quinta-feira, 23 de março de 2017

Inglaterra



                      Atentado em Londres perto de Westminster

Bissau, 23 Mar 17 (ANG) - Quatro pessoas morreram e mais de 20 ficaram feridas no ataque terrorista de quarta-feira no centro de Londres, junto ao Parlamento britânico.
 
O atentado de Londres teve lugar um ano após o triplo ataque terrorista ao aeroporto internacional de Zaventem e à estação Maelbeek, em Bruxelas, na Bélgica, que matou 32 pessoas e deixou outras 324 feridas.

Segundo o balanço da polícia, o ataque começou na ponte de Westminster e só terminou junto ao Parlamento britânico.

Na ponte, o atacante acelerou para cima dos transeuntes - matando três pessoas - e seguiu até ao palácio do Parlamento. Aqui, esfaqueou um polícia, que acabou por morrer no local. Ao que tudo indica, o homem tentava entrar no edifício, mas foi parado pela polícia após tiroteio.

Os relatos de que o ataque foi perpetrado por dois terroristas, estando ainda um suspeito em fuga, foram depois desmentidos pela polícia, que no balanço à imprensa ao fim da tarde de quarta-feira afirmou que o autor era apenas um homem, aquele que foi baleado junto ao Parlamento.

O deputado britânico e secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Tobias Ellwood, está entretanto a ser elogiado pelas suas acções junto ao Parlamento. 

O governante tentou socorrer o polícia esfaqueado. A zona continuava quarta-feira totalmente isolada.

“O ataque começou quando um carro foi conduzido sobre a ponte de Westminster atropelando e ferindo um número de membros do público, incluindo três agentes da polícia”, afirmou Mark Rowley, comissário adjunto e director das forças antiterrorismo. “O carro depois bateu perto do Parlamento e pelo menos um homem armado com uma faca continuou o ataque e tentou entrar no Parlamento”.

Uma mulher que terá caído da ponte (ou se terá atirado fugindo do ataque, não é claro exactamente o que aconteceu) foi a meio da tarde de quarta-feira retirada do Rio Tamisa. Segundo os media britânicos, está viva mas ferida.

A polícia britânica informou desde o primeiro momento que o incidente estava a ser tratado como um acto terrorista.

Pessoas atropeladas na ponte foram assistidas por outros transeuntes ainda antes de a polícia chegar ao local. Entre os feridos estão três adolescentes franceses que estavam numa visita de estudo a Londres e foram atropeladas na ponte. Pertencem à escola Saint-Joseph de Concarneau.

Um político polaco, Radoslaw Sikorski, contou à BBC que várias pessoas foram atropeladas na ponte nas proximidades do Parlamento.

“Não vi o carro, mas ouvi o que me pareceu ser uma colisão. Olhei pela janela do táxi e vi uma pessoa no chão, em grande dificuldade”, disse, acrescentando que viu, ainda, mais quatro pessoas caídas na ponte de Westminster, “uma a sangrar de forma abundante”.

A editora de política da BBC disse no Twitter que um assessor político lhe contou que viu mais de dez corpos caídos na ponte de Westminster. “De onde estou, não posso confirmar”, acrescentou Laura Kuenssberg.

Os órgãos de informação na capital britânica afirmam que não é muito comum que na zona do Parlamento, com um perímetro de segurança, num dia de debate com a primeira-ministra e o líder da oposição na Câmara dos Comuns, um indivíduo tenha conseguido fazer o ataque.

Theresa May, primeira-ministra inglesa, foi escoltada para fora do Palácio de Westminster pelo seu serviço de segurança. Funcionários e deputados do Parlamento foram instruídos para ficarem dentro dos escritórios e alguns foram retirados do local em segurança pela polícia.

As imagens do atacante e o carro por ele utilizado no ataque, após ter chocado contra as grades do Palácio de Westminster, foram também divulgadas.  
ANG/JA

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