Simpósio Internacional de Tite/Coordenador da comissão defende reconstrução do aquartelamento militar local
Bissau, 04 dez 20
(ANG) – O Coordenador da Comissão da IIª Edição do Simpósio Internacional do
sector de Tite, região de Quinara, sul do país, defendeu a reconstrução do aquartelamento
militar local e o seu reconhecimento
histórico.
Fernando Embana sugere
a inclusão na história dos sectores de Tite e Boé no curriculum escolar guineense, para que
a nova geração possa conhecê-las.
Disse que o objectivo
principal do evento é trazer à mente das pessoas, sobretudo os combatentes da
liberdade de pátria e os governantes a actual situação de Tite.
Segundo Fernando Embana,
a vila Tite é o local onde se deu o primeiro
tiro para libertação de dois países, nomeadamente Guiné-Bissau e Cabo Verde, mas hoje em dia, quem visitar este local vai constatar que está numa
situação de muita degradação.
“Por isso,
aproveitamos através deste filme que retrata a 1ª edição do Símposio
Internacional sobre Tite para demonstrar a imagem do estado actual de Tite, com
presença dos parceiros, membros do governo e alguns Embaixadores para verem de
facto o que está realmente a acontecer com a vila de Tite”, explicou.
Por sua vez, ao
comentar o filme que retrata o estado actual da vila de Tite, o jornalista
investigador, Abduramane Djaló disse que o ataque ao quartel de Tite tinha três objectivos, sendo a primeira a de enviar
a mensagem à Metrópole em Lisboa de que chega de palavras ou de converçasão agora é a guerra.
Djaló referiu como
segundo objectivo, atingir o
colonialismo português na parte mais forte e que o terceiro era a parte humanitária, salientando que Amílcar
Cabral quisera com o ataque libertar os 65 prisioneiros que estavam detidos no aquartelamento
de Tite.
De acordo com
Abduramane Djaló, Amílcar Cabral não improvisou durante toda a sua vida e antes
de atacar o quartel escreveu e definiu estratégia.
Acrescentou que o
ataque estava previsto para acontecer no dia 19, domingo, mas só veio a
acontecer na quarta feira, dia 23 de janeiro, afirmando que na altura do ataque
estavam no aquartelamento 600 militares
portugueses, a comando do major Pires.
Disse ainda que o
quartel tinha um sistema de comunicação de ponta bem como armas.
“Atacar o quartel de
Tite era uma aventura, mas foi bem sucedida da parte da guerrilha, que quisera
libertar os 65 prisioneiros”, explicou.
Aquele jornalista
disse que o quartel de Tite, para além de dispor de um sistema de comunicação sofisticado, era o único que tinha
uma sala de inquirição, de interrogatório e de tortura ou seja era um quartel
muito grande, com 16 casernas, um centro de saúde e uma igreja, entre outras.ANG/LPG/ÂC//SG
Sem comentários:
Enviar um comentário