quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Forças Armadas/capacitação


                       CEMFA promete mais formação  para próximo ano

Bissau,06 Dez 18 (ANG) – O Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas, Biaguê Na N´tan prometeu hoje mais formação  à classe castrense, no próximo ano.

Na N’tan falava no acto de encerramento do curso de capacitação de efectivos da Policia Militar Nacional. 

Na ocasião agradeceu ao Conselheiro do Gabinete Integrado da Nações Unidas para Consolidação da Paz, Rubem da Costa Neto pelo empenho que permitiu  a Polícia Militar perceber da sua missão, sobretudo em termos de manutenção da ordem e segurança no país.

Alertou aos presentes no acto, que a formação é a única via a seguir para que as Forças Armadas nacionais possam competir com os congéneres de outros países. 

Por isso, prometeu para o ano, providenciar  mais formações para todas as áreas que compõe as Forças Armadas da Guiné-Bissau.   

O Comandante e Coordenador da Policia Militar (PM), Orlando Pungana disse que os conhecimentos adequiridos vão  permitir-lhes melhorar a abordagem nas patrulhas de rotinas nas áreas de risco, sobretudo no controlo das estradas, das parcelas e como a efectuar registos e negociações de distúrbios.

Disse estar convicto de que o Batalhão da PM passará a ser moderno e capaz de  ajudar e fazer cumprir toda a classe castrense, em respeito as convenções internacionais sobre os Direitos Humanos e as leis em vigor no país.

O Conselheiro do Gabinete Integrado da Nações Unidas para Consolidação da Paz, Rubem da Costa Neto disse acreditar que  após essa formação a Policia Militar estará  fortalecida e mais capacitada com plenas condições para operar de forma eficiente e legal, contribuindo para  a construção de uma imagem positiva das Forças Armadas.
 
 “Os homens da Polícia Militar representam autoridade do comando nas horas de serviço . Persuadidos pela sua alta responsabilidade na manutenção da ordem, tem que se conservar firmes, calmos  dentro da mais severa disciplina na execução das tarefas que lhes foram destinadas”, informou.

Instou ainda aos formandos a recordar que a Polícia Militar tem igualmente a missão de continuar com a acção disciplinador dos comandantes de unidades  fora do seus quartéis ou seja nas ruas para que pessoas fardadas tenham uma representação, uma postura e comportamento necessários para conquistar o respeito e a  confiança da população.

Em nome dos formandos, Rogério Mendes prometeu aplicar na prática os ensinamentos adquiridos durante os dois meses da formação.

Disse que   os ensinamentos servirão de  bússola nos seus trabalhos de dia-a-dia, tal como o ilustra o lema da formação que é “Ajudar a cumprir”. 

Rogério Mendes agradeceu o formador pelo empenho e dedicação e ao Biaguê Na Tam pela forma como tem vindo a dirigir as Forças Armadas.  

Os participantes nessa formando abordaram durante dois meses vários temas com destaque para os conhecimentos sobre as qualidades morais necessários, o comportamento a serem adoptados pelos elementos da PM, alguns aspectos do regulamento da disciplinar e estrutura normativa que rege a actividade judicial das Forças Armadas da Guiné-Bissau, e as directrizes  sobre o apoio das Forças Armadas na missão de segurança interna.

Abordaram ainda as acções cautelares e policias nas patrulhas realizadas pela Polícia Militar nas suas actuações em flagrante delito e fora dele, os procedimentos com os detidos, seus direitos, procedimentos a ter em conta pela tropa durante acções de distúrbios e uso gradual da força, entre outros temas. ANG/LPG/ÂC//SG

