quinta-feira, 2 de maio de 2013


UA poderá levantar sanções contra Guiné-Bissau na sua próxima Cimeira

Bissau, 02 Mai. 13 (ANG) A suspensão imposta a Guiné-Bissau pela União Africana, na sequência do Golpe de Estado do ano passado, poderá ser levantada durante a próxima cimeira da organização a decorrer de 26 à 27 do mês em curso, na Etiópia.

Essa possibilidade foi hoje avançada pelo Representante Residente da UA, Ovídio Manuel Barbosa Pequeno durante uma conferência de imprensa em que abordou o ponto de vista da comunidade internacional em relação aos últimos desenvolvimentos havidos lugar no país.

Segundo, Ovídio Pequeno essa oportunidade soberana do país, é condicionada a definição, pelos actores políticos guineenses, de um roteiro de transição, assinatura de pacto de transição e formação de um governo de inclusão.

“Para nós deve haver uma decisão muito rápida sobre o roteiro, o pacto de regime e criação de um governo inclusivo e que tenha um ´respaldo´ da Comunidade Internacional”, frisou o diplomata saotomense lembrando que tudo dependerá da vontade política das autoridades guineenses.

De acordo com Ovídio Pequeno, logo que isso seja feito serão accionados mecanismos dentro das estruturas da organização tendentes ao levantamento da suspensão do país.

A conferência de imprensa serviu para que Ovídio Pequeno fizesse o ponto de situação da reunião do Conselho de Paz e Segurança da UA realizada recentemente em Adis-Abeba, em que tomou parte ao lado dos outros quatros representantes das principais organizações parceiras da Guiné-Bissau, nomeadamente a ONU, União Europeia,  CPLP e a CEDEAO.

“Tratou-se duma reunião em que houve uma total abrangência e convergência de pontos de vista sobre as prioridades a nível da Guiné-Bissau”, sublinhou o representante da UA que realçou a preparação e organização das próximas eleições como um dos temas abordados.

Por outro lado, falou dos preparativos de uma segunda missão conjunta que deverá ser despachado para o país desde que sejam criadas as condições acima descritas, nomeadamente assinatura de um  pacto e criação, criação de de um roteiro de transição e formação de um governo inclusivo.

Sobre esta segunda missão, que vem na sequência da já realizada nos finais do ano findo e princípios deste, Ovídio Pequeno esclareceu que os parceiros deverão se reunir, mais uma vez e provavelmente, dentro de breve, para definir os termos de referência da mesma.

“Isto vai permitir-lhes acompanhar o processo na Guiné-Bissau e servira de mecanismo local de acompanhamento”, sublinhou o representante da UA.

Este responsável manifestou a preocupação da organização continental sobre a prisão do ex-chefe da Armada, José Américo Bubo Natchuto e a indiciação do actual Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, António Injai pela justiça americana no tráfico de drogas e outros crimes.

Quanto a isso, Ovidio Pequeno esclareceu que a organização tomou nota e reconhece que o processo é do foro judicial, sendo que não lhes cabe interferir, sem no entanto deixar de lembrar que a organização estará atenta ao seu desenrolar.

ANG/JAM

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