segunda-feira, 6 de julho de 2015

Cooperação



PM de Portugal visita  hoje a Guiné-Bissau

Bissau, 06 Jul 15 (ANG) - O primeiro-ministro português inicia hoje em Bissau uma visita oficial no decurso da qual será assinado o Programa Estratégico de Cooperação entre Portugal e a Guiné-Bissau para 2015/2020, noticiou a imprensa portuguesa.

Antes de Bissau, o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho esteve na Praia, a fim de participar nas comemorações do 40º aniversário da independência de Cabo Verde, fazendo-se acompanhar nestas deslocações pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete e pelo ministro da Saúde, Paulo Macedo.

O Acordo Estratégico de Cooperação entre Portugal e a Guiné-Bissau 2015/2020 será assinado no final de uma reunião entre os primeiros-ministros português e guineense, que darão uma conferência de imprensa conjunta.

Em Março, realizou-se em Bruxelas uma conferência internacional de doadores para a Guiné-Bissau, para consolidar a democracia, reforçar o Estado de direito, acelerar a retoma económica deste país e melhorar as condições de vida dos guineenses.

Na altura, Portugal comprometeu-se com um apoio de aproximadamente de 40 milhões de euros, a concretizar através de um novo Programa Estratégico de Cooperação com a Guiné-Bissau para os próximos anos, a assinar até Junho.

No sábado, o ministro da Economia e Finanças da Guiné-Bissau, Geraldo Martins expressou em Bissau o desejo de ver mais investimentos portugueses para a criação de mais postos de trabalho e consequente desenvolvimento do país.

O ministro, que falava na cerimónia da abertura da delegação da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) na capital guineense, afirmou que esta instituição vai proporcionar mais oportunidades aos empresários portugueses na Guiné-Bissau. 

ANG/JAM

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Mensagem presidencial à Nação




Chefe da Missão da ONU diz que o gesto dá mais confiança à comunidade internacional

Bissau, 03 Jul 15 (ANG)- O Chefe do Gabinete  das Nações Unidas de Apoio a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau(UNIOGBIS) disse que o discurso  à nação do Presidente da República vai  oferecer “mais confiança à comunidade internacional” na sua assistência ao país.

Miguel Trovoada que falava à imprensa, momentos depois do Presidente Mário Vaz ter pronunciado a sua mensagem no parlamento, acrescentou que a mesma “fundamentalmente”, dá crédito ao investimento privado que considera de “essencial” para mais emprego, com vista ao desenvolvimento económico e social.

O antigo Presidente da República de São Tomé e Príncipe afirmou que, de acordo com o discurso do José Mário Vaz, a alegada queda do actual governo liderado pelo PAIGC, “não passa de rumores”.

E ainda diz concordar com o Presidente da Republica ao pedir que “ todos olhassem para a Guiné-Bissau e o futuro do seu povo”, pondo de lado, as questões  que possam “dividir, se forem levadas a extremo”.

Trovoada  apela a união dos guineenses, e  assegurou  que a comunidade internacional está ao lado do país, para dar “apoio maciço à Guiné-Bissau, para  “romper com o ciclo de instabilidade” que ela viveu e criar as condições para um futuro melhor.

O Presidente da República, José Mário Vaz faz este discurso à nação  numa altura em que se veicula um eventual derrube do governo, por alegado desentendimento entre os dois órgãos de  soberania em relação a governação do país.

Na ocasião, Mário Vaz afirmou que em nenhuma circunstância disse que irá derrubar o executivo liderado por Domingos Simões Pereira, contudo, mostrou que descorda com certos aspectos da governação do país.

Durante esta sessão especial, para além dos deputados e chefe do UNIOGBIS, estiveram igualmente presentes, o Primeiro-ministro e membros de governo, representantes da sociedade civil e confissões religiosas,  dos corpos diplomáticos dos países e organizações sedeadas no país, entre outros. 

