Jerusalém/Primeiro-ministro israelita revela plano para o pós-guerra em Gaza
Bissau,23 Fev 24(ANG) - O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, revelou pela primeira vez o seu plano para o pós-guerra na Faixa de Gaza, que, pretende, seja uma área desmilitarizada, noticiou hoje a imprensa internacional.
De acordo com a agência
de notícias EFE, este plano foi apresentado na noite de quinta-feira ao
gabinete de guerra para aprovação e publicado hoje pelo Gabinete do
primeiro-ministro.
No documento, Netanyahu
recordou os objetivos a curto prazo de Israel na Faixa de Gaza: destruir as
capacidades militares e a infraestrutura governamental tanto do Hamas como da
Jihad Islâmica, libertar os reféns e impedir que Gaza volte a ser uma ameaça.
A médio prazo, o
primeiro-ministro israelita anunciou que Israel manterá a liberdade de
operações militares "sem limite de tempo" na Faixa de Gaza, com um
perímetro de segurança na divisa e controlo israelita da fronteira entre Gaza e
Egito para evitar o reaparecimento de "elementos terroristas" no
enclave.
"A 'Cerca Sul'
funcionará -- em cooperação, dentro do possível, com o Egipto e com a
assistência dos Estados Unidos - baseando-se em medidas para prevenir o
contrabando do Egipto, tanto subterrâneo como aéreo, incluindo na passagem de
Rafah", segundo o plano.
Israel afirma também que
manterá o controlo da segurança sobre a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, sendo
que no enclave palestiniano "haverá uma desmilitarização completa"
para manter a ordem pública.
Quanto à administração
civil e à ordem pública, seriam reguladas por funcionários locais com
experiência administrativa distantes de "países ou entidades que apoiam o
terrorismo e sem receberem pagamento destes", indica o documento, que
anuncia um "programa abrangente de desradicalização" de instituições
religiosas e educacionais no enclave, com a ajuda de outros países árabes.
A longo prazo, Netanyahu
insiste na rejeição de um Estado palestiniano ou de "ditames
internacionais de um acordo permanente" e prevê o fim da Agência das
Nações Unidas de Assistência para os Refugiados Palestinianos (UNRWA),
"cujos agentes estiveram envolvidos no massacre de 07 de Outubro",
afirmou o documento, apesar da falta de provas conclusivas sobre o envolvimento
de funcionários deste organismo da ONU no ataque a Israel.
"Israel trabalhará
para impedir as atividades da UNRWA na Faixa de Gaza e irá substituí-las por
agências de ajuda internacional responsáveis", consta o plano. ANG/Angop
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