Covid-19/Emirados Árabes Unidos afirmam que vacina chinesa tem 86% de eficácia
Bissau, 09 Dez 20 (ANG)
– Os Emirados Árabes Unidos disseram hoje que uma vacina contra o coronavírus
desenvolvida por uma farmacêutica chinesa e testada no país revelou uma
eficácia de 86%, num comunicado que fornece poucos detalhes.
Os Emirados Árabes
Unidos, que reúnem sete emirados, incluindo Dubai e Abu Dhabi, testaram a
vacina desenvolvida pela Sinopharm, a partir do início de Setembro, em 31.000
voluntários de 125 países diferentes e idades entre 18 e 60 anos.
“A análise não revelou
nada que suscite uma preocupação séria com a segurança”, apontou o comunicado
difundido pelo Ministério da Saúde e Prevenção dos Emirados Árabes Unidos, sem
detalhar se algum dos participantes sofreu efeitos colaterais.
Não é claro se os
resultados incluíam apenas participantes dos testes nos Emirados Árabes Unidos
ou se também incluíam resultados da China e de outros países.
No mesmo comunicado é
referido que a vacina recebeu “registo oficial”, sem detalhar o que isso
significa.
A vacina da Sinopharm
foi aprovada para uso de emergência em alguns países e a empresa ainda está a
realizar testes clínicos em 10 países.
Marrocos está a preparar
um ambicioso programa de vacinação, com o objectivo de vacinar 80% da sua
população adulta, em colaboração com a Sinopharm.
A vacina desenvolvida
pela farmacêutica chinesa consiste numa injecção do vírus ou bactéria no corpo
para que o sistema imunológico identifique a ameaça e crie defesas, um método
usado em várias outras vacinas.
As principais
concorrentes ocidentais, como a Pfizer e BioNTech, usam uma tecnologia mais
avançada.
Em vez de injectar um
vírus ou parte dele, a ideia é fazer o corpo produzir a proteína do vírus. Os
cientistas identificam a parte do código genético viral que carrega as
instruções para a fabricação dessa proteína e injectam-na no corpo. Uma vez
absorvidas pelas células, esta funciona como um manual de instruções para a
produção da proteína do vírus. A célula fabrica essa proteína e exibi-a na sua
superfície ou liberta-a na corrente sanguínea, o que alerta o sistema imune.
Autoridades importantes
dos Emirados Árabes Unidos, incluindo o governante de Dubai, o xeque Mohammed
bin Rashid Al Maktoum, receberam publicamente as vacinas, como parte dos
testes. ANG/Inforpress/Lusa
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