“Balconistas das Farmácias devem zelar pela defesa dos
doentes”, avisa o ministro da Saúde
Bissau,
21 Mar 13 (ANG) – Cerca de 130 balconistas e ajudantes das farmácias,
terminaram hoje um curso de capacitação em matéria de eficácia de atendimento
dos pacientes.
Na
cerimónia do encerramento do curso que durou um mês, o ministro da Saúde e
Solidariedade Social, exortou aos formandos no sentido de se pautarem pela
defesa do interesse dos doentes em detrimento do lucro em excesso.
Agostinho
Cá sublinhou que ele, na qualidade de médico de profissão, já foi confrontado
com inúmeros casos de denúncias, por parte de doentes que foram receitados
medicamentos que lhes complicaram a saúde.
“Claro
que, um paciente pode adquirir um medicamento já fora de uso nas farmácias ou
alguns podem ter reacções incompatíveis no corpo dos pacientes provocando casos
de alergia”, esclareceu o governante.
Cá
informou que, as vezes, a referida situação tem a ver com a fraqueza dos
farmacêuticos em termos de conhecimentos básicos.
“Pelo
conhecimento que temos, numa determinada farmácia, os medicamentos devem estar
bem organizados nas prateleiras conforme as ordens alfabéticas, porque um
paciente pode chegar com uma receita e o balconista em estado de aflição ou
descuido pode vender-lhe o contrário”, explicou.
Agostinho
Cá avisou igualmente aos balconistas das farmácias para terem muita atenção com
as formas de escrever dos médicos, acrescentando que, internacionalmente eles redigem
as receitas com letras, as vezes, confusas e que exigem muita atenção para
serem interpretadas.
O
titular da pasta de Saúde e Solidariedade aconselhou aos farmacêuticos para darem
tratamento igual aos doentes, independentemente do seu estado social.
O
ministro louvou a altitude de alguns farmacêuticos que, em muitas
circunstâncias, aceitam pedidos de pacientes impossibilitados financeiramente
para adquirir medicamentos.
Por
sua vez, o Inspector Geral da Saúde Pública, Benjamim Lourenço Dias frisou que
doravante nenhum balconista pode exercer actividade nas farmácias sem dispor de
habilitações para tal.
Lourenço Dias afirmou que, a Polícia
Judiciária tenha razão suficiente na recente operação que desencadeou de
apreensão dos farmacêuticos que vendem medicamentos fora de uso. Referiu que as
pessoas estão a desempenhar funções sem habilitações.
“Quando
um farmacêutico não dispor de nenhum certificado ou diploma e cometer alguma infracção
em termos de incompatibilidade de medicamentos, é automaticamente apelidado de
um criminoso, e caso estiver habilitado para exercer essa função, esse erro
pode ser considerado um acidente profissional”, explicou aquele responsável.
Intervindo
no acto o Presidente da Associação Nacional dos Proprietários das Farmácias, Abdalahui
Sallem, agradeceu o Ministério de Saúde e Solidariedade Social pela iniciativa
apelando a continuidade da referida acção de formação que considerou de muito
importante para a elevação do nível dos balconistas tendo em conta a
necessidade de melhorar a eficácia do atendimento aos pacientes.
ANG/ÂC
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