Eleições/ PR promete legislativas para antes de Junho
Bissau, 22
Fev 24 (ANG) - O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, prometeu hoje
marcar novas eleições legislativas para antes da época das chuvas, que começa
em Junho, insistindo que as presidenciais se realizarão em Novembro de 2025.
O Presidente dissolveu o
parlamento em Dezembro e ainda não há data concreta para novas eleições, que
disse queria "que fossem em Março ou em Abril", sem adiantar uma data
concreta.
"Mas não é possível
não organizarmos as eleições antes da época das chuvas (Junho)", afirmou,
à margem de uma visita ao Mercado Central de Bissau.
O chefe de Estado
descartou "juntar, em simultâneo, as eleições legislativas e
presidenciais", voltando a referir a data de Novembro de 2025 para as
presidenciais, contestada por aqueles que defendem que devem ocorrer no final
de 2024, antes de terminar o atual mandato presidencial em Fevereiro de 2025.
Sissoco Embaló disse que
tem pronto o decreto para marcar a data das legislativas e que aguarda apenas
que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) conclua a actualização dos cadernos
eleitorais e proponha uma data.
O Presidente indicou,
ainda, que está "a falar com a comunidade internacional para pedir ajuda
financeira" para o novo ato eleitoral, resultado da dissolução do
parlamento com maioria da coligação PAI- Terra Ranka, liderada pelo PAIGC.
Alguns dos partidos da
coligação já fizeram novas alianças, assim como o partido do Presidente da
República, o MADEM- G15, que se juntou à Assembleia do Povo Unido - Partido
Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), do antigo primeiro-ministro Nuno
Nabiam, que pediu a demissão de Conselheiro Especial do Presidente.
"Não se esqueçam
que eu sou o Presidente do Madem, que tem um coordenador, mas eu é que sou o
presidente do Madem de facto. Tenho uma autoridade moral no Madem, um partido
que ajudei a criar", avisou quarta-feira Umaro Sissoco Embaló.
O Presidente da
República lamentou "constatar" que o partido esteja "numa
guerrilha interna".
"Não podem imaginar
a tristeza que me vai na alma nesta altura. Eu penso que qualquer problema que
tivessem, a começar pelo coordenador do Madem, enquanto Presidente da República
e Presidente de honra, deviam falar comigo, ou com outros veteranos do
partido", afirmou.
"Se me dissessem
que o Madem, partido de Umaro Sissoco Embaló, iria chegar a este nível não ia
acreditar. Constatar que o nosso maior opositor, o PAIGC, se ri de nós",
acrescentou.
O chefe de Estado
comentou ainda as denúncias de ataques e ameaças aos jornalistas, respondendo
que "deviam ter orgulho do Presidente da República que têm".
"Ontem
(Terça-feira) fui recebido pelo Presidente francês, falei com vários
presidentes que me pediram para ir a Israel e Gaza. Têm que ter orgulho disso.
No dia que deixar de ser Presidente é que vão saber qual é o valor de Umaro
Sissoco Embalo", declarou. ANG/Angop
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