Intermediários negam “proibição” de estrangeiros à compra
no terreno
Bissau, 02. Mar. 17
(ANG) – A Associação Nacional dos Intermediários de Negócios reagiu
quarta-feira contra as “informações” postas a circular e segundo as quais
“nenhum estrangeiro pode fazer a compra de cajú, na qualidade de comerciante
intermediário”.
A reacção foi tornada
publica depois das declarações do Chefe
da Missão do Fundo Monetário Internacional, Felix Fisher, que aconselha as autoridades
da Guiné-Bissau a evitarem de produzir leis que impeçam estrangeiros de exercerem as funções de
intermediação na campanha de comercialização de cajú do presente ano.
“Não existe nenhum
artigo na legislação (…) que proíbe o estrangeiro de operar durante a campanha
deste ano”, afirmou o Presidente da Associação Nacional dos Intermediários de
Negócios (ANIN) para acrescentar que desafia a “quem quer que seja para exibir
um documento que impede os mauritanianos ou indianos a comprarem o cajú”.
“Simplesmente”, explica Nelson Badinca, está
em curso, neste momento, a reforma com vista a reorganização da cadeia de caju,
pois a Guiné-Bissau “não pode ter a melhor qualidade deste produto no mundo e
ter o pior preço a nível mundial”.
Segundo este homem de
negócios, a reforma em curso no sector de cajú visa permitir o país funcionar a
exemplo dos países bem-sucedidos neste domínio, como a Costa do Marfim.
“Este ano, foi
instituido que qualquer Intermediário de Escoamento, seja nacional ou
estrangeiro, que formalize a sua empresa no país, por forma a permitir que o
Estado tenha o controlo da situação e que se ponha termo aos negócios informais
no sector”, disse.
Nelson Badinca afirmou
que não se pode “retalhar ninguém, porque a ANIN conta com membros de
nacionalidades senegaleses e mauritanianas”.
De acordo com o Decreto
do Governo que regulamenta a profissão de Intermediário de Cajú, existe duas
categorias, ou seja, “Intermediário de Posto”, quem compra a castanha de cajú
directamente do produtor e o de “Escoamento”, pessoa singular ou colectiva que
adquire o produto mediante um contrato com o “Intermediário de Posto”.
O Presidente da Agência
Nacional de Cajú (ANCA), Henrique Mendes, em entrevista exclusiva a Agência de
Notícias da Guiné (ANG), em Fevereiro preve, para este ano, a exporação de mais de 200
mil toneladas de cajú contra os 192 mil oneladas de 2016.
Segundo o Presidente da Agência Nacional de Cajú(ANCA-GB), a República da
Guiné-Bissau é o quinto maior produtor de cajú no mundo, depois da Índia, Costa
do Marfim, Vietname e Brasil e possui a melhor castanha e amêndoa.
ANG/QC/JAM/SG
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