Vladimir Deuna exorta Nhamadjo a
assumir sua “responsabilidade constitucional”
Bissau, 04. Mar. 13 (ANG) - O Candidato a liderança do PAIGC,
Vladimir Deuna, advertiu este fim-de-semana ao Presidente da República de
Transição para que assuma sua “responsabilidade constitucional” no que concerne
a formação de um governo e que inclua o PAIGC.
“Se o PAIGC já rubricou o Pacto de Transição, porquê é que
até agora não foi chamado a integrar o executivo”, questionou este jovem também
conhecido por “Abel Djassi”, durante uma conferência de imprensa em que
expressou solidariedade para com a ANP e seu presidente na crise que o opõe ao
executivo de transição.
Vladimir Deuna justificou que com a entrada do PAIGC no
governo o mundo flexibilizaria sua posição e abriria as portas para novos
investimentos de que o país carece, assim como a União Europeia recuperaria a
confiança de retomar os investimentos que fazia no país. “Mas isso, na sua
opinião, só será possível se houver formação de um governo de base alargada via
parlamento”, acrescentou.
O candidato à liderança dos “libertadores” exortou ao
Presidente da República de transição (PRT) para não aceitar ser refém de
“pequenos partidos”, que defendem um
“dilatado” período de transição de 3 anos.
“O PRT deve deixar já
de proferir vocabulários teóricos como ´ reencontro da família guineense ´ ´
governo de consenso ´ ou ´ inclusivo ´, porque o povo já esta cansado, as
pessoas morrem de fome no interior, os alunos estão sem escola…sai da teoria e
vai para pratica”, instou .
Vladimir Deuna alertou ainda a Manuel Serifo Nhamadjo para
“ir ao encontro da vontade popular”, que clama por um governo com os dois
“grandes” na arena politica nacional como protagonistas e para que possa
organizar eleições em Novembro próximo. “De contrário, o Sr. Presidente arcará
com as consequências, pois quem te avisa amigo é”,disse.
Abel Djassi defendeu a realização de eleições em Novembro do
ano em curso, para que o partido vencedor possa formar o executivo capaz de
tirar o pais do estado em que se encontra actualmente, caracterizado por falta
de escola devido a greve no sector do ensino, da luz eléctrica e agua
canalizada, alem de uma fome generalizada no interior do país.
Lembrou que a sua pretensão não anda longe das recomendações
deixadas pela CEDEAO na sua recente cimeira
na Costa do marfim e que defende a realização do escrutínio geral no
país antes de 31 de Dezembro do ano em curso.
“Estamos nas vésperas do início da campanha de castanha de
caju e acreditamos que a mesma poderá vir a redundar-se num fiasco total, se se
persistir a actual situação, que já “de per si” é bastante grave”, pressagiou.
ANG/JAM
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