sexta-feira, 15 de março de 2013


PR da transição ameaça abandonar funções 


 Bissau, 14 Mar. 13 (ANG/ANGOP) - O Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, avisou quinta-feira que pode abandonar as funções se persistirem as divergências entre os actores políticos do país.
  
Nhamadjo fez esta advertência aos guineenses quando falava na abertura de um encontro promovido pelo Movimento da Sociedade Civil com os militares sobre a busca de diálogo nacional.  
  
No encontro a que assistia o representante do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, o Presidente de transição guineense disse estar
 cansado de divergências entre os políticos "motivados por interesses egoístas".  
  
Se continuar esta persistência do radicalismo de um lado e de outro (...), então que o guineense arranje desde já um candidato para gerir as próximas etapas da transição,
 porque Serifo Nhamadjo, não fará parte da fragmentação da sociedade guineense", afirmou o Presidente. 
  
Serifo Nhamadjo disse já ter dado conta desta sua intenção ao próprio representante da ONU em Bissau e às várias organizações representativas da sociedade guineense,
 faltando apenas manifestar a sua determinação aos dois principais partidos do país (PAIGC e PRS) na audiência que terá com eles na sexta-feira.  
  
"Ainda tenho mais dois meses do meu mandato, em Abril termina o mandato pelo qual assumi o compromisso de 12 meses. Não quero chegar com a sociedade guineense no
  buraco que estou a ver à frente, quero que todos nós nos juntemos para tapar esse buraco", sublinhou Nhamadjo.  
  
O Presidente de transição avisa que se não houver consensos - sobre a formação de um novo Governo e na elaboração de um novo roteiro para transição - então sim terá que
 deixar as suas funções.  
  
"Serifo Nhamadjo não fará parte da disputa egoísta de chegar ao poder sem ser por caminho mais transparente, mas também não sou o único guineense que pode estar à
 frente da transição", enfatizou o Presidente.  
  
"Estarei sempre disponível se for com o objectivo de atingirmos uma transição pacífica, de dignificação do guineense. Esses pressupostos que lancei são premissas indispensáveis para que esta transição não seja mais uma transição", observou Nhamadjo.  
ANG

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