäo Europeia que não é so o montante que a comunidade internacional ira colocar  a nossa disposição que vai ser objecto desta monitorização e controlo. Mesmo os recursos internos que formos capazes de arrecadar também serão submetidos a esta avaliação e controlo”, disse.
Simöes Pereira acrescentou que este controlo sera exercido através da criação de uma  estrutura transparente de gestão e numa abertura sem quaisquer reservas para o acompanhamento da Comunidade Internacional através de auditorias subsequentes a sua aplicação.
Em relação aos resultados da mesa redonda, Domingos Simöes Pereira disse que os dois objectivos perseguidos foram alcançados.
“Viemos com vários objectivos e um deles é ter de volta os nossos parceiros internacionais. Que marquem presença e sejam capazes de demonstrar disponibilidades de voltar a cooperar com a Guiné-Bissau e criar mecanismos para esse efeito”, sublinhou.
O segundo objectivo, segundo Simöes Pereira é a cobertura necessária para a implementação do programa estratégico de desenvolvimento da Guiné-Bissau.
Os valores colocados a mesa(1.5 bilioes de dólares) são suficientes para fazer-mos a implementação dos planos de desenvolvimento apresentados.
As autoridades guineenses apresentaram aos parceiros da Guiné-Bissa necessidade de financiamento no valor de 2 mil milhões de dólares americanos para implementação do Plano Estrategico e operacional de desenvolvimento 2015-2020.
O montante ainda em falta(500 milhöes de dólares americano) segundo o ministro da Economia e Finanças, Geraldo Martins devera ser  mobilizado junto de parceiros privados.


Do enviado especial da ANG, Salvador Gomes