quinta-feira, 14 de janeiro de 2016



Incêndio

Fogo consome oito “boutiques”  na paragem Central de Bissau

Bissau, 14 Jan16 (ANG) – Um incêndio de origem desconhecida destruiu  oito Boutiques(pequenas lojas) , na paragem central de Bissau, revelou o jornal “O Democrata” na sua edição colocada nas bancas esta quinta-feira.
Destroços de cacifos

Em declarações ao repórter deste semanário, o presidente da associação dos retalhistas da “Paragem Central de Bissau” e dos carros que fazem ligações com o resto do país e a sub-região, Henrique Djú, disse que desconhece a origem do fogo.

Os prejuízos do incêndio ainda estão por apurar mas as  vítimas já pedem apoio às autoridades guineenses.

Segundo Henrique Djú, as vítimas do incêndio não podem ficar sem exercer as suas actividades tendo em conta as responsabilidades familiares que pendem sobre eles.

 Citando testemunhas o jornal refere que o incêndio terá começado as 18h30 numa das pequenas lojas que vendia produtos de primeira necessidade, mas que rapidamente atingiu outras lojas.

De acordo com o jornal os Bombeiros chegaram ao local cerca de meia hora depois e com água insuficiente, razão pela qual não conseguiram dominar o fogo.

Minutos depois, na tentativa de conter as chamas, a água acabou no depósito, os bombeiros se retiraram para reabastecimento e de volta trouxeram dois carros para combater as chamas , mas desta vez é o combustível que acabou num dos veículos.

Perante estas dificuldades, os bombeiros ficaram impotentes perante o fogo que consumia as lojas perante proprietários desesperados. ANG/JD/SG
  



Crise interna

"O PAIGC deve resolver os seus problemas na sua sede e não no parlamento", diz ex-combatente da liberdade pátria

Bissau,14 Jan 16(ANG) - O cidadão e ex-combatente da liberdade da pátria, Alberto António de Pina disse que as divergências internas no seio do PAIGC não deviam ter nada a ver com a aprovação ou não do programa do governo na ANP.
Ex-Combatente Alberto António de Pina

Em entrevista exclusiva à ANG, António de Pina sublinhou que a solução para qualquer problema interno no PAIGC tem que ser resolvida dentro do partido e com base na observância dos seus estatutos.

"O que estamos a viver nesse momento é que os problemas internos do PAIGC foram levados para o parlamento o que não tem nada a ver com o papel da ANP que é de legislar e fiscalizar a acção governativa", notou.

Aquele combatente da liberdade da pátria afirmou que o programa do governo é uma emanação do povo guineense que deu ao PAIGC a vitoria nas eleições legislativas de 2014 e por isso deve merecer a bênção de todos os guineenses e não apenas de um partido.

"Se o grupo de quinze deputados estão a reclamar alguma coisa devem recorrer ao partido e não ao parlamento porque o hemiciclo não tem nada a ver com os seus problemas internos no partido", criticou.

Revelou que não houve nenhuma discussão do programa do governo por parte dos deputados aquando da sua primeira apresentação, salientando que eles optaram apenas em abordar as divergências internas no partido.

"Se o programa do governo não for aprovado o quê do povo guineense? Para voltarmos a um governo de transição? Que saída podemos encontrar tendo em conta que a actual direcção do PAIGC vai sempre reclamar o poder que o povo lhe conferiu nas urnas", questionou.

Segundo ele, o Partido da Renovação Social por sua vez devia votar a favor a aprovação do programa do governo de Carlos Correia para salvaguardar o bem estar do povo.

"Na minha qualidade de militante e combatente da liberdade da pátria exorto a direcção do partido para ter a coragem de accionar os mecanismo legais para sancionar os elementos do referido grupo no seu seio", referiu, acrescentando que isso é normal em qualquer sociedade.

Disse que qualquer conduta de um militante deve basear-se no respeito das normas e regras do partido.

"Porque falamos na Constituição da República? Porque é uma Lei Magna que regula a nossa sociedade e tem que ser respeitada por todos. É de igual forma que devemos respeitar os estatutos do partido", aconselhou.

