quinta-feira, 2 de julho de 2020

Política/”Vergonha da deslocação da maioria motivou ausência de deputados do PAIGC na sessão de segunda-feira”, diz Nelson Moreira

Bissau, 02 jul 20 – O deputado do Movimento para Alternância Democrática(Madem-G15), disse que a ausência dos deputados da bancada parlamentar do PAIGC no passado dia 29 na sessão em que se  aprovou o programa do governo de Nuno Nabian, se deve a “vergonha” da deslocação da maioria originada pela sua “prepotência”   e o desrespeito às instituições legítimas.

Nelson Moreira que falava hoje durante a apresentação de uma Declaraç

ão Política, em nome da bancada do Madem-G15, acusou os deputados do PAIGC de priorizar negociações particulares dos deputados.

“Não vieram aqui para defender o Povo que lhes elegeu, mas sim, vieram para assegurar os seus mandatos porque com 10 faltas um deputado perde o mandato e por isso, tentam perturbar o normal funcionamento das sessões parlamentares”, acusou Moreira.

Acrescentou que a vergonha do PAIGC associa-se ao fato de não reconhecer o Presidente reconhecido pela Comissão Nacional das Eleições (CNE), entidade competente para organizar o processo eleitoral e anunciar os respetivos resultados.

O político sublinhou que os deputados do PAIGC não compareceram na segunda-feira com o intuito de boicotar a sessão pelo  fato de  a maioria se deslocar e que receiam a perda do mandato e salário.

Referiu  que as situações elencadas na Declaração Política do PAIGC apresentada quarta-feira no hemiciclo, na qual pedem  a impugnação da sessão parlamentar do passado dia 29 de junho, são desprovidas de dignidade a que se requer para um debate parlamentar, justificando que não se pode inviabilizar uma sessão parlamentar num momento crucial como este, só porque alguns deputados decidiram livremente não tomar assento na sessão regularmente convocada.

Disse  que não se pode impugnar uma deliberação em que, por vontade própria de impugnar, se decidiu de forma consciente e deliberada ausentar.

Considerou  que a bancada dos libertadores não tem a legitimidade de impugnar  atos praticados na sessão parlamentar de segunda-feira, devido a ausência voluntária, não obstante a sua participação efetiva na reunião da Comissão Permanente, na qual foi decidida a convocatória da presente sessão, frisando que a própria deliberação da mesma comissão foi lida por um dos deputados do PAIGC.

“Em situações como estas, o que eventualmente pode ser impugnada é a convocatória, se for irregular, o que não é o caso. A própria convocatória do Presidente da Assembleia Nacional Popular é regular e a presença dos deputados do PAIGC responde ao chamamento”, disse.

A maioria dos deputados da bancada do PAIGC não compareceu na sessão parlamentar de segunda-feira na qual se aprovou o Programa do Governo, sustentado pelos deputados do Madem G-15, PRS e APU-PDGB, no quadro de uma nova aliança governativa e parlamentar entre as três formações políticas.ANG/DMG/ÂC//SG 


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