Angola/Ativista angolano "Man Genas" deportado para Angola
Bissau, 29 Fev 24 (ANG) - O
ativista angolano Gelson Quintas “Man Gena”, que denunciou há um
ano o alegado envolvimento de altas patentes da polícia angolana no
narcotráfico, foi deportado a Luanda, onde se encontra detido, depois de ter
sido expulso por permanência ilegal de Moçambique.
Man Gena” responde
pelos crimes de calúnia e difamação, ultraje ao Estado, Símbolos e Órgãos de
soberania. As autoridades moçambicanas expulsaram este domingo, 25 de
Fevereiro, o ativista angolano por entrada e permanência ilegal no país. Em
2023, “Man Gena” procurou
refúgio com a família em Moçambique, alegando perseguição, depois de ter
denunciado, nas redes sociais, o alegado envolvimento de oficiais superiores da
polícia nacional numa rede de tráfico de droga.
O porta-voz do Serviço de Investigação
Criminal (SIC) de Angola, Manuel Halaiwa, confirmou na quarta-feira, 28
Fevereiro, a detenção imediata de Gelson Quintas “Man Gena”, à chegada a
Luanda, acompanhado pela mulher e pelos filhos.
“O Serviço de Investigação Criminal, no
quadro da cooperação polícias internacionais da Interpol, PGR (Procuradoria-Geral
da República) e também o SME (Serviço de Migração e Estrangeiros), deteve no
dia 25, isto no domingo, na República de Moçambique, depois da expulsão por via
administrativa, por entrada e permanência ilegal naquele território, o cidadão
identificado por Gelson Emanuel Quintas, mais conhecido por “Man Gena”, disse o
oficial do Serviço de Investigação Criminal.
O Serviço de Investigação Criminal referiu
ainda que, para além dos crimes de ultraje ao Estado, difamação e
calúnia, “Man Gena” também
vai responder pelos crimes de roubo qualificado e abuso de confiança.
“Pesam dois mandados detenção, por crimes
de roubo qualificado e também abuso de confiança. Neste processo, ele está na
condição de profícuo, para além, de outros crimes que vai responder por ultraje
ao Estado e seus símbolos e órgãos, incitação pública ao crime, difamação,
injuria e calunia”, rematou Manuel Halaiwa.
Entretanto, o Serviço de Investigação
Criminal informou que a família de Gelson Emanuel Quintas se encontra sob os
cuidados de uma igreja a pedido da esposa. ANG/RFI
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