Marrocos/FMI e Banco Mundial regressam a África para debater continente em dificuldades
Bissau,
09 Out 23(ANG) – O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM)
começam hoje os seus Encontros Anuais em Marraquexe, Marrocos, marcados pelo
regresso a África, um continente em dificuldades que contrastam com a “notável
resiliência” da economia mundial.
Nas
reuniões que assinalam o regresso a África, depois dos Encontros no Quénia, em
1973, o FMI e o BM deverão apresentar uma revisão em baixa do crescimento para
o continente, com o Banco Mundial a ter apresentado já a sua estimativa de
crescimento para a região, que abranda para 2,5% este ano, depois de
crescimentos de 4,8% em 2021 e 3,8% no ano passado.
Os
trabalhos começam hoje e têm em agenda uma sessão sobre empresárias africanas e
outra que incide sobre a Guiné-Bissau e como melhorar a gestão da despesa com
os funcionários públicos através do recurso ao ‘blockchain’, ou seja, a uma
base de dados que liga vários departamentos e está acessível em tempo real.
Na
terça-feira será lançado o relatório sobre as Perspectivas Económicas Mundiais,
no mesmo dia em que é apresentado o documento sobre a Estabilidade Financeira
Global e é feito um debate sobre o combate à pobreza.
Ainda
na terça-feira, a Guiné-Bissau torna a estar em destaque, com um debate sobre a
digitalização da gestão da administração pública.
No
dia seguinte é feita a abertura oficial dos Encontros do Banco Mundial, com a
conferência de imprensa do presidente, Ajay Banga, e é apresentado o ‘Fiscal
Monitor’, a cargo do antigo ministro das Finanças de Portugal Vitor Gaspar e
diretor do departamento, havendo ainda lugar a um debate sobre o sobre
endividamento nos países mais desfavorecidos.
Na
quinta-feira, a questão da dívida estará em lugar de destaque, com um debate
que, para além dos líderes do FMI e do BM, terá também a presença do ministro
das Finanças da Zâmbia, o primeiro país africano a entrar em Incumprimento
Financeiro a seguir à pandemia e a solicitar, há mais de dois anos, uma
reestruturação da dívida, num processo que ainda decorre.
Na
sexta-feira são apresentados os relatórios regionais sobre as economias
europeias e africanas, e a ministra das Finanças de Angola participa num debate
sobre a construção de resiliência económica e os desafios para os mercados
emergentes, antes de terminarem os Encontros, no sábado, com o anúncio de quem
vai receber as reuniões de 2026.
ANG/Inforpress/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário