Cabo Verde/ “Guiné-Bissau deseja importar
“know how” de Cabo Verde nas áreas de administração e formação”, diz embaixador Sano
Bissau, 29 Fev 24(ANG) – O novo embaixador da Guiné-Bissau em
Cabo Verde disse quarta-feira que o seu país pretende reforçar e diversificar
as relações bilaterais com Cabo Verde e importar “know how” do arquipélago
nos domínios da administração e da formação.
Ibraima Sano falava à imprensa após apresentar as cartas
credenciais ao Presidente da República, José Maria Neves, no Palácio do Povo no
Mindelo.
“Cabo Verde é um país com quem nós, como guineenses, temos muito
que aprender. Manifestei essa vontade do Governo da Guiné-Bissau no sentido de
importarmos algum ‘know how’ daqui de Cabo Verde para a Guiné-Bissau”, explicou
o embaixador para quem a Guiné-Bissau observou que Cabo Verde é um país exemplo
em termos de administração e de outros saberes sublinhando que em termos de
formação já há estudantes que vieram da Guiné-Bissau para fazer a sua formação
em Cabo Verde.
Questionado sobre a posição da Guiné-Bissau em relação à
instabilidade na Comunidade Económica dos Estados da África
Ocidental (CEDEAO) e do conflito no Senegal, Ibraima Sano afirmou que
“são situações preocupantes”.
Particularmente sobre a CEDEAO, o mesmo lembrou que a sua
situação “já foi discutida a nível da última cimeira e viu-se que se está a
reconsiderar tanto a posição de expulsão dos outros países da CEDEAO como
encontrar outras soluções, a fim de trazer os irmãos desavindos para se
juntarem novamente à volta da comunidade”.
Sobre o conflito no Senegal, Ibraima Sano considerou,
preocupante sobretudo porque a Guiné-Bissau tem fronteira com o Senegal e
havendo um problema no Senegal é também um problema na Guiné-Bissau.
“Esperamos que eles possam ultrapassar esses problemas o mais
breve possível”, desejou.
Questionado sobre o processo de marcação das eleições na
Guiné-Bissau, depois da dissolução do parlamento pelo Presidente da
República, Umaro Sissoco Embaló, o embaixador disse que está em andamento
pelo que estão a aguardar para a marcação da data das eleições.
Quanto à candidatura de Angola à presidência da União Africana
(UA), que já conta com o apoio de Cabo Verde, o embaixador da Guiné-Bissau
revelou que essas candidaturas “são vistas no âmbito multilateral”, pelo que,
“no âmbito da CPLP a Guiné-Bissau apoia a candidatura de Angola porque é um
país que, nos últimos tempos, tem sido campeã da paz”.
Também informou que saber brevemente a Guiné-Bissau vai
apresentar a candidatura para a comissão, em 2025, na pessoa de Suzi Carla
Barbosa, antiga Ministra dos Negócios Estrangeiros. ANG/Inforpress
Sem comentários:
Enviar um comentário