Governo
apoia expansão do ensino da língua gestual no país
Bissau, 03 Mar 17 (ANG) – O
Ministério da Mulher, Família e Solidariedade Social está disposto a apoiar a Associação
de Surdos da Guiné-Bissau (AS-GB) à expandir o ensino da língua gestual em todo
o território nacional.
A disponibilidade foi
manifestada hoje pelo representante do MMFSS na cerimónia de encerramento da
sessão de formação para recolha de gestos para a revisão do dicionário de
língua gestual guineense e produção de manual de orientação e de sensibilização
ao atendimento da comunidade surda da Guiné-Bissau.
Carlos Tipote elogiou a AS-GB,
pelo trabalho que tem vindo a fazer em beneficio das pessoas com deficiências,
tendo deixado garantias do seu Ministério em continuar a apoiar a Associação na
medida das suas possibilidades, sobretudo para a abertura da escola dos surdos
que foi construída graças ao apoio financeiro do governo português.
O Presidente da Associação
de Surdos da Guiné-Bissau, José Augusto Lopes disse que o acto marca uma etapa
singular na implementação da educação especial, neste caso o ensino gestual no
país.
Informou que a língua
gestual nasce sempre quando surdos se juntam e que quanto mais fôr a maior
diversidade etária, constitui-se uma verdadeira comunidade permitindo o
reconhecimento rápido da comunicação gestual não só pelos deficientes, bem como
pela comunidade onde vivem.
José Lopes disse que apesar
de se registar um desenvolvimento da
língua da comunidade surda guineense, a maioria dos surdos ainda continua fora
do sistema do ensino, sobretudo os do interior do país.
Por sua vez, Margarida Madureira,
Adida da Cooperação Portuguesa no país enalteceu os trabalhos realizados pela
AS-GB e considera os de positivo, devido ao incremento do ensino da língua gestual
no país.
“Na Guiné-Bissau, as pessoas portadoras de difidência
são ainda tratadas com estigma e são muitas vezes excluídas das suas
comunidades e não têm acesso à escola enquanto crianças e nem integram o
mercado de trabalho por vezes”, lamentou.
ANG/LPG/ÂC/SG
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