quinta-feira, 7 de março de 2013


“PRID vai adoptar novo conceito político com base em confronto de ideias”, diz o seu Presidente

Bissau, 07 Mar.13 (ANG) – O líder do Partido Republicano da Independência e Desenvolvimento (PRID), afirmou que pretendem adoptar um novo conceito de fazer a política na Guiné-Bissau que passará pelo confronto de ideias claras para o desenvolvimento e não por via de insultos.

Afonso Té que falava quarta-feira, aos dirigentes e militantes do PRID, durante uma palestra subordinada ao tema: “Desarticulação da Administração Pública Guineense”, no quadro da celebração do 5º aniversário do partido, disse que chegou a hora dos actores políticos inverterem formas de actuação.

“Não devemos continuar a refugiar-se em actos de intrigas, insultos e difamações, pondo de lado o espaço de ideias do desenvolvimento do país”, aconselhou Afonso Té.

Disse que existem muitos factores positivos que outrora marcavam a convivência dos guineenses. “Actualmente, ao passar por uma escola, não se houve alunos a cantarem o hino nacional”, lamentou.

O Presidente do PRID revelou que a administração pública da Guiné-Bissau está desorganizada, porque o PAIGC, após a independência, não conseguiu desarticular-se da administração colonial que era apenas de estilo de uma província e não propriamente de um Estado.

“O PAIGC ao assumir as rédeas da governação do país, expulsou todos os administradores e Chefes de Postos do sistema colonial e nos seus lugares, colocou os antigos guerrilheiros, ex. Comissários Políticos que na sua maioria são analfabetos sem mínimas noções de administração”, explicou.

Afonso Té frisou que nos anos 70, o Governo decidiu abrir a primeira Escola de Administração, acrescentando que a referida escola, em vez de ficar em Bissau, foi colocada em Cabo-Verde e a única que viria a funcionar-se na capital guineense foi a Escola de Direito.

Aquele político sublinhou que a Guiné-Bissau não pode ter uma administração pública desorganizada e esperando uma Forças Armadas organizadas.

“As reformas nas Forças Armadas devem ser feitas em simultâneas com as da Administração Pública”, considerou.

ANG/ÂC


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