sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Comemorações de 03 de Agosto



Primeiro-ministro promete reajuste salarial na função pública 

Bissau, 04 Ago 17 (ANG) - O Primeiro-ministro prometeu  quinta-feira proceder a um reajuste salarial na Função Pública de modo a promover o bem-estar dos funcionários públicos da Guiné-Bissau.

Umaro Sissoco Embalo discursava  na cerimónia comemorativa dos  58 anos de três de Agosto, dia  que assinala o massacre dos marinheiros do cais de  «Pindjiquiti» que reivindicam  melhores condições de trabalho e  salário. 

“Passamos muitas coisas para sermos independentes e estamos sempre conscientes de que, em memória deste país, vamos construir uma sociedade firme e independente”, garantiu o Primeiro-ministro.

Acrescentou que no próximo conselho de ministro vai instituir o prémio 03 de agosto, para distinguir o melhor funcionário, como forma de inovar a comemoração da data e  criar mais dinamismo no trabalho.

Umaro Sissoco Embaló encorajou aos trabalhadores a terem confiança no desenvolvimento da Guiné-Bissau, tendo sublinhado que só com a fé, esperança e determinação é que um país pode ir avante.

O Primeiro-ministro lança um apelo ao presidente da Câmara Municipal de Bissau no sentido de trabalhar para que o país volte a ser a cidade limpa e saudável como era anteriormente.

Por sua vez, o ministro da Função Publica ,Reforma e Trabalho, Tumane Baldé referiu que no primeiro conselho dos ministros do actual governo foi dado a orientação para estudar a viabilidade da nova grelha salarial na função pública.

“Vamos dar o nosso máximo para implementar a nova grelha salarial junto dos nossos parceiros com a finalidade de diminuir as dificuldades enfrentadas pelos funcionários públicos”, prometeu Tumane Baldé.

Lançou um apelo aos trabalhadores e aos sindicatos no sentido de terem mais paciência e de darem as suas colaborações  para que juntos possam construir um futuro melhor. 

ANG/AALS/JAM/SG









Energia



Governo assina acordo para construção de Central Térmica em Bor

Bissau 04 Ago. 17 (ANG) – O ministério da Energia e Industria assinou hoje um contrato com a Empresa francesa denominada Delmas para construção de uma central térmica de 15 Mega watts em Bor arredores de Bissau.

A noava central eléctrica sera construída com apoio financeiro do Banco Oeste Africano de Desenvolvimento (BOAD),em cerca de 16 bilhões de francos CFA e vai durar de 18 meses.

Falando no acto da assinatura do referido, o Ministro de Estado da Energia e Industria esclareceu ter sido a Delmas o vencedor do concurso internacional lançado neste sentido, tendo frisado que o acto constitui um passo no reforço da capacidade do sector eléctrico do país.

Florentino Mendes Pereira diagnosticou que o grande problema que aflige o pais no sector energético eh a falta de infra-estruturas, pelo que nem se pode falar com propriedade de causa de uma verdadeira produção da energia, uma vez que a Empresa de Electricidade e águas da Guiné-Bissau (EAGB),não possui nenhum grupo seu.

“A rede de distribuição de energia que o país usa vem desde os tempos da independência e requer uma intervenção seria, com vista a garantir a qualidade de energia que vai chegar as nossas casas “, lembrou sem esclarecer se e quando o executivo ira proceder a mesma.
O governante qualificou esta como uma obra de grande envergadura para o país.

“E também estão em curso a construção de outras infra-estruturas energéticas no país”, informou ainda o ministro que revelou que o BOAD teria já assinado um contrato com a EAGB pra a construção da rede de distribuição de 30 quilowatts na cidade de Bissau e a construção da rede de evacuação da energia de Bor a Bissau, bem como o projecto de electrificação de 14 sectores da Guiné-Bissau “,informou.

