Pecuária/DG defende necessidade de cumprimento das regras internacionais de abate de animais no país
Bissau,05
Out 23(ANG) – O Diretor-geral da Pecuária, Bernardo Cassamá criticou a forma
como os animais são abatidos no Matadouro municipal e em cerimónias
tradicionais considerando essa forma de “anormal”
Em entrevista a ANG, Cassamá defendeu que as pessoas que fazem o abate de animais devem seguir as regras internacionais para sacrificar os animais.
“Existem
métodos modernos de fazer os animais perder a vida sem sofrimento e as
referidas regras devem ser levadas em conta para o bem estar animal”, disse.
Cassamá
sublinhou que os animais não devem ser sacrificados em conjunto, ou seja uns a
ver outros a morrer, porque também têm sentimentos da morte, como os seres
humanos.
Segundo
Cassamá , entre 2022 e 2023 foram vacinados
mais de 160 mil animais entre vacas e caprinos, em todo o território nacional, contra carbúnculo e outras doenças.
Bernardo
Cassamá considerou “significante esse número , tendo em conta o total de animais existentes no país, de acordo
com os dados do último recenseamento realizado entre 2009 e 2010 e as actualizações feitas, segundo
os quais foram registados um milhão e
300 mil bois e 905 mil cabras e carneiros.
“Em
todas as campanhas de vacinações levadas a cabo no país, a de 2022 e 2023 foram
excepcionais, porque recensear mais de
160 mil animais, num espaço de dois à três meses é algo inédito”, frisou.
Aquele
responsável criticou que, na Guiné-Bissau, as pessoas não se preocupam com a
situação de saúde dos animais, e aponta, à título de exemplo, que é notório
muitos cães vadios, vacas e porcos à andarem nas ruas sem controlo.
“Esses
animais devem ser protegidos num espaço condigno para proporcionar-lhes um bem
estar mínimo”, aconselhou.
Bernardo
Cassamá acrescentou que a falta de
controlo de animais esteve recentemente na origem de um caso de ataque de cães
às pessoas em Gabu.
“Se
os cães estão a atacar as pessoas é porque contraiu a doença da raiva, o que só
pode ser na rua onde comem nos lixos e bebem águas estagnadas”, disse Cassamá
que acrescentou, “se cada um de nós proteger os seus animais, dando-lhes aquele
bem estar necessário, as doenças que se transmitem dos animais para a pessoa ou
vice versa vão ser minimizadas”.
. ANG/ÂC//SG
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