UA
poderá levantar sanções contra Guiné-Bissau na sua próxima Cimeira
Bissau, 02 Mai. 13 (ANG) A
suspensão imposta a Guiné-Bissau pela União Africana, na sequência do Golpe de
Estado do ano passado, poderá ser levantada durante a próxima cimeira da
organização a decorrer de 26 à 27 do mês em curso, na Etiópia.
Essa possibilidade foi hoje
avançada pelo Representante Residente da UA, Ovídio Manuel Barbosa Pequeno durante
uma conferência de imprensa em que abordou o ponto de vista da comunidade
internacional em relação aos últimos desenvolvimentos havidos lugar no país.
Segundo, Ovídio Pequeno essa
oportunidade soberana do país, é condicionada a definição, pelos actores
políticos guineenses, de um roteiro de transição, assinatura de pacto de
transição e formação de um governo de inclusão.
“Para nós deve haver uma
decisão muito rápida sobre o roteiro, o pacto de regime e criação de um governo
inclusivo e que tenha um ´respaldo´ da Comunidade Internacional”, frisou o
diplomata saotomense lembrando que tudo dependerá da vontade política das
autoridades guineenses.
De acordo com Ovídio
Pequeno, logo que isso seja feito serão accionados mecanismos dentro das
estruturas da organização tendentes ao levantamento da suspensão do país.
A conferência de imprensa
serviu para que Ovídio Pequeno fizesse o ponto de situação da reunião do Conselho
de Paz e Segurança da UA realizada recentemente em Adis-Abeba, em que tomou
parte ao lado dos outros quatros representantes das principais organizações
parceiras da Guiné-Bissau, nomeadamente a ONU, União Europeia, CPLP e a CEDEAO.
“Tratou-se duma reunião em
que houve uma total abrangência e convergência de pontos de vista sobre as
prioridades a nível da Guiné-Bissau”, sublinhou o representante da UA que realçou
a preparação e organização das próximas eleições como um dos temas abordados.
Por outro lado, falou dos
preparativos de uma segunda missão conjunta que deverá ser despachado para o país
desde que sejam criadas as condições acima descritas, nomeadamente assinatura
de um pacto e criação, criação de de um
roteiro de transição e formação de um governo inclusivo.
Sobre esta segunda missão,
que vem na sequência da já realizada nos finais do ano findo e princípios
deste, Ovídio Pequeno esclareceu que os parceiros deverão se reunir, mais uma
vez e provavelmente, dentro de breve, para definir os termos de referência da
mesma.
“Isto vai permitir-lhes
acompanhar o processo na Guiné-Bissau e servira de mecanismo local de
acompanhamento”, sublinhou o representante da UA.
Este responsável manifestou
a preocupação da organização continental sobre a prisão do ex-chefe da Armada,
José Américo Bubo Natchuto e a indiciação do actual Chefe de Estado-Maior das
Forças Armadas, António Injai pela justiça americana no tráfico de drogas e
outros crimes.
Quanto a isso, Ovidio
Pequeno esclareceu que a organização tomou nota e reconhece que o processo é do
foro judicial, sendo que não lhes cabe interferir, sem no entanto deixar de lembrar
que a organização estará atenta ao seu desenrolar.
ANG/JAM
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