sexta-feira, 17 de setembro de 2021

  Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)


Comunicação Social/
Instituto Nacional de Estudos e Pesquiva (INEP) vai digitalizar os arquivos do Jornal Nô Pintcha

Bissau, 17 set 21 (ANG) -  O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP)  vai digitalizar os arquivos do jornal Nô Pintcha.

Para o efeito, os diretores das referidas instituições, nomeadamente Abduramane Djaló e Samba Tenen Camará assinaram hoje um acordo de parceria , na presença dos ministros da Comunicação Social, Fernando Mendonça, da Educação Nacional e do Ensino Superior, Cirilo Mama Saliu Djaló e do representante do PNUD no país Tjark Egenhoff.

Na ocasião, o Director Geral do INEP Samba Tenen Camará agradeceu ao PNUD pelo apoio  material e financeiro disponibilizado para a implementação do projecto de salvaguarda e preservação do património nacional, porque, segundo Camará, sem  o qual não seria possivel atingir os resultados preconizados.

O director do INEP  referiu que, volvido um ano após o lançamento do projecto de salvaguarda e preservação do partimónio documental nacional, hoje esta-se a celabrar a fase da digitalização que é mais complexa.

Samba Camara manifestou a sua disponibilidade de trabalhar com os parceiros e continuar a difender os ideais da sua criação, sobretudo no apoio ao desenvolviemtno socio economico e ambiental da Guiné-Bissau, com base em estudos e pesquisas fundamental e aplicada, mas também salvaguardar e preservar o patrimíonio historico cultural e social do povo guineense como a principal fonte do conhecimento cientifico para comunidade académica.

O Director-geral do Jornal Nô Pintcha, Abduramane Djaló disse ser uma satisfação assistir o estabelecimento do acordo entre o Nô Pintcha e INEP.

Disse  que a digitalização do Jornal Nô Pintcha é uma vontade expressa de muitos directores que passaram nesse semanário de informação e que hoje  tem o previlégio de testemunhar o acto que irá revolucionar e modernizar o jornal e colocá-lo nos patamares dos outros jornais mundiais.

.“Depois do INEP e da Biblioteca Nacional, o jornal Nô Pintcha é o segundo maior arquivo do país. Nele podemos encontrar o grosso historial da Guiné-Bissau”, afirmou.  

 O Representante do PNUD Tjark Egenhoff qualificou de muito importante a digitalização do acervo nacional do INEP,  para preservar e salvaguardar a memória nacional colectiva da Guiné-Bissau.

Egenhoff disse que ao longo dos séculos, a Guiné-Bissau produziu um grande número de documentos e de coleções que representam a sua história e a sua rica identidade cultural mas que infelizmente muitos desses documentos foram distruidos e outros em risco de desaparecer devido ao elevado estado de sua degradação.

“É justamente  esse resgate da memória e do acesso veridico do que acontenceu desde a independencia, antes e até agora, essa era a ideia do PNUD e das Naçoes Unidas : investir no INEP”, disse Tjark Egenhoff

Acrescentou que a Biblioteca Nacional alberga a maior parte da herança documental da Guiné-Bissau, e que o acesso documental, às fotografias, videos do passado histórico são fundamentais para  uma melhor compreensão da evolução social, historica, cultural e politica do país.

Tjark Egenhoff disse que a salvaguarda documental é sem duvida um ponto crucial para preservação da memória colectiva  dos povos e consequentemente para paz e desenvolviemnto sustentavel que são os pilares da carta da Naçoes Unidas.ANG/LPG/ÂC//SG

 


Sociedade
/ONGAção Ianda Guiné Djuntu” lança Estudo sobre Quadro Legal das Organizações da Sociedade Civil da Guiné-Bissau

Bissau, 17 set 21 (ANG) – A Coordenação de ONG “Ação Ianda Guiné Djuntu” fez esta sexta-feira o Lançamento Oficial de Estudo sobre Quadro Legal das Organizações da Sociedade Civil do país realizados em 2020.

Na cerimónia, o Coordenador da “Ação Ianda Guiné Djuntu”, Vitor Puerta informou que esta é um dos quatro estudos que a Ação Ianda Guiné Djuntu tem previsto realizar com a intenção de investigar temas relevantes para a sociedade civil guineense.

Acrescentou que este é um dos estudos que foram identificados no roteiro da União Europeia para o compromisso com a sociedade civil guineense 2016/2020, afirmando que neste estudo foram identificados vários interesses para melhorar o conhecimento da Sociedade Civil guineense, e disse esperar que seja muito útil para todo o setor.

Em nome da Delegação da União Europeia no país, Montse Pantaleoni disse que a “Ação Guiné Djuntu” foi concebida como resultado de uma profunda reflexão que a sua instituição fez sobre as dinâmicas da sociedade civil no país através de vários estudos e instrumentos lançados nos últimos anos.

