Índia/Autoridades anunciam libertação de vários cidadãos alistados no exército russo
Bissau, 26 Fev 24 (ANG0 - A Índia anunciou hoje a libertação, após negociações entre Nova Deli e Moscovo, de vários cidadãos indianos que viajaram para ajudar o exército russo em tarefas secundárias e foram alegadamente forçados a combater na Ucrânia.
"Todos e cada um
dos casos assinalados" pelo Governo de Nova Deli foram analisados pelas
autoridades russas e "consequentemente vários indianos foram
libertados", indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros indiano, em
comunicado, sem precisar um número.
Esta declaração surgiu
uma semana depois de o jornal indiano The Hindu ter noticiado que vários
cidadãos, que viajaram para a Rússia sob a promessa de trabalhar como ajudantes
do exército, longe da linha da frente, foram enviados para combater na Ucrânia,
de onde não conseguiam sair.
O Ministério insistiu
que o Governo vai examinar "todos os casos relevantes de cidadãos" na
Rússia "para que possam deixar o exército russo".
O líder do partido
islâmico All India Majlis-e-Ittehad-ul Muslimeen (AIMIM), Asaduddin Owaisi,
indicou que, na sequência de contatos mantidos com familiares de quem se
encontra naquela situação, pelo menos 12 indianos viajaram para a Rússia para
"trabalhar como seguranças em edifícios e foram enganados e levados para a
frente de batalha".
Desde o início da guerra
na Ucrânia, em Fevereiro de 2022, a Índia evitou condenar a invasão russa.
A Rússia é um aliado
histórico de Nova Deli e um dos principais fornecedores de equipamento militar.
Apesar das sanções internacionais, a Índia continuou a comprar crude a Moscovo.
A Índia pediu também aos
cidadãos para se manterem à margem do conflito, apesar de cerca de 500 terem
pedido para se juntarem à Legião Internacional para a Defesa da Ucrânia, nos
primeiros meses de guerra, de acordo com meios de comunicação social indianos.
No entanto, a lei
indiana proíbe os cidadãos de participarem em conflitos armados em outros
territórios ou países com os quais Nova Deli esteja em paz.
Ao abrigo do Código
Penal da Índia, quem não cumprir esta norma "será castigado com pena de
privação de liberdade, de qualquer tipo, por um período que pode estender-se a
sete anos". ANG/Angop
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