segunda-feira, 25 de março de 2013


A Cooperação pela água é crucial para preservação de recursos hídricos e ambiente, defende UNICEF

Bissau, 25 Mar. 13 (ANG) – A cooperação pela água é crucial para preservar os recursos hídricos, proteger o ambiente e aumentar o acesso a este precioso líquido, defendeu sexta-feira o representante da UNICEF.

Abduraman Soltam falava na cerimónia alusiva ao dia Mundial da Agua que este ano se assinalou na localidade de São Domingos sob o lema “Ano Internacional pela Agua”.

Na sua óptica, a tal cooperação deve envolver os usurários, instituições académicas e de pesquisas, ministérios, parceiros de desenvolvimento e o sector privado.

“Ela permite a recolha e partilha de informação sobre as melhores formas de gerir a água, dissemina as boas práticas melhorando o bem-estar geral”, sustentou o representante do UNICEF no país.


Abduraman Soltam é da opinião que para um país como a Guiné-Bissau, que tem rios transfronteiriços, a cooperação pode conduzir ao uso dos recursos hídricos de forma mais eficiente e sustentável, através de planos de utilização conjunta da água e gerar benefícios económicos mútuos.

A cooperação pela água, através de gestão participativa e inclusiva em água envolvendo diversos interessados e afectado, ajuda a erradicar a pobreza e promover a igualdade social e a equidade de género.

Por isso, acrescentou, quando devidamente implantada, ela pode resultar na mitigação da escassez do preciso líquido, melhorar as condições de vida e dar mais oportunidades educacionais para a mulher e criança.

De acordo com dados de indicadores múltiplos (MICS) 2010, na Guiné-Bissau apenas 53 por cento da população de zonas rurais tem acesso a água potável, enquanto 5 deles é que possuem saneamento adequado.

A diarreia, doença associada a falta de higiene e saneamento adequados, é o responsável pela morte de 1 em cada 5 crianças e na educação, perdem-se vários dias de escola por causa de enfermidades relacionadas com a água.

Tudo isso tem a ver com insuficiência de investimentos e de atenção política, que, por sua vez, reflecte nos poucos fundos concedidos aos serviços de água e de saneamento.

“Se persistirem o franco financiamento e planeamento no sector de agua e saneamento, os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio para o saneamento não irá ser cumprida durante muitos anos na África ao sul do sahara”, profetizou, Abduraman Soltam.

ANG/JAM

Sem comentários:

Enviar um comentário