Montse Pantaleoni adiantou ainda que a sua organização está a preparar 3 roteiros, nomeadamente, Sociedade Civil, Género e Direitos Humanos que já estão sendo implementados em outros países membros.

“Contudo, vão ser implementados um pouco tarde na Guiné-Bissau”, disse sustentando que, com esses estudos, vão poder identificar as necessidades da sociedade civil guineense começando  pelas áreas prioritárias.

Elisa Pinto Tavares em representação da Secretaria do Estado da Cooperação disse que a definição de um quadro legal que rege as atividades das organizações da sociedade civil no país tem constituido um dos desafios atuais do governo.

Acrescenta que o executivo está  preocupado com a estruturação, orientação e a atuação das mesmas no território nacional, cujas atividades carecem de regulamentação.

“Necessitam de ser regulamentadas formatando o vazio jurídico existente no setor. Aliás, o estudo em perspetiva reflete uma visão daquilo que se quer da estruturação e forma de atuação das organizações da sociedade civil mediante  preceitos legais que permitam ao governo, através da Direção Geral de Ajuda não Governamental munir-se de um instrumento importante para melhor exercer o seu papel de coordenação”, disse Pinto.

De acordo com Elisa Pinto, é importante ter em conta as contribuições que elas oferecem para a construção da sociedade solucionando os problemas que muitas vezes escapam ao governo.

Elisa Pinto disse esperar desse estudo a definição dos elementos que poderão ajudar no estabelecimento do parâmetro dentro dos quais as atividades que exercem as organizações da sociedade civil se enquadrariam melhor para o bem das mesmas e do país, sobretudo nos aspetos ligados à segurança e fiscalidade das suas atividades.

Apelou os intervenientes no trabalho de lançamento deste estudo no sentido de se empenharem no intuito de alcançar os objetivos delineados.

O presente estudo tem por finalidade compreender o quadro legal existente sobre as organizações da sociedade civil, visando diagnosticar as suas limitações e potencialidade, e  à luz do Roteiro da União Europeia, tornar resiliente as referidas organizações.

O Roteiro da UE para um compromisso com a Sociedade Civil na Guiné-Bissau tem como objetivo global contribuir para a consolidação da boa governanção no país através do reforço das capacidades, da participação e concertação da sociedade civil, para que, de forma transparente e inclusiva possam combater a pobreza e a desigualidade, promover a democracia e os direitos humanos e fazer face aos desafios de desenvolvimento sustentável, particularmente em prol das populações mais vulneráveis e marginalizadas.ANG/DMG/ÂC//SG

 


Comunicação Social
/“ A migração do  arquivo fisico do jornal Nô pintcha  para digital é sinal forte na  sua modernização”, diz Fernando Mendonça

Bissau, 17 set 21 (ANG) – O ministro da Comunicação Social disse hoje que a migração do  arquivo fisico do jornal Nô pintcha  para o mundo electrónico é sinal forte na  sua modernização e que se enquadra na politica sectoral para tirar esse semanário no atraso de várias décadas .

 “Com a digitalização do jornal Nô Pintcha os seus eleitores, estejam onde estiverem, podem aceder, informar e documentar-se do imenso arquivo que representa a memória colectiva do país”, disse Fernando Mendonça na cerimónia que assinalou essa transição.

Afirmou que as diferentes fases do país, das inquietações e preocupações da população, das manifestações culturais de diferentes grupos que compõe o mosaico étnico guineense são expressas nas diferentes páginas do jornal que resistiu períodos de instabilidade cíclicas durante quatro décadas.

O ministro da Comunicação Social disse que o acto  compagina-se com o esforço colectivo dos trabalhadores do jornal Nô Pintcha, que agora se associa aos do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa INEP para fazer do jornal um veiculo de comunicação à altura do país.

 O esforço do governo, segundo Mendonça,  vai evidenciar-se na alocação de meios e equipamentos aos órgãos públicos de informação que durante  décadas sofreram de desinvestimento.

Por sua vez, o ministro da Educação Nacional, Cirilo Mama Saliu Djaló, destacou que a digitalização é um meio, por excelência, de preservação a longo prazo e de divulgação muito ampla do património documental nacional.

Para este governante  é um anseio do governo guineense que está a ser concretizada graças ao apoio do Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento através do Fundo de Consolidação da Paz das Nações Unidas e insere-se no âmbito de projectos de salvaguarda e preservação da memória colectiva.

Cirilo Mama Saliu Djaló acrescenta que trata -se de uma solução virtuosa, onde a Biblioteca Pública Nacional e o Jornal Nô Pintcha saem a ganhar, adiantando que é também uma demonstração clara de muito que há ainda por fazer e de ganhar com este tipo de parceira.

“Este é, pois , o caminho. É também uma boa ocasião para apelar à mobilização de todas as instituições públicas e privadas a seguirem este exemplo. Este tipo de parceria que não exito em qualificar de estratégica, que é preciso incentivar. Calhou que o primeiro a passar pelo feixe luminoso do scanner profissional da Biblioteca Pública Nacional é o jornal Nô Pintcha e espero que muitas instituições venham a seguir este caminho”, disse Cirilo Djalo.

