quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Caso RTP e RDP/África



“Situação será ultrapassada brevemente”, garante Primeiro-ministro

Bissau, 02 Ago 17 (ANG) - Primeiro-ministro guineense, Umaro Sissoco Embaló, disse que Portugal e Guiné-Bissau não são inimigos e que a questão da suspensão de actividades da RTP no país vai ser "brevemente ultrapassada"
.
“Entre nós e Portugal não há nenhuma contradição. Até porque a RTP está cá, mas tem funcionários guineenses. Temos responsabilidades civis e de moral com aqueles trabalhadores. Penso que brevemente vamos ultrapassar essa questão”, afirmou o chefe do executivo guineense.

Umaro Sissoco Embaló, que falava aos jornalistas após a audiência semanal com o Presidente da República, reafirmou que a Guiné-Bissau está “aberta” para conversar com Portugal e que “não há nenhum braço de ferro”, mas uma “questão que tem de ser resolvida”.
“A questão da RTP para mim é uma questão júnior. Já dei orientações ao meu ministro da Comunicação Social para contactar o seu homólogo (português) ”, salientou.

A 30 de Junho, o ministro da Comunicação Social guineense anunciou a suspensão das actividades da RTP na Guiné-Bissau, alegando a caducidade do acordo de cooperação no sector da comunicação social assinado entre Lisboa e Bissau. 

O ministro justificou a decisão da suspensão das actividades da rádio e televisão portuguesas no país com questões técnicas.

O chefe do executivo guineense disse ainda ter falado com chefe de Estado sobre a subida galopante dos preços dos produtos da primeira necessidade.

Sissoco Embaló garante estar bastante sossegado apelando aos guineenses para abdicarem de “arrogância para o bem-estar do país”.
 ANG/Lusa

Crise política



Grupo de Mulheres facilitadoras apela  partes desavindas  para defenderem  o interesse nacional   

Bissau, 02 Ago 17 (ANG) - A Porta-voz do grupo das Mulheres facilitadoras da crise política apelou esta quarta-feira as partes desavindas para colocarem o interesse da nação acima de interesses pessoais.

Francisca Vaz Turpin que falava a saída do encontro com Chefe de Estado , a quem entregaram o relatório de trabalhos desenvolvidos no quadro da iniciativa do grupo que  visa evitar a violência e convencer as pessoas a tirar as suas mágoas e salvaguardar  o bem comum.

 A porta-voz explicou que depois de dois meses de actividades o grupo de mulheres facilitadoras vai entregar  à todos os partidos políticos com assento no parlamento e ao Supremo Tribunal de Justiça, o relatório dos trabalhos desenvolvidos sobre a mediação e solução da crise.

Francisca Vaz disse que durante os encontros mantidos com as instituições da república, os partidos políticos com assento parlamentar e comunidade internacional alcançaram noventa por cento dos objectivos almejados.

Acreditou que conseguiram criar um ambiente propício entre as partes, para se sentarem a mesma mesa e discutir, a fim de solucionar a crise e a implementação cabal dos Acordos de Conacri e de Bissau.

Francisca Vaz disse o grupo das mulheres já fez a sua parte, espera que o Chefe de Estado analise o assunto, e que cabe a ele convocar outros encontros para, com outros  atores políticos, se tomar medidas para “ sairmos” da crise.  

ANG/JD/SG

Recursos Naturais



Tiniguena acusa governos guineenses de assinar contratos de exploração  sem salvaguardar interesses das comunidades

Bissau, 02 Ago 17 (ANG) – O Director Executivo da Organização não-governamental  Tiniguena acusou  terça -feira sucessivos Governos da Guiné-Bissau de assinarem contratos de exploração dos recursos naturais sem salvaguardar os interesses das comunidades.

Miguel de Barros falava durante o encontro entre as organizações da sociedade civil e a Rede Parlamentar para o meio Ambiente no qual se apresentou  estudos concluídos em 2016 sobre a gestão de protecção e exploração dos recursos naturais.

Disse que  o governo não apresentou ainda os mecanismos ambientais credíveis que mostram a responsabilidade de exploração destes recursos.

Segundo o Director Executivo da Tiniguena, os estudos constataram que a situação dos recursos naturais é bastante crítica, admitindo a existência de rede de corrupção, clientelismo e de aliciamento das comunidades locais a arruinarem seus patrimónios.

“ Estamos a assinar na Guiné-Bissau uma destruição excessiva que põe em causa os principais recursos, fontes de riquezas e de rendimentos das comunidades.Os deputados não podem ficar calados só porque podem ter  alguma ligação com os partidos políticos ou Governo, não devem fugir das suas responsabilidades “, considerou.

Barros frisou ainda  que há uma necessidade de se pensar num mecanismo de governação do sector florestal, referindo que as madeiras cortadas não são patrimónios dos que as cortaram, mas sim do Estado Guineense.

Como  contrapartida da desflorestação, Miguel de Barros defende a compensação das comunidades particularmente nas áreas da saúde e educação e sanções contra os malfeitores.

Presente no encontro, o presidente da Comissão Permanente do Parlamento para a área dos Recursos Naturais, Meio Ambiente e Turismo, Mário Dias Sami, explicou que os deputados estão conscientes das suas responsabilidades  enquanto legisladores e que têm o poder de exigir o cumprimento das leis ao Governo.

ANG/O Democrata



Política



Movimento Ba-fatá entrega  ao chefe de Estado proposta de solução da  crise 

Bissau, 02 Ago 17 (ANG) – O Partido Resistência da Guiné-Bissau Movimento Ba-fatá (RGB-MB), uma formação política sem assento parlamentar entregou  terça-feira ao Chefe de Estado a sua proposta para acabar com a crise política que se vive no país, sem contudo revelar o teor do documento.

Citado pela Rádio Jovem, o presidente daquela formação política na oposição, a saída de um encontro com José Mário Vaz disse que a proposta foi elaborada pelo seu partido no sentido de ajudar as partes desavindas, incluindo o Presidente da República, a encontrar soluções plausíveis para acabar com a crise política que dura há mais de dois anos.

Fernando Mendes frisou que a RGB-MB entendeu que devia, ao invés de fazer politiquices, preparar uma proposta para a saída da crise e submetê-la ao primeiro Magistrado da Nação.

“Foi isso que fizemos e hoje tivemos a oportunidade de falar ao respeito de algum pormenor da nossa sugestão e reservamos ao Presidente da República o direito de divulgá-la quando entender oportuno”, explicou.

O líder da RGB-MB disse que receberam garantias do Chefe de Estado de que  vai analisar a proposta do partido e de outras  entidades sociais e que só depois pronunciará.

Na semana passada a RGB-MB defendeu a necessidade de rever a Constituição da República com vista a resolver os conflitos que o país tem vindo a registar nos últimos tempos, apontando lacunas e aspectos que carecem de regulação e que têm alimentado conflitos entre instituições democraticamente eleitas.  

ANG/MSC/SG