Sudão do Sul


             ONU reclama justiça contra violação sexual maciça

Bissau, 06 dez 18 (ANG) -  O secretário-geral da ONU, António Guterres, denunciou segunda-feira, em comunicado as agressões sexuais cometidas recentemente por homens armados contra 150 mulheres ou adolescentes, no Sudão do Sul.
Guterres que condenou  aquilo que considerou brutais ataques sexuais, pediu o julgamento dos culpados.
Não obstante os compromissos dos dirigentes daquele país em cessar as hostilidades e de relançar o plano de paz, a insegurança contra os civis mantêm-se catastrófica, nomeadamente para as mulheres e as adolescentes, acrescenta o comunicado.
 Nos últimos 12 dias, mais de 150 mulheres e adolescentes pediram apoio, depois de serem violadas sexualmente em Bentiu,  Sudão do Sul, refere um comunicado conjunto assinado por três responsáveis da ONU, nomeadamente  Henrietta Fore (UNICEF), Mark Lowcock (Assuntos humanitários) e Natalia Kanem (FNUAP).
Sexta-feira, a ONG Médicos Sem Fronteiras  (MSF) afirmou que 125 mulheres e adolescentes foram violadas ou brutalizadas  em 10 dias, quando procuram comida fornecida  por organizações internacionais na região  de Bentiu (Norte).
Algumas vítimas tem 10 anos, outras estavam grávidas ou tinham mais de 65 anos, precisou a ONG MSF.
O Sudão do Sul mergulhou numa guerra civil, em Dezembro de 2013, quando o Presidente Salva Kiir, un Dinka, acusou Riek Machar, seu antigo vice-presidente da etnia nuer, de fomentar um golpe de Estado.
Marcado por atrocidades com carácter étnico e com violação como arma de guerra, causou mais de 380 mil mortos, segundo um estudo publicado recentemente, e deslocou mais de quatro milhões de sul sudaneses, seja, a fuga de um terço da população.ANG/Angop

Cultura/música


                Mc. Mário satisfeito com evolução da música nacional

Bissau, 06 Dez 18 (ANG) - O músico rapper da nova geração, Mário João Mendonça, vulgo Mc.Mário, disse que a música rapper evoluiu bastante nos últimos tempos o que atualmente se pode ouvir a música em quatro partes do mundo só num clique.

Em entrevista exclusiva à ANG esta quinta-feira no quadro do seu concerto, a realizar no próximo dia 22 do corrente mês, Mc. Mário afirmou que o aparecimento das universidades fez com que a música guineense evoluísse tanto porque a formação académica possibilitou que se tenha um vocabulário mais forte.

“Antes não havia como ter a formação a não ser no estrangeiro, mas hoje há grande evolução da música guineense devido a formação académica que nos leva a ter uma visão mais ampla e escrever mais e melhor”, justificou o Mc. Mário.  

Disse que a população guineense deve começar a ver os seus músicos como um espelho, como pessoas que podem levar o nome do país para o mundo fora.

“Quando a população paga bilhete para ir assistir ao espetáculo, ela está a investir no crescimento do músico e esse vai poder pagar ao estúdio, fazer um vídeo de qualidade e ter uma imagem desejada, a fim de poder estar no mesmo nível com músicos internacionais”, referiu.

Salientou  que  atualmente a música virou uma indústria, e que os músicos nacionais têm dificuldades financeiras, pelo que necessitam  de apoios, apesar de haver muitos novos talentos.

Sobre o silêncio do MEX POX, o grupo do qual faz parte e que parou há muito tempo, esclareceu que, ele está a defender a bandeira desse grupo, acrescentando que estão parados devido o contratempo dos seus elementos, mas que não houve nenhum problema entre eles, defendendo que são todos irmãos.

Apela ao público a participar em massa no concerto previsto para 22 de dezembro e insiste que só participando em massa é que poderá ajudar os músicos a crescerem.

O concerto será no dia 22 do corrente mês, no estádio 24 de Setembro e conta com a presença de alguns músicos guineenses residentes no país e no estrangeiro, caso do Donpina, Jalex, NB, As One, Dr. Gaus, Defrow, entre outros. ANG/DMG/ÂC//SG