De acordo com o ministro da educação, o governo, no âmbito das suas politicas de reformas, irá criar e reforçar as bases jurídicas e instituicionais (as legislações sobre a Depósito Legal, no caso da Biblioteca Nacional e a lei de Arquivo histórico) por forma a garantir a recolha e preservação digital, de todo o acervo documental de interesse nacional garantindo o acesso permanente dos cidadãos à este património.ANG/LPG/ÂC//SG

 


Saúde
/Ministério da Economia  aprova desembolso de pouco mais de dez milhões de francos CFA para tratamento da Fístula Obstétrica no país

Bissau, 17 Set  21 (ANG) – O Ministério da Economia, Plano e Integração Regional aprovou o desembolso  de 10.215.682 fcfa para suportar as despesas ligadas as actividades de sensibilização e tratamento da Fistula Obstétrica no país, iniciados desde de 06 de Setembro .

A informação consta no memorando de entendimento entre o Ministério da Mulher, Família e Solidariedade Social  e  o da Economia, Plano e Integração Regional lido por Aimar Ramos da Silva, director de Serviços e Politicas Sectoriais Comum, da Direcção Geral de Integração Regional.

Aimar Ramos da Silva disse que o Ministério da Economia, Plano e Integração Regional ainda vai disponibilizar  3.307.496 fcfa, após a apresentação do relatório final das actividades realizadas.

“O montante previsto no memorando é de  35.393.915fcfa, que serão  distribuídos para a campanha de sensibilização, informação e identificação das vítimas em todo o território nacional”, informou.

Adiantou que, do referido montante, 5.390.087 fcfa , correspondente a 15 por cento do montante disponível vão ser utilizados na  campanha de sensibilização, informação e identificação das vítimas, 08.848.000fcfa  para assistência médica e tratamento das mulheres que padecem da Fístula, correspodente a 25 por cento.

Informou que a reinserção social que inclui a formação e organização das mulheres  tratadas com sucesso, irão absorver 15.927.261fcfa , que correspondem a 45 porcento do valor financiado pela CEDEAO.

Referente a seguimento e avaliação, beneficiam de cinco milhões, trezentos e nove mil, oitenta e sete francos CFA, equivalente a 15 por cento do montante disponível.

ʺNão obstante a criação do programa em 2010, a CEDEAO só iniciou a sua implementação na Guiné-Bissau em 2014, passando a alocar ao Estado da Guiné-Bissau em cada ano, recursos financeiros para assistir as mulheres identificadas com Fístula, com os quais  foram realizadas três campanhas de sensibilização e de tratamento, em 2014 e foram tratadas 17 mulheres, 2015, 23 mulheres e 2016 -  24 mulheres, todas com sucesso”, explicou.

O programa de apoio às mulheres que padecem da Fístula Obstétrica é um programa da CEDEAO, criado em 2010, implementado a nível comunitário pelo centro da CEDEAO para desenvolvimento do género CCDG e nos Estados membros pelas estruturas responsáveis pelos assuntos sociais. ANG/MI/ÂC//SG 

 

      

   Cabo Verde/Terminada reunião sobre o Clima e Desenvolvimento em África

Bissau, 17 Set 21 (ANG) - Terminou na ilha do Sal, em Cabo Verde, a Conferência para o Clima e Desenvolvimento em África.

O evento  serve de preparação para a 26ª edição da conferência das alterações climáticas da ONU, a decorrer em Novembro, em Glasgow (Escócia, Reino Unido). 

A 9.ª edição da Conferência para o Clima e Desenvolvimento em África, que decorreu desde 15 de Setembro, na cidade de Santa Maria na ilha do Sal, aconteceu de olhos postos na COP 26.

O Primeiro-ministro cabo verdiano, Ulisses Correia e Silva,  avisou que a 26.ª Conferência sobre Mudanças Climáticas da ONU, só será um sucesso se a África estiver no centro das Negociações.

Esta conferência constitui, para os países africanos, um importante passo em frente na preparação da COP26. Constituir uma voz forte, clara e unificada em Glasgow, pois a COP26 só será um sucesso se a África estiver no centro das negociações.”

Durante a 9.ª edição da Conferência para o Clima e Desenvolvimento em África, Cabo Verde apresentou a suas ambições e experiência em ter a mobilidade eléctrica, onde segundo, o director nacional de energia, Rito Évora, o arquipélago está na linha da frente em África, em termos de estratégias e metas para a mobilidade elétrica.

A mobilidade eléctrica vai permitir, se combinada com uma estratégia de migração de transição energética, utilizar a energias renováveis para a mobilidade e essa transição já está em curso adiantou o director nacional de energia.

Cabo Verde tem como meta atingir 30% de produção de energia eléctrica a partir de fontes renováveis até 2025, assim como ultrapassar os 50% em 2030 e alcançar 100% em 2040.