ANG/QC/SG

Mensagem à Nação



Presidente da República afirma que em nenhum momento falou da  queda do Governo

Bissau,03 Jul 15(ANG) - O Presidente da República afirmou que em nenhuma circunstancia se pronunciou-se sobre a queda ou não do Governo liderado pelo Domingos Simões Pereira.

Em mensagem à Nação pronunciada hoje perante os deputados na Assembleia Nacional Popular, José Mário Vaz disse que os últimos 12 meses decorridos foram marcados por momentos políticos e sociais que deram azo à vários posicionamentos, interpretações, comentários, enviados especiais do exterior e inúmeras delegações à Presidência da República.

O chefe de Estado sublinhou que à volta disso muitas coisas foram ditas, tantas especulações, muitas insinuações são lançadas minutos a minutos e todos os dias.

"Enquanto Presidente da República quero garantir-vos que estes rumores são infundados à luz do que tem sido a minha actuação até aqui. Aliás, em todas as minhas intervenções públicas nunca demonstrei tal intenção, antes pelo contrario, tenho chamado a atenção para a necessidade das instituições desempenharem as suas funções com competência e no estrito cumprimento do está estabelecido constitucionalmente com vista a proporcionar a nossa população melhores condições de vida", esclareceu.

 Mário Vaz disse que enquanto primeiro magistrado da nação, não se move por rumores, especulações e nem tão pouco por insinuações.

Declarou que, quem o fez saberá as motivações que o levou a tal posicionamento, pois a "hora é de acção e não de palavras".

O Presidente da República sublinhou que a sua mensagem à Nação e à Assembleia Nacional Popular visa sobretudo estancar a referida hemorragia de boatos, e especulações, desbloqueando assim o país e imprimindo uma maior dinâmica às instituições da República.

Revelou que o povo espera muito deles e com toda a legitimidade.

"Por isso, nestas horas difíceis, renovo a minha habitual exortação para que nos concentremos mais no trabalho, como costumo dizer, para as meter mãos na lama", explicou.

O chefe de Estado fez questão de referir que insiste em dizer que os guineenses trabalham muito pouco e, “talvez por isso têm tido tempo para boatos, especulações e rumores”.

"Não conheço nenhum país onde se trabalha apenas 3 a 4 horas por dia e 15 a 20 horas por semana e que tenha conseguido pôr a economia a crescer e o país a desenvolver", criticou o Presidente da República.

A mensagem do Presidente da República à Nação acontece devido as divergências que se tem sido revelado em discursos dos principais titulares dos órgãos de soberania.

ANG/ÂC/SG

Paludismo




Novo apelo para uso de mosquiteiros impregnados

Bissau, 03 Jul 15 (ANG) – O uso de mosquiteiro impregnado constitui um dos melhores meios de combate ao paludismo, disse quinta-feira o Coordenador do Programa Nacional de Luta Contra a referida doença (PNLCP).

 Paulo Djata que falava em exclusivo à Agência de Notícias da Guiné (ANG) recomendou à população guineense a utilização de tendas impregnadas, disponíveis no âmbito da prevenção do paludismo na Guiné-Bissau.

Sublinhou que o paludismo é mais frequente na época das chuvas, por causa de lixos e águas estagnas, pelo que aconselhou aos guineenses, em especial aos cidadãos da Capital, a procederem a limpeza das suas residências e o ambiente em que vivem.

Interrogado sobre a região de maior prevalência, Paulo Djata apontou as regiões de Bafatá, Gabu e o Sector Autónomo de Bissau como sendo as de maior prevalência do paludismo no país.

Esta situação, segundo o Coordenador deve-se as condições climáticas que favorecem a produção de mosquitos nestas regiões, ao passo que a cidade de Bissau tem a ver com elevado número da população, a existência de lixos acumulados um pouco por todas as artérias da cidade e de águas estagnadas ao redor das habitações.

Por isso, Djata recomenda o uso de mosqueteiros como forma da prevenção e redução do seu impacto negativo na Guiné-Bissau. 