 “Esperemos que com a construção desta central de 15 megawatts se possa proporcionar energia eléctrica a toda  a população e colmatar as necessidade do pais neste domínio”, prometeu na ocasião Stephan Rom.

ANG/MSC/JAM



  


Dia dos mártires de Pindjiguiti

UNTG falta às comemorações devido ao “incumprimento do Memorando do Entendimento pelo Governo”

Bissau, 04 Ago 17 (ANG) – a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), recusou, esta quinta-feira, participar nas cerimónias comemorativas de 03 de Agosto, em homenagem aos mártires de Pindjiguiti, por “incumprimento do Memorando de Entendimento pelo Governo” assinado a 14 de Dezembro de 2016.

Numa nota à imprensa assinada pelo seu Secretário Geral, Estevão Có, à que a ANG teve acesso, esta Central Sindical informa que volvidos setes meses, o executivo  não cumpriu com a implementação do reajuste salarial e “nem tão pouco com o pagamento de dívida contraída com os servidores públicos”.

Por isso, a UNTG “desapontada com a incoerência do Governo”, seu Secretariado Nacional deliberou no dia 20 de Julho último, a não realização de uma actividade conjunta, ligada ao dia três de Agosto, como forma, segundo a organização, de demonstrar a sua indignação face a “atitude incumpridora” do Executivo.

Entretanto, apesar da não participar na cerimónia oficial para assinalar o três de Agosto, a UNTG diz estar disponível para mais uma ronda negocial com o Governo esta semana.
A Central Sindical apela aos trabalhadores, no sentido de manterem “firmes e determinados na luta” que, conforme a UNTG, “só terminará quando o Governo for coerente com os compromissos assumidos”.

Por sua vez, o Ministro da Função Pública e Trabalho diz lamentar a atitude da UNTG e lembrou que o actual Governo “pagou mais de 60 por cento da dívida dos sucessivos executivos” aos funcionários públicos.

 Conhecido com o nome de “ Massacre de Pindjiguiti”, foi há 03 de Agosto de 1959  que os trabalhadores do Porto de Bissau decretaram uma greve para exigir o aumento salarial.
Em resposta, as forças coloniais portuguesas disparam armas de fogo contra estes marinheiros e estivadores, tendo morrido cerca de 50 pessoas.

 Segundo os historiadores, este acontecimento foi determinante para  o PAIGC, o Partido libertador,  começar a equacionar a imperatividade de desencadear uma luta armada para a libertação da então colónia portuguesa.

 Luta essa, que viria a começar há 23 de Janeiro  1963 e que culminou com a declaração unilateral da independência em Setembro de 1973 e reconhecida pelo então regime de Portugal um ano depois. 

ANG/QC/SG

Mexida no governo

Soares Sambu nomeado ministro da Presidência do Conselho de Ministros

Bissau, 4 ago 17 (ANG) - O Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, exonerou  quarta-feira, Malal Sané do cargo de Ministro de Estado da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares, para qual havia sido nomeado através do decreto presidencial no dia 12 de Dezembro de 2016.
Para o seu lugar foi nomeado, Soares Sambu, que até então desempenhava as funções de conselheiro político e diplomático do chefe do governo, Umaro Sissoco Embaló.
Malal Sané pediu a sua demissão para ocupar novas funções na Comissão regional de Pescas criada entre a Guiné-Bissau e o Senegal. A organização tem a sua sede em Dacar, capital senegalesa.
Malal Sané é dirigente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), integrava o governo a revelia da direcção do partido.
No passado desempenhou  várias vezes as funções de ministro ,desde o período antes do conflito político e militar de 1998. Em 1997/99, foi ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Assuntos Parlamentares e da Informação. Em 2001, Secretário Estado das Pescas.
Soares Sambú exerceu várias vezes a função ministerial em diferentes governos, como também chegou a exercer o cargo de um dos vice-presidente da Assembleia Nacional. Ainda antes da sua expulsão da fileira do partido libertador, Sambú era Coordenador Adjunto do PAIGC na região de Bafatá.
ANG/O Democrata

Timor-Leste


Xanana Gusmão demitiu-se da presidência da CNRT

Bissau, 04 Ago 17 (ANG) - Xanana Gusmão demitiu-se hoje da presidência do Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), assumindo responsabilidade pela derrota do partido nas legislativas timorenses, e defendeu que o partido não deve entrar numa coligação de governo e deve ser oposição.

