PAIGC NEGA CULPAS NO ATRASO DE FORMAÇÃO DO NOVO GOVERNO
Bissau, 30 Mai. 13 (ANG) - O Partido Africano
da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) nega qualquer responsabilidade
na demora para a formação de um novo Governo de inclusão na Guiné-Bissau, sugerido
pela Comunidade Internacional.
"Até agora espera-se, como acordado, que o senhor primeiro-ministro de transição convoque os dois partidos, PAIGC e PRS, para discussões e que a proposta final seja remetida ao Presidente de transição, para este decretar o novo Governo”, diz o PAIGC em comunicado.
A comunidade internacional tem exigido a
formação de um novo Governo de transição na Guiné-Bissau, que seja mais
inclusivo, substituindo o actual executivo, também de transição, formado na
sequência de um golpe de Estado em Abril do ano passado.
Há vários meses que os políticos guineenses discutem o novo processo de transição.
O PAIGC e Partido da Renovação Social (PRS), o primeiro e o segundo partidos mais votados nas eleições de 2008 (e que compõem a esmagadora maioria da Assembleia Nacional Popular), assinaram um memorando de entendimento a 17 de Maio e na quarta-feira, dia 29 de Maio, o parlamento adoptou um novo Pacto de Transição e Acordo Político que orientam a vida política até as eleições, previstas para Novembro.
O Bureau Político do PAIGC considera “estranha e incompreensível ” a situação e apela ao primeiro-ministro e ao Presidente da República de transição para que respeitem a Constituição e os instrumentos políticos e jurídicos de transição.
”Os responsáveis da transição devem colocar os interesses da Nação e dos guineenses acima dos seus interesses e compromissos pessoais", refere o comunicado.
Na sequência de um golpe de Estado a 12 de Abril do ano passado, que afastou as autoridades eleitas, a Guiné-Bissau iniciou um período de transição que devia culminar com eleições ao fim de um ano.
Tal não aconteceu, e o período de transição
foi estendido para mais um ano, devendo ficar concluído a 31 de Dezembro do
corrente ano.
ANG
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