O país-arquipélago tem como objectivo atingir 100% da mobilidade eléctrica em 2040, começando por substituir, até 2026, 25% da frota nacional de transportes públicos rodoviários por veículos eléctricos.

A 9.ª edição da Conferência para o Clima e Desenvolvimento em África, que terminou a 17 de Setembro de 2021,  contou com mais de mil participantes em formato híbrido, virtual e presencial e teve como tema: “Uma Transição Justa para uma Recuperação Verde e Azul Resiliente”. ANG/RFI

 


Saúde
/Fístula Obstétrica ainda existe devido à falhas no atendimento de saúde materno”, diz Dionísio Cumba

Bissau, 17 Set 21 (ANG) -  O ministro da Saúde disse que a Fistula Obstétrica ainda existe porque os sistemas de saúde falham no  atendimento de saúde materno, em termos de planeamento familiar, parto especializado, sistema obstétrico de emergência básica entre outros.

Dionísio Cumba falava na cerimónia de encerramento da IV˚ campanha nacional de tratamento das mulheres e meninas vitimas da Fistula Obstétrica.

Aproveitou o acto para  agradecer o Fundo das Nações Unidas para a População(FNUAP) e o Instituto da Mulher e Criança(IMC), pela realização conjunta da campanha e tratamento  cirúrgico de Fistulas Obstétricas, bem como pelo apoio constante que têm dado e continuam a dar na defesa da saúde e bem estar das mulheres,  crianças e população em geral.

O governante sublinhou na ocasião que essa doença   pode ser evitada adiando a idade da primeira gravidez, cessando as práticas tradicionais prejudiciais e tendo em conta o acesso oportuno a cuidados obstétricos de qualidade.

ʺA Fistula Obstétrica é uma doença evitável e curável. As mulheres afectadas devem ter acesso à assistência médica e que podem intervir quando ocorrem  complicações. Aquelas que não têm acesso durante o parto devem ter meios de buscar tratamento que geralmente é um procedimento cirúrgico”, explicou.

Referiu que a Fistula é classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como  sendo  ʺa consequência isolada mais dramática de um parto negligenciadoʺ que provoca perda  continua de urina ou de material fecal causando um desconforto muito grande à mulher.

Acrescentou que, se não forem curadas, as mulheres com Fistula Obstétricas  passam os restantes anos de suas vidas na vergonha e no isolamento literalmente esperando a morte.

O Representante de FNUAP na Guiné-Bissau reiterou a disponibilidade dessa organjzação de apoiar qualquer iniciativa do governo da Guiné-Bissau no sentido de melhorar a saúde materna no país.

Cheikh Fall agradeceu a direcção do hospital nacional Simão Mendes e a equipa de urologia e aos seus colaboradores que trabalharam  para tornar possível a realização da IV˚ campanha de tratamento das mulheres e meninas vitimas da Fistula Obstétrica.

ʺAo medir o impacto social e económico deste problema de saúde pública que o combate à Fistula Obstétrica recebeu especial atenção da representação do FNUAP na Guiné-Bissau. De 2009 até a data presente 305  mulheres foram tratadas nas diferentes campanhas e um grande número delas recebeu apoio financeiro para realizar atividades geradoras de rendimento”, explicou.

Helena Té, uma das vítimas da Fístula Obstétrica que beneficiou da cura durante a campanha de tratamento da doença, agradeceu aos médicos guineenses e estrangeiros pelo tratamento.

“Não acreditava que essa doença possa ser curada. Estou doente   nove anos,  só este ano consegui o tratamento. Desde que fiquei doente vivi isolada longe das pessoas, nos cantos a chorar. Meu muito obrigada à todos ”, disse. ANG/MI/ÂC//SG

 

 

 

  

 

    

Covid-19/OMS alerta para défice de quase 470 milhões de vacinas em África em 2021

Bissau, 17 Set 21 (ANG) – A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse quinta-feira que o continente africano precisa de mais quase 470 milhões de vacinas para combater a pandemia de covid-19, perante um corte de 150 milhões de doses da iniciativa Covax.

“Como o consórcio Covax [iniciativa multilateral destinada a garantir acesso global às vacinas] foi forçado a cortar, em cerca de 150 milhões de doses, as entregas de vacinas da covid-19 previstas para a África este ano, o continente enfrenta um défice de quase 500 milhões de doses, face ao que é o seu objectivo global de vacinação total de 40% da sua população” até ao final de 2021, referiu a representação da OMS para o continente africano, em comunicado.

Isto, apesar de “cerca de 95 milhões de doses adicionais” estarem previstas chegar a África, via Covax, “durante todo o mês de Setembro”, sublinha o escritório da organização, com sede em Brazzaville, na República do Congo.

Segundo a OMS África, com o corte de 150 milhões de doses espera-se agora que sejam entregues 470 milhões de doses no continente africano, este ano, que “serão suficientes para vacinar apenas 17% da população, muito abaixo do objectivo de 40%”.

