Política/"O pais carece de uma liderança lúcida e esclarecida"
diz Domingos Simões Pereira
Bissau, 03 Jan 22 (ANG)
- O líder do Partido Africano Partido Africano da
Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), criticou que o país carece de uma
“liderança lúcida, esclarecida, comprometida e virada para o atendimento e
satisfação das necessidades da população”.
Num balanço político por ocasião do fim de ano, Simões Pereira considerou
2021 como ano de "muita turbulência e incerteza ".
“Infelizmente, seguimos o
rumo da autodestruição, promovendo uma degradação acelerada de todos os
indicadores da nossa vida económica, política, securitária e especialmente a
social”, disse Pereira.
O político disse que se
registou uma ostentação pública da compra de consciência e instrumentalização
de estruturas completas da sociedade guineense, sequestros, abstração à luz do
dia, espancamentos de pessoas inocentes, humilhação pública de comunidades
inteiras e prisões arbitrárias.
Afirmou que tudo isso ocorreu
com o fito de “amedrontar e levar o povo à submissão à vontade e interesses de
uma pessoa ou de um grupo de indivíduos”.
O líder do PAIGC disse que os
serviços públicos degradam a uma velocidade incrível, ao ponto de os guineenses
testemunharem uma paralisia sem precedentes na saúde e na educação, com “reflexos
terríveis” na vida da população.
E diz que tudo isso ocorre na mesma altura em que se multiplicam a contratação
de grandes créditos e a alimentação de uma vida de “abastança, luxo e turismo
para uns quantos, em redor do regime”.
Domingos Simões Pereira
afirmou ainda que "o património público é dilapidado à frente de todos,
para atender a interesses particulares e por conveniência, seja por via de
compensações fraudulentas de terrenos públicos, seja por alienação indevida de
edifícios de utilidade pública seja mesmo pela afetação direta do dinheiro dos
contribuintes".
Para o líder do PAIGC, o
atual regime "não se coibiu de criar e multiplicar impostos, que chegaram
à aberração de taxar o pensionista, de sancionar o pequeno produtor para
aumentar a abastança dos privilegiados e de mais posse".
Pereira disse que "a
justiça vai sendo silenciada, dominada e paulatinamente convertida em um
instrumento ao serviço dos poderosos, para fabricar e implementar leis por
encomenda e em função dos interesses do dito soberano”. ANG/MI/ÂC//SG
Olha quem fala ...
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