quarta-feira, 8 de julho de 2020

Política/ Veteranos do PAIGC exigem respeito pela vontade do povo  expressa nas urnas

Bissau, 08 Jul  2020 (ANG) – Os Veteranos da Luta Armada de Libertação Nacional exigiram o respeito pela vontade do povo expressa nas urnas e que deu vitoria ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, nas  legislativas de 10 de Março de 2019.

Em conferência de imprensa esta quarta-feira, Teodora Inácia Gomes em nome dos veteranos  disse que, as legislativas  foram vencidas pelo PAICG pelo que

 deve governar.

Sustenta que a Constituição da República diz que o partido com maior numero de deputados ou aquele que vencer as eleições é  líder do parlamento, acrescentando que até 52 mandatos o partido é considerado vencedor com maioria absoluta, e que mesmo assim não significa que venceu tudo porque vai precisar de 70 e poucos no momento de alterar “grandes leis” e que no caso de maioria relativa é o mesmo partido que governa, mas com ajuda dos deputados de um outro partido, na base de acordo.

"Não vamos puxar o poder porque quem ganhou na lei é que deve governar pelo que deve ser respeitado o ponto 7 do comunicado da Comunidade Económica dos Estados África Ocidental (CEDEAO) que recomendou a  formação de novo governo, a ser liderado pelo PAIGC como vencedor das eleições legislativas,o que  está a ser ignorado pelos golpistas assaltantes que querem o poder à força. Vamos deixar um conselho: o povo e os combatentes não vão admitir isso”, disse Teodora Gomes." 

Segundo Teodora,  um dos sonhos do fundador da Pátria guineense era ver a Guiné-Bissau reconhecida como uma Nação independente por outros países. Por esta razão, disse que  jamais vão aceitar que interesses de um  grupo de  pessoas isolem o país.

"As pessoas devem ter considerações pelos combatentes da liberdade de pátria, não importa o partido que esteja no poder. Mesmo que não seja o PAIGC é fundamental respeitar os combatentes. Logo após a independência, em 1975, foram criadas as leis que protegem, defendem os valores dos combatentes.É  muito bom  reconhecer esse  valor  pelo que não deve ficar só nas palavras, porque no momento de  campanha política todos os candidatos falam dos combatentes da liberdade da pátria por toda a parte”, referiu a veterana de luta de libertação.

 Acrescentou que  Arafam Mané, (outro Combatente da Liberdade da Pátria) antes de morrer dizia que  enquanto não for reconhecido o valor dos combatentes da liberdade de pátria a Guiné-Bissau não pode ir para frente, tendo chamado atenção das pessoas no sentido de reconhecerem esses valores e pô-los em prática.

Na sua opinião, a Guiné-Bissau continua a ter um risco maior contra a sua soberania.

Disse  que o país passa por uma  situação de golpe de Estado, e justifica a afirmação com referência à ondas de  violência  contra pessoas, espancamentos e prisões arbitrárias, por causa de acusações falsas ocorridos no país e diz que isso aumenta a impunidade no país.

Teadora Inácia Gomes afirmou que o país não pode admitir o rótulo de  de “Nação falhada”  ou “narco-Estado”, pelo que é preciso banir no seio político elementos que tentam fazer da democracia um meio de vida.

Declarou que  a luta pela independência  é transformada  hoje na luta pela democracia e justiça.

Apela as Nações unidas no sentido de ajudar a CEDEAO e União Africana na resolução do problema da Guiné-Bissau. ANG/MI//SG

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