Pelo que “são necessárias mais 470 milhões de doses para atingir a meta do fim do ano”, mesmo que todos os envios planeados, através da Covax e da União Africana sejam entregues.

Este défice surge num momento em que África acabou de ultrapassar (esta semana) um total acumulado de oito milhões de casos de infecção pela doença.

“As proibições de exportação e o açambarcamento de vacinas têm um efeito de asfixia no fornecimento de vacinas a África. Enquanto os países ricos bloquearem a Covax fora do mercado, a África falhará os seus objectivos de vacinação. A enorme lacuna na equidade das vacinas não está a ser ultrapassada com a rapidez suficiente. É tempo de os países fabricantes de vacinas abrirem os portões e ajudarem a proteger aqueles que enfrentam o maior risco”, defende Matshidiso Moeti, directora regional da OMS para África, citada no comunicado.

A responsável refere que “a iniquidade espantosa e o grave atraso nos carregamentos de vacinas ameaça transformar zonas em África, com baixas taxas de vacinação, em locais de reprodução para variantes resistentes à vacina”.

Isto “pode acabar por levar o mundo inteiro de volta à estaca zero”, alerta Moeti.

Com proibições de exportação, desafios no aumento da produção nos locais de fabrico da Covax e atrasos nos pedidos de aprovações regulamentares para novas entregas de vacinas muito restritivos, a Covax tem apelado aos países doadores para que partilhem os seus calendários de fornecimento para dar mais clareza ao processo de entregas.

A Covax também apelou aos países com vacinas suficientes para cederem o seu lugar na fila de entregas.

Os fabricantes de vacinas devem entregar essa informação à Covax, em conformidade com compromissos firmados, e os países que estão bem avançados nas vacinas devem expandir e acelerar as doações, assegurando que as doses estão disponíveis em volumes maiores, mais previsíveis e com validades mais longas.

Entretanto, “cerca de mais 95 milhões de doses estão previstas chegar a África, através da Covax, ao longo de Setembro, naquela que será a maior remessa que o continente recebeu num mês até agora.

“No entanto, mesmo com as entregas que vão sendo feitas, África só foi capaz de fazer a vacinação completa de apenas 50 milhões de pessoas, ou seja, 3,6% da sua população”, refere a OMS.

“Cerca de 2% das quase 6 mil milhões de doses distribuídas globalmente foram administradas em África. A União Europeia e o Reino Unido vacinaram mais de 60% da sua população e os países de elevado rendimento administraram 48 vezes mais doses por pessoa do que as nações de baixo rendimento”, sublinha a organização na nota.

A OMS está a aumentar o apoio aos países africanos “para identificar e colmatar as lacunas” na vacinação contra a covid-19.

A organização ajudou 15 países africanos na realização de estudos, que analisaram todos os aspectos das suas campanhas de vacinação e assinalam recomendações para a melhorias do seu plano de vacinação.

No comunicado, a OMS destacou que em 14 de Setembro registaram-se 8,06 milhões de casos de covid-19 em África e, enquanto a terceira vaga diminuiu, surgiram quase 125.000 novos casos na semana que terminou a 12 de Setembro.

Embora esta seja uma queda de 27% em relação à semana anterior, os novos casos semanais ainda se encontram aproximadamente no pico da primeira vaga e 19 países continuam a reportar um número elevado de casos em rápido crescimento.

As mortes caíram 19%, para 2.531 na semana que terminou a 12 de Setembro. Mas a variante Delta, altamente transmissível foi encontrada em 31 países africanos. A variante Alfa foi detectada em 44 países e a variante Beta em 39, adianta.

A covid-19 provocou pelo menos 4.656.833 mortes em todo o mundo, entre mais de 226,31 milhões de infecções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e actualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru. ANG/Inforpress/Lusa

 

CEDEAO/Chefes de Estado recomendam realização de eleições gerais na Guiné-Conacri dentro de seis meses

Bissau, 17 Set 21 (ANG) - Os Chefes de Estado e do Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) recomendaram a realização das eleições gerais na Guiné-Conacri dentro de seis meses com o objectivo de  restaurar a ordem constituicional naquele país.

A informação consta nas recomendações  finais da Cimeira extraodinária de chefes de Estado e de Governo de CEDEAO realizada no dia 16 do corrente mês, em Acra, Capital do Ghana, na qual se analisou a situação vigente na Guiné-Cnacry na sequência do golpe de Estado aí ocorrido, e  igualmente  os últimos incidentes de transição no Mali.

De acordo com o documento, os Chefes de Estado e do Governo decidiram também a manutenção da suspensão de Guiné-Conakri de todas as instâncias da CEDEAO até que seja restaurada a Ordem Constitucional.