Alberto António de Pina sublinhou que não é possível que o povo elege os seus representantes para defenderem os seus interesses no parlamento e estes fazem ao contrário a pensar nos seus interesses pessoais.
ANG/ÂC/SG


Política partidária


Presidente do PRS destaca necessidade de colocar Guiné-Bissau no primeiro plano

Bissau, 14 Jan 15 (ANG) - O Presidente do Partido da Renovação Social (PRS), segunda maior força politica, destacou a necessidade de colocar o futuro da Guiné-Bissau no primeiro plano, para não adiar o desenvolvimento  do país.

Em entrevista ao jornal “O Democrata”, inserida na edição de quarta-feira deste semanário, Nambeia disse que já chegou o momento dos guineenses advogarem para o pais.

 “Passaram vários anos em que não houve uma visão de entendimento e de diálogo entre as forças vivas da nação nem de cedência entre as forças políticas e partidárias que pretendem governar o país. São esses os motivos de instabilidade vivida actualmente”, referiu  Nambeia.

O Presidente do PRS acrescentou que a falta de diálogo é um dos motivos da crise política vivida no país, sublinhando que chegou o momento dos guineenses porem as suas mãos na consciência e pensarem no interesse colectivo.

“Quando nós pedimos que queríamos ser padrinho da paz não pedimos só para pedir, sentimos isso no coração. Infelizmente, muitos falam da paz sem que na verdade a paz esteja nos seus espíritos”, lamentou .

Alberto Nambeia aconselha aos guineenses a não se optarem pela via das brigas, mas sim, de união para promover o desenvolvimento do país.

“Na democracia ninguém ganha tudo, assim como ninguém tem razão absoluta. É  bom sentar-se na mesma mesa para negociar e não  abusar da razão que temos”, exortou o Presidente do PRS.

O líder dos renovadores lançou um apelo aos guineenses no sentido de perdoarem uns aos outros e advertiu que, se a  Guiné-Bissau continuar do jeito em que está, as gerações vindouras vão condenar os seus antecessores.  “É  necessário mudar de política de modo a ter um país estável e em desenvolvimento”, disse. 

O PRS celebra hoje o seus 24 anos de existência com várias actividades de caracter política e recreativa. 

ANG/AALS/SG

PAIGC




  
Grupo de 
15 deputados contestatários anuncia que vota contra programa do governo “se não houver diálogo sério”


Bissau,14 Jan 16(ANG) - Quinze deputados do PAIGC, partido no poder da Guiné-Bissau, anunciaram quarta-feira que vão votar contra o Programa do Governo no próximo dia 18 "se não houver diálogo sério" com a direcção do partido.

Na voz  do deputado Soares Sambu, o grupo dos 15 eleitos acusa a direção do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e a respectiva bancada parlamentar, de "amedrontar" e fazer "pressão" sobre os parlamentares que se posicionam contra o programa do Governo do primeiro-ministro, Carlos Correia.

Apesar de o PAIGC ser maioritário, o Programa de Governo não obteve votos suficientes para ser aprovado a 23 de Dezembro uma vez que o grupo dos 15 optou pela abstenção, juntando-se aos deputados do  Partido da Renovação Social (PRS), na oposição que também se abstiveram.

De acordo com a lei guineense, o documento volta a ser apreciado no dia 18 deste mês e caso não seja aprovado, o Governo cai automaticamente.

Em conferência de imprensa, quarta-feira, presenciada pelos 15 deputados, Soares Sambu afirmou que, nos últimos dias, os parlamentares em causa têm vindo a receber "panfletos de ameaças" à integridade física e de destruição das suas habitações , caso não viabilizem o Programa de Governo.

O porta-voz dos deputados contestatários à direcção do PAIGC justificou que  a posição dos 15 contra a aprovação do Programa do Governo, se deve ao facto de o programa não ter sido submetido a aprovação do  Comité Central do partido, como mandam os estatutos.

O que está em causa, adiantou Sambu, é o cumprimento de "um pressuposto elementar" dos estatutos do partido.

Questionado sobre se pretendem abandonar o Parlamento, substituídos por deputados suplentes por indicação da direcção do partido, Soares Sambu disse que no próximo dia 18 estarão no hemiciclo de onde não vão sair até ao fim da legislatura.

