Ensino/Sindicatos dizem que os professores não
voltarão as salas de aulas sem criação das condições indispensáveis
Bissau 10 Jul 20 (ANG) – O
Presidente da Comissão Negocial e porta-voz
de quatro sindicatos do sector educativo, afirmou esta quinta-feira que
se o governo não criar condições para o funcionamento das escolas públicas
nesta época das chuvas e da pandemia da Covid-19, os professores não vão voltar
às salas de aulas para lecionar.
Em entrevista exclusiva ao semanário O Democrata sobre se já
estão reunidas todas as condições para a retoma das aulas prevista para o próximo dia 13 de Julho, Duarte Bunghoma Sanhá disse que é preciso que haja condições que permitam a retoma de aulas sem grandes riscos de contaminação, uma vez que muitas escolas não tem condições infraestruturas, o que é do conhecimento do Ministério da Educação.Acrescentou que espera que o
executivo apresente um plano para o funcionamento das escolas, tanto na capital
Bissau como nas regiões, em que alguns estabelecimento do ensino se encontram
em avançado estado de degradação.
Duarte Sanhá que falava em nome do Sindicato Nacional dos
Professores(Sinaprof), do Sindicato Democrático dos Professores (Sindeprof),
dos Funcionários da Escola Superior da
Educação (Siese) e a Frente Nacional de Professores (Frenaprof), disse que as
referidas organizações da classe dos professores têm que defender os seus
associados de uma eventual contaminação da doença de Covid-19 , bem como os
alunos.
O sindicalista disse que
foram muito claros com o governo no que concerne à retoma das aulas e sugeriram
as autoridades realização de acções concretas para a retoma das aulas com
segurança.
Acrescentou entretanto que,
se o executivo anunciar o reinício das aulas para segunda-feira é porque na
verdade vai criar condições para o efeito.
“Ouvimos através dos órgãos
de comunicação social, o anúncio de retoma de aulas e confesso que estamos
todos com dúvidas se as escolas públicas retomarão as aulas no dia 13 de Julho.
Estamos na época da chuva e não podemos preocupar somente com a Covid-19 mas
também com o paludismo e outras doenças, dado que algumas escolas estão em
zonas húmidas, sem nenhumas condições”, disse.
Aquele responsável referiu-se a necessidade de
confinamento, respeito pelo
distanciamento social, como alguma das condições que permitirão o funcionamento
de aulas, obedecendo as normas preventivas estabelecidas no quadro do estado de
emergência.
O porta voz das organizações
sindicais do sector educativo sustenta que será necessário reduzir o número de alunos
por turmas e disponibilizar máscaras
suficiente para professores e alunos, bem como arranjar solução para as escolas
com problemas nos telhados.ANG/MSC/ÂC//SG
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