Foi igualmente  decidido  a interdição de viagem  aos membros do Comité Nacional da Unidade e Desenvolvimento (CNRD) e dos seus familiares, o  congelamento dos seus bens, e impedimento dos membros desse comité se candidatarem aos cargos de presidente da República nas proximas eleições.

Os chefes de Estado e de Governo da CEDEAO apelam a União Africana, às Nações Unidas e outros parceiros de desenvolvimento para acompanharem a restauração  da ordem constitucional na República da Guiné-Conacri.

Apelaram igualmente ao Presidente em exercício da organização sub-regional oeste africana para visitar as Repúblicas de Guiné-Conacri e do Mali com a finalidade de, pessoalmente, notificar aos visados sobre  as decisões e recomendações da cimeira da CEDEAO.

Por outro lado, sobre a situaçao de transição em Mali, a CEDEAO reitera o respeito estrito pelo calendário sobre a realizaçao das eleiçoes em Fevereiro de 2022, tendo pedido as autoridades de transiçao para sobmeterem o cronograma da conduçao das etapas essenciais das eleiçoes,  o mais tardar até o fim do Outubro próximo.

Os chefes de Estado e de Governo da CEDEAO apelam o respeito ao cumprimento do calendário previsto para realizaçao das eleiçoes e manifestaram as suas preocupações com as situações de golpes de Estado que se verificaram  nos últimos anos nos países membros da  organizaçao.

No documento, a CEDEAO condena firmemente as detenções contínuas de líderes políticos e velhos dignitários, por parte das autoridades de transiçao, tendo pedido o tratamento judicial dos casos ocorridos, na base do Estado de Direito e de respeito aos Direitos Humanos. ANG/AALS/ÂC//SG

Covid-19/África com mais 992 mortes e 23.215 infectados nas últimas 24 horas

Bissau, 17 Set 21(ANG) – África registou 992 mortes associadas à covid-19 nas últimas 24 horas, elevando para 205.813 o total de óbitos desde o início da pandemia, e 23.215 novos infectados, de acordo com os dados oficiais mais recentes.

Segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o total acumulado de casos no continente desde o início da pandemia é agora de 8.119.719 e o de recuperados é de 7.409.626, mais 23.451 nas últimas 24 horas.

A África Austral continua a ser a região mais afectada do continente, com 3.833.979 casos e 107.593 óbitos associados à covid-19. Nesta região, encontra-se o país mais atingido pela pandemia, a África do Sul, que contabiliza 2.873.415 casos e 85.779 mortes.

O Norte de África, que sucede à África Austral nos números da covid-19, atingiu hoje 2.472.704 infectados com o vírus SARS-CoV-2 e 66.044 mortes associadas à doença.

A África Oriental contabiliza 951.558 infecções e 19.675 mortos, e a região da África Ocidental regista 632.503 casos de infecção e 9.250 mortes. A África Central é a que tem menos casos de infecção e de mortes, 228.975 e 3.251 respectivamente.

A Tunísia, o segundo país africano com mais vítimas mortais a seguir à África do Sul, regista 24.383 mortes e 697.421 infectados, seguindo-se o Egito, com 16.921 óbitos e 295.051 casos, e Marrocos, que contabiliza o segundo maior número de infecções em todo o continente, 913.423 casos, mas menos mortes do que os dois países anteriores, 13.775 óbitos associados à doença.

Entre os países mais afectados estão também a Argélia, com 5.656 óbitos e 201.017 pessoas infectadas, a Etiópia, com 5.059 vítimas mortais e 328.735 infecções, e o Quénia, com 4.961 mortes associadas à doença e 245.337 contágios acumulados.

Em relação aos países de língua oficial portuguesa, Moçambique contabiliza 1.902 mortes associadas à doença e 149.804 infectados acumulados desde o início da pandemia, seguindo-se Angola (1.371 óbitos e 51.827 casos), Cabo Verde (327 mortes e 36.891 infecções), Guiné Equatorial (137 óbitos e 11.063 casos), Guiné-Bissau (130 mortos e 6.053 infectados) e São Tomé e Príncipe (42 óbitos e 2.984 infeções).

O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egipto, em 14 de Fevereiro de 2020, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infecção, em 28 de Fevereiro.

A covid-19 provocou pelo menos 4.656.833 mortes em todo o mundo, entre mais de 226,31 milhões de infecções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.ANG/Inforpress/Lusa

 

 

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

  Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)


Pescas
/Ministro anuncia revisão da Lei Geral das Pescas para introdução de medidas mais duras contra   navios piratas

Bissau,16 Set 21(ANG) – O ministro das Pescas  anunciou hoje que estão em curso os trabalhos de revisão da Lei Geral das Pescas de forma a introduzir, entre outras, penalizações mais duras contra  navios apanhados a pescar ilegalmente nas águas territoriais do país.

“Estamos empenhados neste momento na mudança do quadro legal da Lei Geral das Pescas, de forma a harmonizar com os países vizinhos, as multas aplicadas aos navios infractores nas nossas águas territoriais”, afirmou Mário Siano Fambé, no final de uma visita à um dos dois navios de uma empresa de pesca chinesa que opera na Guiné-Conacri, apreendidos nos mares da Guiné-Bissau.