Paulo Djata reafirmou que o diagnóstico e tratamento do paludismo são gratuitos em todos os centros e estruturas sanitárias da Guiné-Bissau.

Para combater o paludismo, de acordo com Paulo Djata é preciso ter em conta um ambiente saudável, que passa pelo saneamento básico, que significa acabar com lixos amontoados a céu aberto e que facilitam a reprodução dos mosquitos.

Segundo Coordenador do PNLCP, os lixos domésticos constituídos por restos de alimentos, cascas de legumes, latas e pneus contribuem para prevalência de muitas doenças, entre os quais o paludismo.

 Solicitou a Câmara Municipal de Bissau no sentido de redobrarem os esforços na remoção dos lixos, apesar da sua incapacidade por falta de materiais para remoção diária dos lixos em todos os bairros periféricos da Cidade de Bissau.

Paulo Djata pediu igualmente aos técnicos da saúde para cumprirem com as orientações do Governo, através do Ministério da Saúde, na realização de um diagnóstico e tratamento gratuito de casos de paludismo. 

ANG/LPG/JAM/SG

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Economia



Ministros da economia e finanças da UEMOA reunidos em Bissau

Bissau,02 Jul 15(ANG) – Os ministros da área económica e financeira  dos oito países membros da União Económica e Monetária Oeste Africana(UEMOA) estão reunidos em Bissau no âmbito da sua segunda reunião ordinária.

 A cerimónia de abertura do evento que decorre até amanhâ, nas instalações do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO), foi presidida pelo ministro das Finanças da Republica do Níger e igualmente Presidente do Conselho de Ministros da UEMOA.

Na sua intervenção, Saidou Sidibé revelou que os países da UEMOA conseguiram este ano um crescimento do seu Produto Interno Bruto na ordem de 7,2 por cento contra 6,6 por cento  do ano passado, graças a performance do sector terciário e da produção industrial.

Disse que a manutenção da referida performance passa pela garantia de estabilidade sociopolítica e de segurança no espaço comunitário.

Em declarações à imprensa, à margem da reunião, o ministro da Economia e  Finanças da Guiné-Bissau disse que o encontro é realizado trimestralmente e rotativamente  nos  Estados membros da organização.

Geraldo Martins disse tratar-se de reuniões para discutir as questões económicas, financeiras e monetárias nos oito Estados membros da UEMOA.

O ministro das Finanças da Guiné-Bissau disse que existem ainda outros pontos inscritos na Ordem do Dia da Reunião do Conselho de Ministros da UEMOA, nomeadamente a questão da Lei Uniforme sobre o Branqueamento de Capitais, o Programa Estatístico Regional da organização para o ano 2015/20 bem como o reforço dos dispositivos para as crises no sector bancário no espaço comunitário.

Geraldo Martins disse que a situação económica da organizaçâo é boa, acrescentando que a organização está a porta-se bem do ponto de vista económico.

Declarou que a taxa de crescimento económica no ano passado foi de 5 por cento e que estima-se que os países do espaço UEMOA vão continuar a crescer na ordem de 6 à 7 por cento.

"A Guiné-Bissau que é um país cuja economia não crescia em média dos países da UEMOA, também cresceu entre 4 e 5 por centos", explicou.
Geraldo Martins sublinhou que apesar de todas as crises que está a afectar vários países mais desenvolvidos, os países da UEMOA estão a portar-se bem do ponto de vista económico.

Instado a dizer sobre o que espera da reunião de Bissau, Geraldo Martins frisou que é, acima de tudo, um espaço de solidariedade entre os países membros da UEMOA, salientando que são Estados que partilham a mesma moeda e políticas comuns em vários sectores nomeadamente, o monetário e fiscal.

"Esperamos que as decisões que vão ser tomadas no encontro reforcem  ainda mais a coesão na organização e sobretudo a sua solidariedade entre os povos", disse.

ANG/ÂC/SG