segunda-feira, 4 de março de 2013


Vladimir Deuna exorta Nhamadjo a assumir sua “responsabilidade constitucional”

Bissau, 04. Mar. 13 (ANG) - O Candidato a liderança do PAIGC, Vladimir Deuna, advertiu este fim-de-semana ao Presidente da República de Transição para que assuma sua “responsabilidade constitucional” no que concerne a formação de um governo e que inclua o PAIGC.

“Se o PAIGC já rubricou o Pacto de Transição, porquê é que até agora não foi chamado a integrar o executivo”, questionou este jovem também conhecido por “Abel Djassi”, durante uma conferência de imprensa em que expressou solidariedade para com a ANP e seu presidente na crise que o opõe ao executivo de transição.

Vladimir Deuna justificou que com a entrada do PAIGC no governo o mundo flexibilizaria sua posição e abriria as portas para novos investimentos de que o país carece, assim como a União Europeia recuperaria a confiança de retomar os investimentos que fazia no país. “Mas isso, na sua opinião, só será possível se houver formação de um governo de base alargada via parlamento”, acrescentou.

O candidato à liderança dos “libertadores” exortou ao Presidente da República de transição (PRT) para não aceitar ser refém de “pequenos partidos”,  que defendem um “dilatado” período de transição de 3 anos.

 “O PRT deve deixar já de proferir vocabulários teóricos como ´ reencontro da família guineense ´ ´ governo de consenso ´ ou ´ inclusivo ´, porque o povo já esta cansado, as pessoas morrem de fome no interior, os alunos estão sem escola…sai da teoria e vai para pratica”, instou .

Vladimir Deuna alertou ainda a Manuel Serifo Nhamadjo para “ir ao encontro da vontade popular”, que clama por um governo com os dois “grandes” na arena politica nacional como protagonistas e para que possa organizar eleições em Novembro próximo. “De contrário, o Sr. Presidente arcará com as consequências, pois quem te avisa amigo é”,disse.

Abel Djassi defendeu a realização de eleições em Novembro do ano em curso, para que o partido vencedor possa formar o executivo capaz de tirar o pais do estado em que se encontra actualmente, caracterizado por falta de escola devido a greve no sector do ensino, da luz eléctrica e agua canalizada, alem de uma fome generalizada no interior do país.

Lembrou que a sua pretensão não anda longe das recomendações deixadas pela CEDEAO na sua recente cimeira  na Costa do marfim e que defende a realização do escrutínio geral no país antes de 31 de Dezembro do ano em curso.

“Estamos nas vésperas do início da campanha de castanha de caju e acreditamos que a mesma poderá vir a redundar-se num fiasco total, se se persistir a actual situação, que já “de per si” é bastante grave”, pressagiou.

ANG/JAM


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