O governante informou que no quadro da lei de pesca em vigor, a multa mínima aplicada ao navio infractor varia entre  250 à 500 milhões de francos CFA, valor que o titular de pasta das Pescas considera de “muito pouco” em comparação às multas aplicadas nos  países vizinhos.

Disse que no quadro dessa revisão prevêm o aumento das  das coimas à  barcos infractores de 500 para mil milhões de francos CFA, em harmonia com os países vizinhos, nomeadamente Guiné-Conacri, Gâmbia, Senegal e Mauritânia.

“Não podemos continuar nesse ritmo de cobrar  multas no valor muito insignificante e os outros países a aplicarem muitos milhões. Até parece que algo está por detrás disso”, disse.

Mário Fambé referiu que até  outubro vão submeter ao Conselho de Ministros, a nova proposta de revisão da Lei Geral das Pescas, para a sua discussão e eventual aprovação e a promulgação do Presidente da República.

“Vamos adequar esse dispositvo legal para desencorajar a pesca ilegal nas nossas águas territoriais, que, aos poucos, estão a destruir as nossas riquezas haliêuticas”, afirmou.

O ministro das Pescas disse que estão empenhados para  dotar o Centro Nacional de Fiscalização das Actividades de Pesca(Fiscap) de embarcações mais modernas e de maior autonomia no alto mar para, de facto, perssuadir os navios piratas.

Informou que os dois navios de pesca chineses foram  apreendidos no passado dia 05 de agosto, a pescar sem licença e que pertencem a uma empresa sediada em Conacri.

Acompanharam-no  nesta  visita aos navios aprendidos, os membros da Comissão Interministerial de Fiscalização, nomeadamente, o secretário de Estado da Ordem Pública, do Tesouro, Comissário Geral da Guarda Nacional, e Chefe da Corporação dos Fuzileiros Navais..ANG/ÂC//SG  

 


Covid-19/
Guiné-Bissau regista mais cinco mortos e 20 novos casos de infecção   

Bissau, 16 Set 21(ANG) – A Guiné-Bissau registou mais cinco mortos e 20  novos casos de infeção por Covid-19, entre segunda e terça-feira, e mais 35  pessoas foram dadas como recuperadas da doença, segundo os mais recentes boletins do Alto Comissárido para Covid-19.

De acordo com dados desse boletins de actualização da pandemia do Alto Comissariado para a Covid-19, à que  a ANG teve acesso hoje referentes aos dias 13 e 14 do corrente mês, foram testados  um total de 419 pessoas.

Com o registo de mais cinco mortos, em dois dias ou seja entre segunda e terça-feira, o país conta agora com um total acumulado de 130 pessoas que já perderam  vida.

Dos 20 novos casos, de acordo com os mesmos dados,  nove são homens e 11 mulheres.

 Mais 48 pessoas estão internadas, elevando o número de internamentos para 392, estando em activos um total acumulado de 728 casos.

Em termos gerais, e de acordo com o Alto Comissariado, a Guiné-Bissau, conta  actualmente com um total acumulado de 130 óbitos, 6.042 infecções, num universo de 95,334 amostras analisado, 5,178 pessoas foram dados como recuperadas. ANG/LPG/ÂC//SG

 

 


Combatentes de Liberdade da Pátria
/Secretário de Estado defende que os problemas dessa franja da população   devem merecer a atenção de todos

Bissau, 16 Set 21 (ANG) – O Secretário de Estado dos Combatentes da Liberdade de Pátria (SECLP), defendeu hoje que a situação dos antigos combatentes, deve, no fundo, merecer a atenção de toda a sociedade guineense, porque gozam do estatuto dos primeiros funcionários públicos guineenses.

Em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné (ANG), Augusto Nhaga defendeu que tanto o Estado da Guiné-Bissau  assim como a sua sociedade em geral, devem recordar que os primeiros funcionários do país, antes do surgimento de Estado, são os Combatentes de Liberdade da Pátria.

Acrescentou  que, terminada a luta de libertação nacional, muitos combatentes se isolaram, e que até hoje os seus nomes não constam no banco de dados de Combatentes da Liberdade da Pátria, pelo que não  gozam dos seus estatutos,  não recebem os seus pensões como antigos funcionários.

“Os nossos antecessores fizeram um trabalho muito pouco a respeito deste assunto, por isso a nossa Direcção Administrativa está  a fazer um trabalho junto da Assembleia Nacional Popular (ANP), para promover um debate sobre estas preocupações, e  as soluções encontradas serão apresentadas ao governo para a sua execução”, disse o responsável.

Segundo o Secretário de Estado dos Combatentes, a dinâmica que se pretende implementar não é somente de identificar os verdadeiros combatentes.

