quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Angola

                   João Lourenço deixa recado à família Dos Santos
Bissau, 05 dez 18 (ANG) – O Chefe de Estado angolano, João Lourenço pediu recentemente ao partido que esteja atento e que denuncie as más condutas de militantes que usam e abusam do poder.
Segundo a RFI, o presidente angolano que falava na  abertura da reunião do Comité Central do MPLA recomendou a fiscalização das " acções do Presidente do Partido, da República, e do Executivo", para que não caiam nas mesmas tentações.
O Presidente angolano denunciou a existência, no seio do partido de "militantes que - a coberto do partido, e da sua condição de dirigentes - lesam gravemente o interesse público, cometem desmandos, arbitrariedade e abusos do poder em detrimento de pacatos cidadãos, evocando a figura caricata do camarada ordens superiores que deve ser banido e deve passar a ter nome e rosto.”
Na abertura da reunião que terminou no  Sábado, o presidente do MPLA sublinhou a necessidade de intensificar o combate à corrupção, alertou para a participação directa do partido que lidera no combate e na denúncia aos casos de nepotismo.
De acordo com um despacho do correspondente da RFI em Luanda, o líder do MPLA virou o discurso para a empresária Isabel dos Santos, que gere negócios em Diamantes e Cimento, e para o gestor José Filomeno dos Santos, mas sempre sem os nomear.O Partido deve ser o primeiro a levantar sua voz sempre que surgem sinais preocupantes de constituição dum império económico de uma família, uma pessoa, seja quem fôr, sobretudo quando são usados fundos públicos em empreendimentos, e depois aparecem privatizados 

O partido deve condenar e impedir que as empreitadas das grandes obras públicas tais omo portos, pontes, aeroporto, cimenteiras, sejam entregues aos nossos filhos ou familiares, se não obedecerem às regras de concurso publico”.
 João Lourenço alertou ainda que “ o Partido não deve aceitar nunca o monopólio de um único grupo económico na comercialização de um produto valioso como os diamantes, o que pode ter como consequências a fuga das multinacionais”, referindo-se às referentes declarações de Isabel dos Santos.
"De forma pouco responsável", se confiou a "um jovem inexperiente" a gestão de biliões de dólares do País, referindo-se a José Filomeno dos Santos, que era presidente do Fundo Soberano - no valor de 5.000 milhões de dólares, o partido "não pode ficar indiferente, e tem de bater o pé perante tamanha afronta aos verdadeiros donos desses recursos, o povo angolano"
"Quando tivermos coragem de assumir esta postura, então o País sairá a ganhar, porque, se o exemplo vier de nós, temos a certeza de que toda a sociedade nos seguirá", disse João Lourenço. "Neste combate contra a corrupção, aqueles que vêm perdendo privilégios auto-adquiridos ao longo de longos anos deviam ter a sensatez e humildade de agradecer a este povo generoso por lhes ter dado essa possibilidade, e não se fazer de vítimas, porque a única vítima do seu comportamento ganancioso foi o povo angolano", frisou. 

João Lourenço deixou ainda um recado à empresária Isabel dos Santos que, numa série de mensagens publicadas na rede social Twitter, na véspera da viagem do Presidente da República a Portugal, afirmou que "a situação está a tornar-se cada vez mais tensa em Angola, com a possibilidade de se juntar à crise económica existente uma crise política profunda". 

A isso, respondeu joão Lourenço que "só mesmo a falta de patriotismo pode levar um cidadão nacional a desencorajar o investimento privado estrangeiro no seu próprio País. Surpreende-nos o facto de cidadãos angolanos invocarem, quem sabe mesmo desejarem e até mancharem uma provável instabilidade política num País como Angola, já bastante martirizado por anos de conflito, mas tratando-se de um assunto de segurança nacional, com certeza vamos acompanhar com a seriedade que o assunto requer", declarou o presidente do MPLA. ANG/RFI

Cooperação


               Reino da Noruega quer reforçar relações com Guiné-Bissau

Bissau, 05 Dez 18 (ANG) – O Emissário do Presidente Norueguês à Guiné-Bissau afirmou  terça-feira que o seu país gostaria de fortalecer a sua relação em diversos domínios com a Guiné-Bissau.
Bandeira da Noruega

Kare Strormark, em declarações à imprensa à saída de um encontro com o Chefe de Estado guineense, disse que pretendem visitar o arquipélago dos Bijagós para ver os projectos do Programa Alimentar Mundial (PAM),que a Noruega apoia financeiramente.

“Também abordamos com o Presidente da República  a cooperação com a Guiné-Bissau que já dura há vários anos com incidência para a situação da plataforma marítima”, disse frisando que abordaram igualmente as possibilidades de os dois países trabalharem em comum na área do mar.

