Política/Vice-Presidente do PRS acusa PR de assaltar e sequestrar o parlamento
Bissau,23 Fev 24(ANG) - O
vice-presidente para a Defesa Nacional, Administração Interna, Poder Local e
Ordenamento do Território, do Partido da Renovação Social,
Mário Siano Fambé, acusou o Presidente da
República, Umaro Sissoco Embaló, de assaltar e sequestrar a
Assembleia Nacional Popular, impedindo o seu funcionamento,.
A Assembleia Nacional
Popular(ANP) - parlamento guineense, foi
dissolvida a 04 de Dezembro pelo chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló com
alegações de envolvimento numa alegada tentativa de golpe de Estado.
O também líder da bancada do
PRS revelou ter sido solicitado para integrar o Governo de Iniciativa Presidencial,
mas diz que recusou o convite “porque a dissolução do Parlamento e
consequentemente queda do governo do
qual fazia parte pelo seu partido, não respeitou
os procedimentos constitucionais”.
Denunciou que algumas
pessoas, incluindo dirigentes do PRS, estão a ser exoneradas das suas funções
nas diferentes instituições do Estado e outras até a serem cancelados os seus
salários, porque supostamente não aceitam alinhar-se às agendas do
chefe de Estado, Sissoco Embaló.
O dirigente dos Renovadores diz
não ter dúvidas de que a Guiné-Bissau vive “piores momentos da sua Democracia”,
pelo que urge “salvá-la”, para não permitir que “uma pessoa se aproprie do país”.
“O país está no chão. A
única instituição a funcionar é a Presidência da República. Ele é que
manda em todos os órgãos da soberania. Não podemos ter o país nestas condições.
O governo é que tem a política do setor da defesa e segurança, mas
vimos que não é assim que está a ser encarado. As pessoas deveriam preocupar-se
em aumentar o salário dos elementos das Forças de Defesa e Segurança e os seus
subsídios, por dedicarem os seus serviços em defesa da Pátria e da Soberania,
ao invés de estarem a fazer política nos quartéis” ,disse Fambé
.
O político denunciou que algumas zonas do país são
ocupadas por estrangeiros porque as Forças de Defesa e Segurança não
têm condições para controlar aquelas
zonas.
Fambé prosseguiu defendendo
que sejam equipadas essas forças de segurança nacional com meios apropriados “ao
invés de estarem a fazer política nos quartéis”.
“As Forças Armadas são as
reservas morais do nosso Estado. Estamos atentos” avisou.
O dirigente do PRS chama a
atenção do Chefe de estado Sissoco Embaló sobre a necessidade de realização
das eleições presidenciais antes de 27
de Fevereiro de 2025, data em que, segundo Fambé, termina oficialmente o
seu mandato.
Mário Fambé diz
querer ver julgados todos os
detidos do caso 1 de Fevereiro de 2022 e os de 30 de Novembro e
1 de Dezembro de 2023.
“É preciso que seja feita a
justiça sobre o caso de 1 de Fevereiro. Já se passaram dois anos sem
nenhuma condenação. O povo quer também saber do desfecho de caso 30 de Novembro e 1
de Dezembro” , disse.
Dirigindo-se ao PRS, Siano Fambé apelou aos
dirigentes desta formação política a fazerem
política sem ferir a sensibilidade de ninguém, fazendo debates de ideias
que possam contribuir para o desenvolvimento do país, acreditando que o que diz
ser “correntes de ar” no partido vão
passar.
“Não nos insultemos nas
redes sociais. É preciso trabalharmos para fazer o nosso partido voltar ao
poder. As estruturas do PRS, de base ao topo, devem fazer trabalho em conjunto com as da APU-PDGB,
para recuperarmos as nossas bases” referiu apelando ao novo Presidente da
Juventude da Renovação Social, Franco Iala, a criar as condições
para que haja união dentro da estrutura
Juvenil partidária, evitando alas .ANG/O
Democrata
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