quinta-feira, 16 de março de 2017

Política


                     Conselho de Estado termina sem entendimento

Bissau, 16 Mar 17 (ANG) – A segunda ronda negocial do Conselho de Estado realizada quarta-feira na Presidência da República na qual se iniciou o analise da proposta da saída da crise política apresentada pelo Presidente da ANP, terminou sem entendimento entre as partes. 
 
Em declarações à imprensa à saída do encontro, o Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANG), Cipriano Cassama, acusou o Presidente da República José Mário Vaz, de nao pretender a paz e estabilidade para o povo guineense.

O líder do parlamento afirmou que o encontro do Conselho de Estado não passou de uma “brincadeira” ou então uma farsa tendo em conta o que foi abordado durante o encontro.

Por seu turno, o Presidente do Partido Africano da Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC) Domingos Simões Pereira, disse que o Presidente da República tem dificuldades na condução do debate.

*Não tenho dúvidas de que José Mário Vaz, terá  intenção de tentar encontrar algumas soluções para fazer face a crise vigente no país.Mas o que é notável nesta situação é a dificuldade de José Mário Vaz em conduzir um debate sério e construtivo para verdadeiramente encontrar aquela solução almejada que anseia tanto este povo” disse o Presidente do PAIGC.

Domingos Simões Pereira acrescentou ainda que durante o encontro, assistiu-se um autentico *espetáculo deplorável*, em que os termos não foram devidamente respeitados, acrescentando que ainda registou-se  trocas de palavras, o que de facto não ajudou, mais uma vez, na forma de pôr o fim a crise.

Para o Presidente do PAIGC, é da responsabilidade do Presidente da República virar a página, e  dar uma chance ao país assim como ao povo guineense.

Para o porta-voz do Conselho de Estado, Victor Mandinga, o PAIGC e a Comissão Permanente da Assembleia Nacional Popular (ANP), são os verdadeiros responsáveis pela crise que o país atravessa.

Mandinga revelou por outro lado que o país não está perante um disfuncionamento das instituições do país, frisando que  que a única instituição bloqueada neste momento é a ANP.

“Não temos dúvidas de que quem está a bloquear sistematicamente o país é o PAIGC, porque julga que tem que estar no poder por via da força”, disse Victor Mandinga.

Aquele responsável apontou por outro lado os libertadores como o foco da críse política vigente no país, *uma vez que sentem-se fracassados no parlamento*. 

Questionado sobre o Acordo de Conacri, o porta-voz do Conselho de Estado revelou que discorda com o Acordo de  Conacri porque vai contra a soberania do país.  
ANG/LLA/ÂC/SG

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