O diplomata nórdico informou que debaterem com José Mário Vaz sobre a acreditação dos embaixadores nos respectivos países para reforçar os laços entre as duas Nações.

“Somos muito felizes com o encontro com Presidente da República e com a visita à Guiné-Bissau. Já havia  a cooperação  bilateral entre os dois países e agora a acreditação dos embaixadores vai ser uma formalidade ou seja um simples processo técnico. E entendemos que o Presidente está muito feliz e gostaria de ver concretizado esse processo“, informou Kare Strormark. ANG/MSC/ÂC//SG

Cabo Verde


Estudantes em Marrocos dizem-se “ignorados e pedem novo cônsul
Bissau, 05 dez 18 (ANG) -  Os 108 estudantes cabo-verdianos em Marrocos dizem-se “ignorados” pelas autoridades cabo-verdianas e pedem nomeação de um novo cônsul do arquipélago nesse país que seja “mais presente” e tenha maior disponibilidade para apoiar os alunos.
O presidente da Associação dos Estudantes em Marrocos, Helton Lopes, disse à Inforpress em Rabat, que os alunos não têm recebido “qualquer atenção” tanto da Embaixada de Cabo Verde em Dakar, para onde devem encaminhar as suas preocupações, nem tão pouco do Ministério da Educação (ME) que, através da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), “só se lembra” desta associação apenas por ocasião do envio dos “novatos” (novos alunos) para os apoiar na integração.
Conforme explicou, para complicar ainda mais a situação, o cônsul de Cabo Verde nesse país, um cidadão de nacionalidade marroquina, “nem sempre tem a disponibilidade para dar aos estudantes o suporte de que eles precisam”.
“Os nossos deputados, quando visitam Marrocos, ou nos contactam em cima da hora ou muitas vezes não se lembram dos estudantes”, lamentou Helton Lopes, para quem os principais problemas que os estudantes enfrentem nesse país do Magrebe prende-se, essencialmente, com a sua integração e com o atraso no envio dos processos da parte da DGES, o que condiciona os alunos em relação ao início das aulas, além de atrasar a atribuição de bolsas.
De acordo com este responsável, a demora no envio dos documentos dos alunos que chegam pela primeira vez a Marrocos, impede-os de iniciarem, atempadamente, as aulas de língua francesa, situação que acaba por prejudicar os estudantes que, muitas vezes, são obrigados a escolher uma outra formação que não seja aquela que escolheu inicialmente.
Outra situação que preocupa esta associação, segundo o seu representante, prende-se com o atraso no envio dos processos de pedidos de bolsas ao Governo marroquino, por parte do ME.
“Os pedidos de bolsa ao Governo de Marrocos são feitos através do ME, mas os processos demoram a chegar à Agência Marroquina de Cooperação Internacional (AMCI) e isso cria constrangimentos sérios aos estudantes”, sublinhou Helton Lopes, realçando que os alunos ficam “desorientados” com todo esse estado de coisas.
Além disso, há necessidade de o ME preparar os estudantes antes de chegarem ao Marrocos, aproveitando os “anciões” (os que terminaram estudos) para realizarem palestras, sessões de esclarecimentos aos “novatos” que chegam àquele país sem nenhuma “ideia” acerca da realidade marroquina e dos problemas que os esperam.
Através da Ficase (Fundação de Acção Social Escolar), o Governo de Cabo Verde atribui, trimestralmente, uma bolsa aos estudantes, estimada em 16 mil escudos, mas, no entender deste líder associativo, a bolsa é atribuída “sem critérios”.
“A associação dos estudantes já pediu explicações sobre isso à Ficase, mas ainda não obteve nenhuma resposta. Queremos saber porque é que uns recebem e outros não”, adiantou, informando que por parte da AMCI, a bolsa atribuída de 1.500 DH (15 mil escudos) de dois em dois meses, “apenas dá para pagar a renda”.
Daí a necessidade de o ME negociar com a congénere marroquina o aumento do número dos estudantes nas residências estudantis.
Segundo o presidente da Associação dos Estudantes em Marrocos, seria necessário que Cabo Verde pensasse em colocar um novo representante diplomático nesse país que seja “mais presente”, já que “muitas vezes” há situações que ultrapassam a capacidade de intervenção desta associação.
“Há certas situações em que precisamos das intervenções das autoridades cabo-verdianas. Nunca contamos com a Embaixada de Cabo Verde em Dakar. Há responsabilidades que ultrapassam a própria associação”, explicou Helton Lopes, informando que por falta de recursos, esta associação, que conta apenas com a quotização dos estudantes, tem estado “sufocada” quando se trata de apoiar os alunos.
“Ao contrário dos estudantes de outros países, não temos recebido nenhum apoio por parte das autoridades cabo-verdianas”, notou este responsável, que insiste na necessidade de Cabo Verde colocar em Marrocos um representante que tenha “maior disponibilidade” para apoiar os alunos, que vivem naquele país africano”, concluiu.
ANG/Inforpress/Fim