Disse que  desde a sua estadia na instituição também ouviu falar das pessoas que gozam dos Estatutos de Combatente de Liberdade da Pátria mas que na verdade não os são.

“Essa situação nunca deixou de ser a preocupação da nossa agenda de trabalho. Estamos a trabalhar no sentido de tentar gerir bem a vida de um combatente, com a  criação de um critério justo para todos, na forma de resolução dos seus problemas, e não privilegiar uns e abandonar outros”, defendeu Augusto Nhaga.

Para Nhaga, uma das razões que levaram muitos combatentes a não se preocupar com o cumprimento dos requisitos exigidos para se beneficiarem das pensões, tem a ver com as tantas formalidades e morosidades do processo, que levou  muitos deles a desistirem de andar atrás dos seus direitos.

Quistionado sobre o número exato dos Combatentes recenseados na primeira fase pelo Ministério de tutela, com financiamento da  União Europeia (UE),  Augusto Nhaga disse que  foram recenseados cerca de 6.735 combatentes, e que menos de 200 deles recebem através dos bancos comerciais.

 “E os que recebem à mão, estipula-se que são  pouco mais de 1.900 combatentes, contando com alguns que ainda se encontram activos nos quarteis ”, sublinhou Augusto Nhaga.

Em relação a necessidade de  preservação das memórias da luta de libertação, o Secretáriode Estado dos Combatentes disse que a sua instituição tentou, sem efeito, com alguns órgãos públicos de comunicação social, a obtenção de um espaço em que os combatentes selecionados passariam a narrar  a história da luta de libertação, para permitir que os históriadores  produzirem livros que irão servir para as gerações vindouras.

“Pena é que não chegamos a um entendimento com os referidos orgãos, porque acharam que não podiam atribuir espaço sem beneficiar de algum incentivo. A nossa instituição se depara com diversos problemas, não estivemos a altura de responder as suas exigências”, contou.

Augusto Nhaga considerou de positivo o balanço da visita realizada a zona Sul e Leste de país, e diz que  permitiu conhecer as zonas históricas da luta de libertação nacional, e de se inteirar da vida dos combatentes que ainda se encontram vivos nestas localidades.ANG/LLA/ÂC//SG         


Saúde
/Ministérios da Mulher e da Economia assinam acordo para implementação do Programa sobre Fistula Obstétrica no país

Bissau, 16 Set 21 (ANG) – O Ministério da Mulher, Família e Solidariedade Social e o Ministério da Economia, Plano e Integração Regional assinaram hoje um acordo para a  implementação do Programa de combate a Fistula Obstétrica no país, com apoio do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP).

O referido acordo foi assinado no acto de encerramento da IVᵃ campanha Nacional de tratamento das mulheres e meninas vítimas de Fistula Obstétrica.

O ministro da Economia, Plano e Integração Regional, Luís Victor Mandinga destacou na ocasião  que  a assinatura do referido acordo se reveste de uma importância capital para a vida das mulheres  vítimas dessa doença.

Segundo Mandinga,  a iniciativa se materializa  no âmbito do programa da CEDEAO de assistência médica e financeira às mulheres vitimas da Fistula em vigor desde 2010, e que visa a  erradicação da doença na sub-região.

ʺAs mulheres da sub-região, entre 50 à 100 mil,  são afectadas  por esta doença. Na Guiné-Bissau, hoje, uma vez mais, damos um passo a frente com a assinatura deste memorando. Não obstante o montante ser modesto mas é possível. Vamos  celebrar  que nesta IVᵃ campanha nacional, 31 mulheres, nossas irmãs, filhas vão, efectivamente, ter a oportunidade de sair deste flagelo”, referiu.

O ministro da Economia referiu que o acordo assinado   se assenta em três pilares: a sensibilização, assistência médica e reinserção social, e que tem sido coberto grande parte com a taxa comunitária pagas sobretudo pelas importações da Guiné-Bissau.

Convidou à todos, designadamente ao FNUAP, a própria CEDEAO para aumentarem, nos limites possíveis, os recursos, para que, por via  das estruturas do governo, do Ministério da Mulher, da Saúde Pública, oInstituto da Mulher e Criança e o Hospital Simão Mendes se consiga elevar o nível da   cooperação inter-regional,  em relação à  assistência médica.

A ministra da Mulher, Família e Solidariedade Social, Maria da Conceção Évora disse que o governo através da instituição que dirige vai intensificar acções de sensibilização sobre  a doença e prevenção de novos casos, identificando os já existentes e criar possibilidades para o tratamento e integração das mulheres que padecem desta doença.

“A Guiné-Bissau, está a dar um passo no tratamento da  Fistula Obstétrica e por ser uma grande preocupação convido à todos para pensarmos numa estratégia nacional de prevenção e tratamento da doença e que preconize a implementação de acções multidisciplinares com a intervancao dos parceiros como a CEDEAO, FNUAP e outros”, disse Conceição Évora.

ANG/MI/ÂC//SG