Bissau,26 Fev 24(ANG) - O
presidente da Associação Nacional dos Agricultores Guineense (ANAG), Jaime
Boles Gomes, diz que é aceitável o preço base de 300fcfa, o quilo, anunciado
pelo Executivo para a compra da castanha de caju este ano junto ao produtor.
Em declarações ao O Democrata,
Boles disse contudo que pode haver mais procura da castanha guineense, o
que poderá provocar a subida do preço, se houver estabilidade
política e governativa na Guiné-Bissau.
“O preço base fixado é
aceitável, mas para nós o mais importante é o cumprimento do preço
base, para que não seja violado, comprando a castanha a um
preço inferior. Em 2023, o preço era de 375 fcfa. Um preço muito
superior ao que foi anunciado para este ano, mas no ano passado o
preço fixado não foi cumprido e o caju foi comprado no valor de 150
francos cfa, o que foi muito negativo para
os lavradores”, disse o presidente da ANAG.
Acrescentou que o
preço da castanha do caju pode aumentar, mas que tudo
dependeria da estabilidade política e governativa. “Um investidor não colocará
o seu dinheiro onde há fogo”, disse.
O governo anunciou, em
comunicado, após uma reunião extraordinária do Conselho de Ministro, realizada
sexta-feira(23) que o preço de referência da castanha do caju por quilograma é
de 300 francos cfa, tendo decidido ainda que a base tributária é fixada em
800 dólares por tonelada e anunciou o
dia 15 de Março próximo, como
data de abertura oficial da campanha de comercialização e
exportação da castanha de cajú para este ano.
O caju é o principal produto
de exportação da Guiné-Bissau e representa quase 90 por cento dos produtos
exportados.
A Guiné-Bissau exportou, em
2023, 170 mil toneladas da castanha de caju que saíram oficialmente do Porto de
Bissau, uma quantidade inferior à do
2022, embora a previsão de exportação fosse de 225 mil toneladas.ANG/ODemocrata
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