Uganda/PR pede a África que salve mundo da "degeneração" da homossexualidade
Bissau, 04 Abr 23 (ANG) – O Presidente do Uganda, Yoweri Museveni, apelou aos países africanos que salvem o mundo da "degeneração" e "decadência" da homossexualidade, que visa "aniquilar toda a Humanidade à face da terra", informou segunda-feira a rádio estatal UBC.
“África deve
proporcionar a liderança para salvar o mundo desta degeneração e decadência que
é realmente muito perigosa para a Humanidade. Se pessoas do sexo oposto
deixarem mutuamente de se apreciar, como é que a raça humana continuará”,
questionou Musevini durante um discurso no domingo em Entebe.
Uma lei recentemente
aprovada no Uganda que criminaliza a identidade de pessoas LGBT (Lésbicas, Gay,
Bissexuais e Transgéneros), com penas que vão até à prisão perpétua e prevêem a
pena de morte, legislação condenada por vários organismos da ONU.
O Alto Comissário das
Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, afirmou que a legislação é
“uma das piores do seu género no mundo”. Na sua opinião, seria uma “carta
branca” para a “violação sistemática” dos direitos humanos e iria alimentar o
ódio social.
As Nações Unidas já tinham
detectado um aumento no discurso de ódio contra a população LGTB e fizeram eco
de um estudo de um grupo da sociedade civil que relatou que, só em Fevereiro,
houve mais de 110 incidentes contra esta comunidade, desde detenções a
despejos, incluindo abuso sexual e assédio público.
Museveni salientou
durante a conferência em Entebbe que “famílias desfeitas criam homossexuais” e
que as uniões homossexuais não são genéticas ou hormonais, mas respondem a
problemas “psicológicos” e que estas relações são “anti-humanas”.
“Devem ser proibidas na
sua totalidade”, disse ele, questionando também a educação sexual.
“As crianças são
crianças. Como ousam invadir a sua infância e começar a ensinar-lhes questões
sobre a idade adulta”, disse, acrescentando que “uma pessoa que propõe
casamentos entre pessoas do mesmo sexo procura aniquilar toda a Humanidade da
face da terra”.
O Presidente ugandês
felicitou também os deputados ugandeses por terem aprovado a lei anti-LGBT e
prometeu não permitir “a promoção e publicidade da homossexualidade”, que não
será “tolerada” no país.ANG/Angop
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