Etiópia/África pede aos EUA para prologarem programa de luta contra a SIDA
Bissau, 19 Fev 24 (ANG) - Os
chefes de Estado africanos vão pedir aos EUA para renovarem o programa de
combate à propagação do VIH-SIDA, anunciou hoje na Etiópia o chefe do Centro de
Controlo e Prevenção de Doenças (África CDC) da União Africana (UA), Jean
Kaseya.
Lançado em 2003 pelo
ex-Presidente dos EUA George W.Bush, o Plano de Emergência contra a SIDA é um
dos principais programas mundiais para a luta contra a SIDA.
O programa
beneficiou até recentemente de amplo apoio do Congresso norte-americano, mas
recentemente os congressistas decidiram não o renovar, devido a controvérsias
internas sobre questões relacionadas com o aborto.
Hoje, o
responsável da África CDC, Jean Kaseya, anunciou que os chefes de estado
africanos "vão enviar uma mensagem clara exigindo a reautorização do
Programa", numa declaração feita à margem da cimeira da UA que
iniciou no sábado e termina hoje, em Adis Abeba.
"Temos de
agir rapidamente. As estatísticas mostram que os jovens são afetados todos os
dias. (...) Perder a nossa juventude significa matar a nossa economia e travar
o nosso desenvolvimento", acresccentou Kaseya.
O programa
norte-americano fornece anualmente 1,5 mil milhões de euros para combater a
SIDA em África, de acordo com Kaseya.
Os especialistas
acreditam que o enorme progresso alcançado no continente, com muitas vidas
salvas, graças ao programa de luta contra a SIDA ficará em risco, se o programa
for suspenso.
Segundo a ONU,
apenas 10% das necessidades de financiamento para a luta contra a SIDA até 2025
foram satisfeitas.
Em 2022, 39
milhões de pessoas em todo o mundo vivem com VIH, segundo a agência das Nações
Unidas ONUSIDA, incluindo cerca de 20,8 milhões na África Oriental e Austral. ANG/Angop
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