RGB/Movimento “Ba-Fatá” exorta José Mário Vaz a dissolver o parlamento
Bissau,03 Mar
17(ANG) – O partido Resistência da Guiné-Bissau / Movimento “Ba-Fatá” quer que
o Presidente da República, José Mário Vaz, dissolva o parlamento, por não conseguir
ter uma maioria capaz de assegurar a estabilidade governativa na Guiné-Bissau.
Símbolo da RGB-MB |
Em conferência de
imprensa realizada quinta-feira na sua sede em Bissau, o presidente do
Movimento “Ba-Fatá”, Fernando Mendes, instou José Mário Vaz a demitir o actual
governo, liderado por Umaro Sissoko Embaló, por este estar sem os instrumentos
que viabilizem a sua actuação.
No encontro com os
jornalistas, a RGB sugere, por isso, que o próximo chefe do executivo guineense
seja uma figura isenta, idónea, com um nível intelectual, ético e moral
inquestionável, capaz de dialogar com a sociedade guineense, com vista a
formação de um “governo inclusivo”, onde todos os partidos possam indicar um
determinado número de quadros com um perfil a discutir.
“Esse governo deverá
ter uma agenda e um termo de referência bem definido, cuja missão deve
essencialmente ser o de propor as reformas das leis, nomeadamente a Constituição
da República e Lei Eleitoral, reformas na Função Pública e nas forças de Defesa
e Segurança. Assegurar a isenção da Comissão Nacional de Eleições e preparar o
país para novas eleições com condições de transparência e justiça” sugeriu
Fernando Mendes.
O líder da
RGB/Movimento “Ba-Fatá” entende que a presente legislatura está falhada, porque
nenhum dos governos nomeados pelo Presidente da República conseguiu a sua
legitimação na Assembleia Nacional Popular.
“O próprio Acordo de
Conacri falhou, porque os seus patrocinadores do referido não foram
contundentes na indicação do primeiro-ministro de consenso conforme o acordado.
Verifica-se uma postura muito branda e conivente da Comunidade Internacional em
relação a este assunto” acusou o líder da RGB.
Fernando Mendes
voltou a elogiar as Forças de Defesa e Segurança pela postura imparcial que têm
assumido ao longo da crise política, tendo apelado à Comunidade Internacional
para assumir uma postura mais vigorosa no apoio para a solução da crise
política guineense. ANG/ÂC/SG
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