segunda-feira, 25 de março de 2013


“Balconistas das Farmácias devem zelar pela defesa dos doentes”, avisa o ministro da Saúde

Bissau, 21 Mar 13 (ANG) – Cerca de 130 balconistas e ajudantes das farmácias, terminaram hoje um curso de capacitação em matéria de eficácia de atendimento dos pacientes.

Na cerimónia do encerramento do curso que durou um mês, o ministro da Saúde e Solidariedade Social, exortou aos formandos no sentido de se pautarem pela defesa do interesse dos doentes em detrimento do lucro em excesso.

Agostinho Cá sublinhou que ele, na qualidade de médico de profissão, já foi confrontado com inúmeros casos de denúncias, por parte de doentes que foram receitados medicamentos que lhes complicaram a saúde.

“Claro que, um paciente pode adquirir um medicamento já fora de uso nas farmácias ou alguns podem ter reacções incompatíveis no corpo dos pacientes provocando casos de alergia”, esclareceu o governante.

Cá informou que, as vezes, a referida situação tem a ver com a fraqueza dos farmacêuticos em termos de conhecimentos básicos.

“Pelo conhecimento que temos, numa determinada farmácia, os medicamentos devem estar bem organizados nas prateleiras conforme as ordens alfabéticas, porque um paciente pode chegar com uma receita e o balconista em estado de aflição ou descuido pode vender-lhe o contrário”, explicou.

Agostinho Cá avisou igualmente aos balconistas das farmácias para terem muita atenção com as formas de escrever dos médicos, acrescentando que, internacionalmente eles redigem as receitas com letras, as vezes, confusas e que exigem muita atenção para serem interpretadas.

O titular da pasta de Saúde e Solidariedade aconselhou aos farmacêuticos para darem tratamento igual aos doentes, independentemente do seu estado social.

O ministro louvou a altitude de alguns farmacêuticos que, em muitas circunstâncias, aceitam pedidos de pacientes impossibilitados financeiramente para adquirir medicamentos.

Por sua vez, o Inspector Geral da Saúde Pública, Benjamim Lourenço Dias frisou que doravante nenhum balconista pode exercer actividade nas farmácias sem dispor de habilitações para tal.

 Lourenço Dias afirmou que, a Polícia Judiciária tenha razão suficiente na recente operação que desencadeou de apreensão dos farmacêuticos que vendem medicamentos fora de uso. Referiu que as pessoas estão a desempenhar funções sem habilitações.

“Quando um farmacêutico não dispor de nenhum certificado ou diploma e cometer alguma infracção em termos de incompatibilidade de medicamentos, é automaticamente apelidado de um criminoso, e caso estiver habilitado para exercer essa função, esse erro pode ser considerado um acidente profissional”, explicou aquele responsável.

Intervindo no acto o Presidente da Associação Nacional dos Proprietários das Farmácias, Abdalahui Sallem, agradeceu o Ministério de Saúde e Solidariedade Social pela iniciativa apelando a continuidade da referida acção de formação que considerou de muito importante para a elevação do nível dos balconistas tendo em conta a necessidade de melhorar a eficácia do atendimento aos pacientes.

ANG/ÂC












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