Ensino público


Secretário-geral da Educação revela que Governo já pagou aos professores contratados e novos ingressos

Bissau, 05 Dez 18 (ANG) - O Secretário-geral do Ministério da Educação disse que já foram pagos as dívidas no montante de 250.172.024 fcfa aos professores contratados, das Escolas Superiores de Educação e aos novos Ingressos.

Em entrevista exclusiva à ANG esta terça-feira, José Júlio César Delgado, afirmou que a lei de Estatuto de Careira Docente aprovada em 2010/2011 não tinha sido regulamentada, o que acabou por acontecer recentemente durante a actual sessão parlamentar em curso.

“No mesmo houve  necessidade de fazer a sua revisão por isso foi aprovada de novo por unanimidade pelos deputados”, explicou, acrescentando que, o que atrapalhou todo esse processo foi as ondas de greves da UNTG para exigir, entre outros, o reajuste salarial na função pública porque os trabalhadores acham que é justo.

"É verdade que ao nível da UEMOA, o nosso país tem uma grelha salarial muito baixa. Então o governo veio a ceder para aumentar aos funcionários e isso deu um sufoco ao tesouro público Por isso muitas propostas do Ministério da Educação submetidas ao pelouro da Economia e Finanças para o pagamento de dívidas que estão a ser reclamadas pelos professores não foram liquidadas", revelou José César Delgado. 

Disse que o Ministério da Educação ainda continua a dialogar com os sindicatos dos professores, o Conselho Nacional de Juventude (CNJ), a Rede das Associações Juvenis (RENAJ), Associação dos Pais e Encarregados de Educação a fim de encontrarem uma solução para o fim da greve, mas que ainda não tiveram o sucesso porque o Ministério das Finanças alega não possuir suportes financeiros para sustentar o pagamento global das exigências dos professores.

Aquele responsável, explicou que no encontro que os sindicatos dos professores manteve na semana passada com o Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), propuseram que o Estatuto de Carreira Docente seja discutido na especialidade o que motivou a sua aprovação no mesmo dia e já foi remetido ao Presidente da República para a sua promulgação.

 “Contudo, os sindicatos do sector educativo se mantiveram intransigentes nas suas posições, prometendo  que iam reunir para depois apresentar as suas contrapropostas”, disse.

Instado a dizer sobre a vigília dos estudantes frente ao Ministério da Educação, aquele responsável lamentou o facto, tendo contudo acrescentado que todos os cidadãos conscientes podem exercer a cidadania.

Apelou as partes para se entenderem uns aos outros, para que haja um bom senso, em particular da parte dos sindicatos.

Um documento facultado à ANG confirma que os professores das Escolas Superiores de Educação, contratados e Novos ingressos foram pagos as dívidas atrasadas no montante de 250.172.024 CFA entre os meses de Janeiro à Março de 2018.

  ANG/DMG/ÂC//SG

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Benfica /Eleições


          Francisco Sofia é único candidato a cargo de Presidente do clube

Bissau, 04 Dez 18 (ANG) – O candidato Francisco Sofia é o único concorrente à Presidência do Club de Futebol Sport Bissau e Benfica nas eleições agendadas para o próximo dia 8 de Dezembro, informou hoje à ANG o Presidente da Comissão eleitoral do Clube.

Xavier António Gomes disse que as oito horas de segunda-feira terminou a entrega dos dossier de candidaturas que  só um interessado deu entrada os seus documentos para concorrer ao mais alto cargo daquela instituição desportiva.

“Só os sócios com cartão ou recibo do clube vão poder votar nestas eleições. Vão participar no acto, cerca de 600 sócios. Aproveito para informar aos companheiros para consultarem a lista provisória dos nomes fixados na sede do clube e se houver qualquer motivo para reclamação que o façam antes do dia da votação “,informou.

Gomes frisou ainda que cada sócio, para votar, deve estar munido de uma soma de dois mil francos cfa, como uma das condições finais para poder votar.

O Presidente da Comissão Organizadora das Eleições do  Sport Bissau e Benfica disse que as condições que um candidato deve possuir além de ser sócio legalizado, deve ter cartão ou recibo do club, informar a sua profissão e morada.

Xavier António Gomes apela aos colegas para irem para eleições com civismo e harmonia que sempre caracterizou a família benfiquista nacional.
ANG/MSC/ÂC//SG