Reino Unido


Primeira-ministra britânica acusada de enganar parlamento sobre acordo do Brexit

Bissau, 06 dez 18 (ANG) -  A primeira-ministra britânica, Theresa May, foi acusada  quarta-feira (5) de ter enganado o Parlamento cada vez mais beligerante sobre as implicações do seu acordo do Brexit, cujos rumos podem ser alterados após dois duros golpes sofridos pelo governo.
Em declarações a AFP, o deputado Ian Blackford, do Partido Nacionalista Escocês (SNP), disse que "desde que ela voltou de Bruxelas com o seu acordo, a primeira-ministra vem enganando a Câmara - involuntariamente, ou não".
"Chegou a hora de ela assumir a responsabilidade por ter escondido os factos", acrescentou.
Referiu-se igualmente à "moção de desacato", aprovada na véspera pelo Executivo, por ter-se recusado a fornecer na íntegra os relatórios jurídicos sobre o acordo negociado com Bruxelas e que deve ser rejeitado em 11 de Dezembro.
Após perder essa moção, antes de iniciar cinco dias de debates acalorados, o governo se viu forçado a revelar informações que classificava como confidenciais.
O acordo assinado por May com os 27 sócios europeus prevê um complexo sistema denominado "backstop", ou "rede de segurança", para evitar instaurar uma fronteira dura entre a província britânica da Irlanda do Norte e a República de Irlanda.
O relatório jurídico mostrou que a Irlanda do Norte poderia ser mantida indefinidamente no mercado único europeu, se não for possível negociar uma melhor solução no quadro da futura relação entre o Reino Unido e a União Europeia.
"A primeira-ministra deve explicar por que ela continua a negar à Escócia os direitos e oportunidades que o acordo oferece para outra parte" do país, lançou Blackford, cujo partido é pró-europeu.
Dois anos depois de rejeitar a independência do Reino Unido, a Escócia votou maciçamente contra o Brexit (63%) no referendo de Junho de 2016, quando o país decidiu deixar a UE por 52% dos votos.
"Vamos sair da UE como Reino Unido em seu conjunto e negociaremos como Reino Unido em seu conjunto", disse May, pedindo novamente para aprovar o seu acordo sob risco de um Brexit brutal em 29 de Março.
- 'Perdeu o controlo' - As consequências legais do "backstop" também indignaram o pequeno partido unionista da Irlanda do Norte, DUP, de cujos 10 deputados o governo de May depende para sobreviver.
"É totalmente inaceitável (...). Tem que ser derrotado, e novas condições devem ser negociadas", disse um dos seus líderes, o deputado Nigel Dodds.
O acordo firmado pelo governo britânico com os seus 27 parceiros europeus choca com a oposição dos eurófilos, que vêem condições piores do que as actuais, bem como com os eurocépticos, convencidos de que fazem concessões inaceitáveis à UE. Muitos destes últimos estão nas fileiras do Partido Conservador de May.
E foi exactamente daí que veio o segundo golpe à enfraquecida primeira-ministra na terça-feira: o ex-procurador-geral Dominic Grieve apresentou uma emenda, aprovada por 321 votos contra 299, para que o Parlamento possa determinar o que acontece, se o acordo for rejeitado.
Se May perder a votação histórica na próxima semana, o seu governo tem um prazo de 21 dias para informar os legisladores sobre o que ela planeia fazer.
Entre as muitas opções, estão: negociar novamente com a UE, deixar o bloco em 29 de Março sem acordo, convocar eleições legislativas antecipadas, ou organizar um novo referendo.
O que quer que o Executivo decida, os deputados poderiam aconselhar o contrário e, embora a sua emenda não seja vinculativa, seria politicamente difícil para a primeira-ministra ignorar a opinião maioritária da Câmara.
"O dia em que May perdeu o controlo", afirmou o jornal "Daily Telegraph" nesta quarta-feira.
"May sofre pior derrota para os deputados em 40 anos", insistiu "The Times".
ANG/Angop


Voluntariado

 ONU e Guiné-Bissau entregam 500 árvores em bairros afectados pelo mau tempo

Bissau,06 Dez 18 (ANG) - O programa de voluntários das Nações Unidas e o Comité Nacional de Voluntariado da Guiné-Bissau entregaram  quarta-feira 500 árvores à habitantes de dois bairros de Bissau, afetados pelo mau tempo em junho.

Segundo um comunicado à imprensa, do Gabinete Integrado da ONU para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS), as árvores vão ser entregues nos bairros de Gabusinho e Antula Kuio para a “construção de uma zona de quebra vento”.

A iniciativa decorre no âmbito do Dia Internacional do Voluntariado.

Dedicado ao tema “Voluntários constroem comunidades resilientes”, este dia começou a ser assinalado em Bissau com um ateliê sobre voluntariado naqueles dois bairros, afetados pela tempestade de junho.

A atividade incidiu sobre riscos associados às alterações climáticas e prevenção de riscos urbanos.

Na Guiné-Bissau trabalham cerca de 33 voluntários da ONU. ANG/Lusa