quinta-feira, 2 de março de 2017

França


                                          Justiça avança com processo contra Fillon

Bissau, 02 Mar 17 (ANG) - O candidato presidencial francês, François Fillon, disse que vai ser acusado de ter criado empregos falsos para a mulher e os filhos, mas que mantém a candidatura às eleições de 23 de abril.

O candidato presidencial francês François Fillon adiou, esta quarta-feira, uma visita à Feira de Agricultura de Paris sem prestar qualquer justificação, o que levantou suspeitas que poderia desistir das presidenciais. No entanto, o conservador promete que irá levar a campanha presidencial até ao fim.

“Tenho um encontro marcado com a democracia e só ela nos pode levar a escolher o futuro. Eu estarei lá com determinação renovada, e não vou permitir que a escolha dos eleitores seja entre uma aventura louca com a extrema direita e a continuação do hollandismo “, afirmou Fillon.
“Não cederei, não me renderei, não me retirarei. Peço-vos que me sigais”, garantiu esta quarta-feira, na sede de campanha do seu partido, em Paris.

François Fillon nega todas as acusações e revelou que “vai encontrar-se com os magistrados” no próximo dia 15 de março. A sua mulher, Penelope, também terá sido notificada para prestar declarações no dia 18 de março.

O candidato presidencial diz que está a ser alvo de um inquérito judicial tendencioso, que devido à escolha do calendário tem como consequência o seu “assassinato político”.

“Muitos dos meus apoiantes e aqueles que me apoiaram nas primárias e os quatro milhões de eleitores, falam de um assassinato político. Este é um assassinato, de facto. Com a escolha deste calendário para o inquérito judicial, não sou apenas eu que estou a ser assassinado é a eleição presidencial”, acrescentou Fillon.

O conservador é suspeito de desvio de fundos públicos por ter alegadamente criado empregos fictícios para a mulher e os dois filhos.

Os dois filhos de Fillon terão ganho perto de 85 mil euros com vários trabalhos parlamentares, e Penelope terá recebido cerca de 900 mil euros ao trabalhar como assistente parlamentar e como colaboradora de uma revista literária.
ANG/ZAP/ Lusa


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