Política/”É mentira associar-me aos eventos
de 01 de Fevereiro”, diz Braima Camará
Bissau,27 Fev 24(ANG) – O
coordenador do Movimento para Alternância Democrática Madem G15, Braima Camará afirmou
que é mentira associar-lhe aos
eventos de 01 de fevereiro, frisando que nunca tratou com os miliares.
“Nunca me tratei com os
militares, nem sequer vou às casas de militares. Há militares
com os quais tratamo-nos como irmãos, apenas neste fórum. Se
estivesse envolvido nesse caso, porque só agora resolveram associar-me a
este caso”, disse Braima Camará, em declarações à imprensa, na segunda-feira, à
saída de um encontro com o ministro do Interior e da Ordem Pública, Botche Candé,
na qual se abordou a situação dos dirigentes do
partido, que diz estarem a ser perseguidos pelas autoridades
policiais.
O coordenador do Madem G15
sublinhou que fez a campanha das eleições legislativas, percorreu todo o país e
os guineenses ouviram o seu discurso tendo questionado o porquê só agora é
que alguém decidiu associar o seu nome ao caso da tentativa de golpe
de Estado.
“Porque alguém tem alguma
estratégia de eliminação física do Braima Camará”, diz.
O Coordenador Nacional do
Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G 15), revelou que está a ser
acusado de ser o primeiro responsável pela alegada tentativa de golpe de
Estado, ocorrida a 01 de Fevereiro de 2022, razão pela qual , diz, está a
ser perseguido .
“Eu não sou um homem
violento e o povo guineense conhece-me. Quero aproveitar esta ocasião para
deixar um pedido. Se houver um militar, guineense ou estrangeiro, branco ou
preto, dentro e fora ou civis que tenham informações do meu envolvimento ou se
algum dia perpetuei atos de violência, que apareça e faça denuncia,
publicamente”, salientou.
Aquele político disse que no
dia 01 de fevereiro estava em Toulouse (França).
A alegada tentativa de golpe
de Estado de 01 de fevereiro foi perpetrada por um grupo de homens armados que
atacaram o Palácio do Governo, onde se encontrava o Chefe de
Estado, Umaro Sissoco Embaló, a presidir uma reunião do Conselho
de Ministros.
O caso levou à prisão cerca de 40 militares e civis. De entre os
presos, estão o antigo Chefe de Estado-maior da
Armada, o Contra-almirante José Américo Bubu Na Tchuto, o
ex-Chefe de Quadros do Estado-Maior General das Forças Armadas, o Brigadeiro-general Júlio Nhaté,
e o Comandante Adjunto da Brigada Mecanizada,o Tenente Coronel, Júlio Mam M’Bali.
Segundo fontes partidárias,
um grupo de dirigentes do MADEM-G 15 está a monte e receia que seja detido
pelas forças de segurança, por alegada organização de manifestações políticas e denúncias contra um determinado político que apresentou queixas
contra elelementos do grupo.
Braima Camará disse que o
ministro do Interior e da Ordem Pública deu orientações aos elementos do seu
gabinete para pôr cobro à situação, tendo avançado que os dirigentes
notificados deverão ir ao Ministério do Interior e da Ordem Pública acompanhados
dos seus advogados para prestar
declarações.
O coordenador do MADEM G15 ainda
criticou que as autoridades tenham proibido reuniões e manifestações
políticas de um determinado grupo e deixado outros promoverem manifestações
políticas por todo o país.ANG/ÂC//SG
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