Fontes da direcção do PAIGC admitiu a à Lusa a possibilidade de os 15 deputados serem substituídos, na sequência de sanções de que serão alvos por terem, alegadamente, infringido os estatutos do partido ao se posicionarem contra o Programa do Governo.

O grupo diz-se aberto ao "diálogo sério, sem pré-condições", mas avisa que não se abdicará perante o que considera de atitudes sectárias, divisionistas e de perseguições no seio do PAIGC.

De acordo ainda com Soares Sambu, o grupo está aberto para encontrar "soluções globais" dentro do partido e que possam viabilizar a governabilidade da Guiné-Bissau. 

ANG/Lusa.

Desunião do PAIGC


UNIÃO AFRICANA APREENSIVA COM CRISE POLÍTICA NA GUINÉ-BISSAU   

Bissau,14 Jan 16(ANG) – O representante da União Africana na Guiné-Bissau disse que é urgente que o pais saia da situação de instabilidade politica.

Ovídio Pequeno referia-se, numa entrevista à Radio Jovem, a crise instalada no PAIGC, em consequência de contestações levadas a cabo por um grupo de 15 deputados.

 “Neste momento não interessa passar culpas uns aos outros, o mais importante é encontrar formas de resolver a situação. O país não pode andar uma semana sim, uma semana não. 

Um mês sim, um mês não. Na Guiné-Bissau quando há crise sempre há rumores por todo lado, o que mais complica a situação”, disse sublinhando ser necessário que haja diálogo tanto ao nível dos partidos políticos internamente como entre os partidos políticos.

O diplomata ao serviço da UA lembra ter pedido ao Chefe de Estado, José Mário Vaz, que no quadro das suas prerrogativas constitucionais, fizesse tudo quanto fosse possível para que o país saia da crise vigente.
“O que me custa entender é este facto: Porquê é que se recusa sempre, cada um se fecha e se crispa uma situação sem esgotar toda a possibilidade de diálogo”, questiona insistindo na necessidade de diálogo para encontrar qualquer solução para o fim da crise.

Ovídio Pequeno afirma na mesma entrevista, que os fundos prometidos pela comunidade internacional na mesa redonda de Bruxelas com doadores não estão em risco.

“São engajamentos que os Estados e as organizações multilaterais assumiram e que vão com certeza cumprir, mas é preciso que internamente se criem condições para que haja a estabilidade”, alerta o diplomata são-tomense. 

ANG/Rádio Jovem 

Futebol


Campeonato da 1.ª Divisão começa sábado

Bissau,14 Jan 16(ANG) - O início do campeonato da 1.ª Divisão em futebol da Guiné-Bissau está marcado para sábado, confirmou hoje a Federação de Futebol do país em comunicado.

O campeão Benfica vai jogar fora com o Cantanhez, numa longa deslocação até ao sul do país para enfrentar um clube promovido esta época ao escalão principal.

O Sporting, vice-campeão, vai jogar a Bula,uma localidade situada a 50 quilómetros a norte de Bissau.

De acordo com o mesmo comunicado, o início do campeonato da 2.ª Divisão está marcado para 12 de Fevereiro.

Programa da 1.ª jornada:
- sábado, 16 de Janeiro:
Cuntum – Pelundo.
Bula – Sporting.
Cantanhez – Benfica.
Bambadinca – Bafatá.
Balantas – Canchungo.
- domingo, 17 de janeiro:
Mavegro – Portos.
UDIB - São Domingos.
ANG/Lusa

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016



Projecto “Bem Servir” 

Ministérios da Administração Interna e Defesa rubricam acordo para defesa dos Direitos Humanos 
 
Bissau,13 Jan 16(ANG) - Os Ministérios da Administração Interna (MAI) e  da Defesa Nacional, através do projecto “Bem Servir”, rubricaram hoje um acordo em que se  comprometem a defender os Direitos Humanos e combater   a violência das  Forças de Defesa e Segurança sobre civis.
Acto de assinatura do acordo

 O acordo foi assinado pelo Director-geral dos Assuntos Sociais do MAI, Arafam Mané e por Abdu Cadri Indjai, Coordenador do referido projecto,  tutelado pelo Ministério da Defesa.

