FMI iniciou segunda missão à
Guiné-Bissau após golpe de Estado
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Bissau, 02 Mai. 13 (ANG) - O Fundo Monetário
Internacional (FMI) iniciou hoje a segunda missão à Guiné-Bissau após o golpe
de Estado de Abril de 2012, no âmbito da qual vai fazer uma análise exaustiva
da situação económica e financeira.
A situação no país "não está muito saudável",
tendo em conta a suspensão das ajudas dos doadores internacionais na sequência
do golpe de Estado, reconheceu hoje o ministro das Finanças do Governo de transição,
Abubacar Demba Dahaba.
O ministro reuniu-se esta manhã com a delegação do FMI,
altura em que disse esperar que com a abertura da comunidade financeira
internacional o país possa vir de novo a beneficiar de
apoios.
"Há muitos projectos bloqueados desde 12 de Abril
mas há um esforço, o processo já está no caminho e penso que vamos ultrapassar
rapidamente as dificuldades", disse, lembrando que também o Banco Mundial
retomou os projectos que tinha em curso na Guiné-Bissau.
A missão do FMI é chefiada por Maurício Villafuerte, que
já tinha estado em Bissau em Fevereiro deste ano. Villafuerte remeteu para o
final da visita mais declarações, afirmando apenas que a missão que hoje começa
é "mais formal" do que a de Fevereiro e destina-se a preparar o
relatório anual que será apresentado ao FMI em Washington.
Após a missão de Fevereiro o Fundo Monetário
Internacional emitiu um comunicado no qual dizia esperar que a economia da
Guiné-Bissau recupere este ano, depois de uma queda no ano passado, graças à
"retoma da produção e exportação do caju" (principal produto do
país).
"A actividade económica foi afectada adversamente
pela queda acentuada nos volumes de exportação e preço da castanha de caju, e
pela diminuição da assistência dos doadores na sequência do golpe de
Estado", dizia o comunicado.
E acrescentava: "embora a situação continue difícil
devido às incertezas políticas existentes", espera-se que "a economia
recupere em 2013" pela retoma da produção e exportação do caju.
ANG
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