Senegal/Manifestações pacíficas exigem libertação de
opositores
Bissau,19 Fev 24 (ANG) - Milhares
de opositores puderam manifestar nas ruas de Dakar, no Senegal, sábado, duas
semanas depois do início das tensões ligadas ao adiamento das eleições
presidenciais previstas para 25 de Fevereiro, um adiamento que foi de seguida
invalidado pelo Conselho Constitucional.
Não ao golpe de Estado constitucional", "Respeito pelo calendário eleitoral"
ou "Libertem Sonko!"
eram alguns dos slogans visíveis na manifestação, que decorreu de forma
pacífica sábado 17 de Fevereiro em
Dakar. Desde que o Conselho Constitucional anulou, a 15 de Fevereiro, o
adiamento das eleições, a tensão acalmou.
A 16 de Fevereiro, o Presidente Macky Sall
anunciou que iria cooperar com a decisão da instituição e organizar um novo
escrutínio "sem demora",
sem avançar, no entanto, nenhuma data, tendo provocado críticas e preocupações
por parte da população.
Nos últimos dias, algumas dezenas de
opositores detidos foram libertados, um gesto de acalmia relativo num país que
não reconhece a existência de presos políticos.
Ousmane Sonko, dirigente do antigo partido
de oposição Pastef, dissolvido em 2023, continua preso, desde julho de 2023,
acusado de atentado à segurança do Estado, entre outros.
Também Bassirou Faye, candidato da oposição
à presidência, continua detido e à espera de julgamento. Os seus apoiantes
exigiram a sua "libertação
sem demora", num comunicado enviado à agência France-presse,
em nome da "igualdade
de tratamento".
O mandato de Macky Sall termina
oficialmente a 2 de Abril e a população nas ruas exige que o escrutínio seja
organizado antes desta data.
Na sequência da anulação do
adiamento das eleições presidenciais pelo Conselho Constitucional, Macky Sall
comprometeu-se, em comunicado, a realizar "sem demora as consultas
necessárias para a organização das eleições presidenciais". ANG/RFI
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