No acto, o Director-geral dos Assuntos Sociais do MAI destacou que os jovens são motores de mudança, e a garantia de um futuro melhor para a sociedade guineense.

"Isto porque “os antigos combatentes trouxeram a independência e o  poder, cabe a nova geração lutar para o desenvolvimento do país. Ao longo desse processo a nossa forma de pensar e os sucessivos sobressaltos registados adiaram  muitos projectos para o desenvolvimento do  nosso país”, reconheceu  Arafam Mané.

Exortou os jovens a sensibilizarem as pessoas à unirem os seus esforços para o bem de todos e não pelo interesse pessoal.

O Coordenador do Projecto “Bem Servir”, Abdu Cadri Indjai disse que a assinatura de acordo encoraja -lhes a prosseguirem com as suas actividades.

"Vamos abrir uma nova porta no sector da Defesa e Segurança, que é de não violência. De líderes e servidores jovens com capacidades de analisar os  problemas que muitas vezes originam sobressaltos”, prometeu.

Cadri Indjai  prometeu trabalhar para acabar com os subornos no seio da classe castrense, através de  informados sobre os  seus direitos e deveres perante a Nação guineense.

Disse que este é o momento de cada um assumir a sua responsabilidade e de mudar a imagem da classe castrense perante o povo guineense e a comunidade internacional.

Cadri apela  aos parceiros à apoiarem o projecto  “Bem Servir”, porque, segundo ele, está a trabalhar para a melhoria das condições dos agentes das forças de Defesa e Segurança
 O projecto terá a duração de um ano e prevê a realização de várias actividades, entre as quais estudos, sensibilização e divulgação de problemas de segurança e defesa nacional em todos os quartéis. 
ANG/LPG/SG





Zona marítima comum
Técnicos da Guiné-Bissau e Senegal pedem esclarecimento sobre  contrapartidas financeiras resultante da exploração
Bissau 13 Jan 16 (ANG) - A comissão conjunta da Guiné-Bissau/Senegal para a reavaliação do acordo de exploração da zona marítima comum pediu, esta terça-feira explicações detalhadas, à Agência de Gestão e Cooperação criada pelos dois países (AGC), sobre a prospecção de hidrocarbonetos e as contrapartidas financeiras dos contratos assinados depois 20 anos de gestão do referido espaço.
No final do encontro de dois dias, em Bissau,  as equipas técnicas dos dois países solicitaram, entre outras, explicações da AGC sobre os serviços que foram instituídos e operacionalizados durante os vinte anos de sua existência.
A comissão conjunta sugeriu ainda esclarecimentos sobre as actividades de pesca levadas a cabo no âmbito de gestão e exploração dos recursos haliêuticos no referido espaço, bem como a entrega de relatórios periódicos sobre o ponto de situação da gestão financeira da AGC.
E por fim a comissão pediu esclarecimentos sobre as actividades de pesca levadas a cabo no âmbito de gestão e exploração dos recursos haliêuticos na Zona Marítima Comum.
No enceramento dos trabalhos o chefe da delegação guineense disse que neste primeiro encontro técnico debruçou-se sobre uma agenda de roteiro que irá guiar o processo negocial de Janeiro à Junho deste ano.
Apolinário de Carvalho disse que o resultado saído dos dois dias de encontro de trabalho servirá de base para a criação de um guião que orientará os trabalhos da comissão durante as próximas sessões negociais.
O responsável pela comissão senegalesa,Cheik Tidiane Tchiam disse esperar que no dia 10 de fevereiro deste ano seja entregue o relatório do balanço da Agência de Gestão e Cooperação aos dois países permitindo a sua discussão ao nível ministerial e consequente validação pelos chefes dos dois Estados.
Durante a sessão dos trabalhos os técnicos discutiram sobre a adoção do plano geral de negociação entre os dois países assim como da Estrutura do relatório da agenda de gestão e cooperação a apresentar aos Estados membros. ANG/FGS/JAM/SG