"Com um sentimento de tristeza, mas que não consegue reduzir um orgulho muito profundo por ter liderado um partido como o CNRT, também eu, obedecendo ao imperativo da minha consciência, tenho que tomar uma decisão sobre mim mesmo", disse o até agora líder do Congresso Nacional da Reconstrução Timorense.

"Demito-me do cargo de presidente do partido, estando sempre ao dispor desta grande organização política partidária. Nos próximos cinco anos empenhar-me-ei a prestar o meu total apoio para a melhoria e consolidação do partido CNRT, que eu respeito, porque pulsa no meu coração", anunciou.

A demissão de Xanana, que surpreendeu os dirigentes e militantes do partido, surgiu no final de um discurso em que fez uma primeira análise à derrota do partido nas eleições legislativas de 2017.

Depois de ter estado afastado da vida pública desde a votação - período em que diz ter estado a fazer uma reflexão sobre as eleições - Xanana Gusmão disse que o voto mostrou que a população timorense "não confia no CNRT para governar" e quer "alternância" no Governo.

O CNRT, disse, deve ser fiel ao seu compromisso e, por isso, Xanana Gusmão defende que a conferência que decorre até domingo aprove uma resolução em que confirma que será oposição e não integrará o próximo Governo liderado pela Fretilin.

"O partido CNRT decide estar no Parlamento Nacional como oposição, querendo, deste modo, continuar a contribuir no processo de construção do Estado e de construção da Nação, para consolidar a transição democrática neste país", disse Xanana Gusmão.

O líder histórico timorense foi taxativo, afirmando que "o partido não aceitará propostas, de ninguém, nem convidará nenhum partido para formar coligações, porque não pretende participar no governo" e que não se vai repetir o que ocorreu em 2007, quando o CNRT foi o segundo mais votado atrás da Fretilin mas "para resolver a crise que o país vivia", optou por formar uma aliança de maioria parlamentar.

"Hoje, todos desfrutamos de um ambiente diferente - um ambiente de paz e estabilidade! Por esta mesma razão, temos que reconhecer que a situação de 2017 não é a de 2007", afirmou.

Congratulando a Fretilin pela vitória nas eleições, Xanana Gusmão disse que durante a campanha só ouviu "críticas de que o CNRT não tinha capacidade de governar e foi, por isso, que teve que chamar outros partidos para o ajudar".

"Também ouvimos, durante todo o mês, que, durante o mandato do CNRT, houve muita corrupção, pelo que a maioria do povo deixou de confiar no partido", afirmou.

"Este é o momento certo para a FRETILIN, como o partido vencedor das eleições de 2017, assumir, e com plena legitimidade, as rédeas do Governo", disse ainda.

A Conferência Nacional de quadros do partido CNRT decorre sob fortes medidas de segurança, com os jornalistas autorizados apenas na abertura e todos os participantes a terem que deixar os telefones no exterior.

"A conferência é fechada e limitada apenas às estruturas superiores do partido", explicou à Lusa um dos vice-presidentes do partido, Vergílio Smith.

Participam no encontro cerca de 240 conferencistas, incluindo os elementos da Comissão Política Nacional (CPN) da Comissão Diretiva Nacional (CDN) e das estruturas máximas ao nível municipal e dos postos administrativos.

A reunião terminará com uma declaração final, não estando ainda confirmada a realização de uma conferência de imprensa.

ANG/Lusa