sexta-feira, 1 de março de 2013


APGB necessita de mais de 70 milhões de CFA para conclusão da pavimentação do Porto de Bissau

Bissau, 01 Mar.13 (ANG) – O Director-geral da Administração dos Portos da Guiné-Bissau (APGB), afirmou que estão e diligenciar junto de um banco, um empréstimo no valor de setenta e dois milhões de francos CFA para a conclusão da segunda fase da obra de pavimentação do Porto de Bissau.

Augusto Fernando Cabi que falava em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné (ANG), disse que o prazo para a entrega da referida obra era de 18 meses, acrescentando que devido as dificuldades de vária ordem, somente 60 por cento das obras foram concluídas.

“As obras foram orçadas num montante de três biliões e oitocentos milhões de francos CFA, tendo o Banco avançado logo de imediato com dois biliões e quinhentos milhões, devendo a APGB entrar com uma verba de um bilião e trezentos milhões como contrapartida, o que não viria a acontecer, e a empresa executora da obra suspendeu os trabalhos”, informou.

O director-geral da APGB disse que a paragem da obra causaria enormes prejuízos não só para aquela instituição, assim como o Governo e ao país em geral principalmente no período chuvoso.

“Para tal, negociamos com a empresa executora da obra e nos pediu um montante de 150 milhões de francos CFA como condição para retomarem os trabalhos. A partir dai, continuamos a pagar a empresa ASCOM, em várias prestações o que permitiu o andamento normal da obra”, explicou.

Augusto Fernando Cabi sublinhou que é urgente a conclusão da obra de pavimentação do Porto de Bissau para permitir não só aumentar o parque dos contentores, como criar as condições para a durabilidade das suas máquinas.
 “As máquinas electrónicas de que dispomos actualmente, acabam por estragar-se mais cedo devido as poeiras”, lamentou aquele responsável.

Instado a dizer sobre o propalado projecto de dragagem do Porto de Bissau, aquele responsável afirmou que faz parte de um conjunto de acções a serem financiadas pelo Banco Oeste Africano de Desenvolvimento (BOAD), dentre as quais a sinalização de canais, informatização de serviços e aquisição de máquinas.

“Os trabalhos já estão muito avançados. Mas o que falta não depende de nós, mais sim do Governo. Na última reunião que mantivemos com uma delegação do BOAD, no passado dia 21 de Fevereiro, informamos-lhe que tudo o que tínhamos para fazer da nossa parte, já está concluída dentre os quais a adequação dos estatutos da APGB com as normas da OHADA”, disse.

Cabi declarou que o estrangulamento para o início do projecto de dragagem do Porto de Bissau, está no litígio que existia entre o Estado guineense e a empresa portuguesa Tertir antiga gestora da ex. Guiport.

“Os responsáveis do BOAD, souberam desse diferendo e para tal querem uma garantia da parte do Governo de que se investiram no Porto de Bissau, não correrão o risco de confiscação dos bens, antes da recuperação do investimento feito”, revelou.

Augusto Cabi frisou que durante uma visita que efectuaram recentemente ao Porto de Leixões em Portugal, receberam a promessa de que dois técnicos virão à Bissau brevemente para apoiar a APGB na elaboração de cadernos de encargos.

“Se conseguimos desbloquear os fundos do BOAD, vamos iniciar primeiramente, os trabalhos da reparação do Cais, remoção de sucatas de navios afundados e posteriormente arrancar com a dragagem”, explicou.

Augusto Cabi, salientou que a sua ambição é marcar a diferença com os seus antecessores. “Estou a lutar para tornar o Porto de Bissau no mais moderno da Sub-Região. Estou a fazer contactos para informatizar todos os serviços, bem como a colocação da câmara de vigilância em todos os cantos para diminuir os roubos, entre outros”, sublinhou.

O director-geral da APGB afirmou que não corresponde a verdade o que as pessoas dizem: que o Porto de Bissau é dos mais caros da Sub-Região, acrescentando que a tarifas cobradas até agora, foram fixadas desde 1996.

Disse que, de 1996 até a data presente, houve muitas variações de preços, mais foi mantida a mesma tarifa. “As pessoas têm dificuldades em distinguir, as diferentes taxas que são cobradas, nomeadamente, nas alfandegárias, Conselho Nacional de Carregadores etc”, esclareceu.

Revelou que está a diligenciar com vista ao reajustamento da tarifa do Porto de Bissau de forma a adequa-la ao actual contexto.

ANG/ÂC
  



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