quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Sudão/Novo balanço aponta que protestos provocaram 10 mortos e 140 feridos

Bissau, 27 Out 21(ANG) – Dez pessoas morreram e 140 ficaram feridas durante os protestos de segunda-feira contra o golpe militar no Sudão, anunciou terça-feira a Associação de Profissionais, que liderou em 2019 as manifestações que derrubaram o ditador Omar al-Bashir.

As mortes foram provocadas por tiros disparados pelo Exército das Forças de Apoio Rápido, uma antiga milícia acusada de crimes contra a humanidade em Darfur (a oeste), acrescentou a associação.

O presidente do Conselho Soberano sudanês, o mais alto órgão de poder no processo de transição do Sudão, general Abdel-Fattah al-Burhan, dissolveu na segunda-feira o Governo e o próprio conselho, horas depois de os militares prenderem o primeiro-ministro.

Al-Burhan leu uma declaração na televisão estatal sudanesa, na qual anunciou a instauração de um estado de emergência em todo o país entre um conjunto de nove pontos, que incluíram a dissolução do Governo e do Conselho Soberano, assim como a suspensão de vários artigos do documento constitucional que lançou as bases para a transição após o derrube de Omar al-Bashir em Abril de 2019.

As manifestações de segunda-feira registaram-se em várias partes do Sudão, após a dissolução do principal órgão do processo de transição do país, e a detenção do primeiro-ministro, Abdullah Hamdok.

Nesse mesmo dia, o Ministério da Informação do já dissolvido Governo denunciou que os militares dispararam contra os manifestantes que rejeitaram o golpe militar perante o Comando Geral do Exército em Cartum.

Num primeiro balanço provisório, o Comité de Médicos relatou três mortes, mas agora a Associação dos Profissionais triplicou esse número.

O general Al-Burhan declarou hoje, numa conferência de imprensa em Cartum, que o primeiro-ministro deposto está em sua casa, que “ninguém o raptou ou agrediu”, e “quando a situação se acalmar e a paz prevalecer, ele voltará para casa”.  ANG/Inforpress/Lusa

Greve saúde/”O diálogo é a única saída para a crise no sector de saúde”, diz líder do PND

Bissau,27 out 21(ANG) – O líder do Partido da Nova Democracia(PND), disse que o diálogo entre o patronato e o sindicato é a única via para a saída da crise instalada no sector de saúde do país.

Iaia Djaló falava hoje aos órgãos públicos de comunicação social, nomeadamente a ANG, jornal Nô Pintcha e TGB, sobre a posição do seu partido face as ondas de greves e boicote que tem assolado o sector de saúde do país.

“O governo está aberto para o diálogo para discutir os pontos em reivindicação e formas de os solucionar”, salientou, o Presidente do PND e igualmente  ministro da Justiça, do actual executivo liderado por Nuno Gomes Nabiam.

O pessoal médico, enfermeiros, parteiras e técnicos da área observam uma greve por tempo indeterminado que dizem ser “um boicote”, aos serviços sanitários de todo o país, em revindicação de pagamento de atrasados salariais, aplicação da carreira médica e melhoria das condições de trabalho.

Aquele político pediu aos agentes de saúde ou seja, médicos, enfermeiros e outros para repensarem as suas posições e para que não aceitem serem levados por alguém que quer atingir um objectivo que não seja o de salvar vidas humanas.

“As pessoas que morreram nos hospitais em consequência da greve já não voltam para esse mundo, de quem é essa responsablidade?. Podiam ter morrido sem que houvesse a greve ou boicote, mas também podiam não morrer se tivessem sido atendidas atempadamente”, disse.

Iaia Djaló sublinhou  que a greve está no ordenamento jurídico da Guiné-Bissau e que é um direito que assiste à qualquer trabalhador, mas salientou  que o termo “boicote” é desconhecido nas reivindicações desta natureza.

“Apelo as partes para privilegiarem um diálogo construtivo, e aos agentes de saúde para que retomem as suas actividades”, referiu.

O líder do PND sublinhou que não há nenhum país no mundo que não pretende promover os seus quadros para o índice do desenvolvimento humano e o seu crescimento no patamar desejado.

“Agora, importar médicos do Senegal, da Nigéria, Cuba… isso já não é uma boa conduta. Porquê que a Guiné-Bissau investiu para formar os seus quadros médicos se agora somos obrigados a recorrer à outros países para virem nos ajudar. É muita pena”, disse.

Perguntado sobre como qualifica a decisão do governo de avançar para a requisição civil para substituição dos agentes de saúde em greve, Iaia Djaló disse que isso está na Lei.

“A requisição civil significa que os funcionários públicos podem estar em reivindicação através de greves e outras, mas o governo entende por exemplo que os hospitais têm de funcionar e por isso avança com a requisição das pessoas hablitadas para prencher as vagas deixadas”, explicou o líder do PND.

Os profissionais de saúde observam uma paralisação por tempo indeterminado, à que chamaram de “boicote”. Em consequência desse “boicote” o maior centro hospitalar de Bissau não está a prestar assistência médica e a situação piorou com a detenção de dois líderes sindicais ligados ao movimento grevista, que entretanto foram libertados segunda-feira.

A situação levou o Governo a fazer o recurso a Requisição Civil, apesar dos protestos do pessoal médico em greve.

Para esta quarta-feira, a maior central sindical - a UNTG e o governo prevêm uma reunião para ver como conseguir um entendimento que leva a suspensão das greves, na saúde e na educação.

O pessoal da saúde reivindica o pagamento de salários em atraso à um grupo de médicos, a  aprovação da Carreira Médica, entre outras exigências, enquanto que os professores exigem a aplicação da Carreira Docente, pagamento de salários atrasados, entre outras reivindicações.ANG/ÂC//SG

Covid-19/Pandemia provocou 217.483 mortes e infectou 8.476.312 pessoas em África

Bissau, 27 Out 21(ANG) – O número de mortes associadas à covid-19 em África atingiu os 217.483 nas últimas 24 horas, com a região a contabilizar 8.476.312 infectados, dos quais 7.868.860 doentes recuperaram, segundo os dados oficiais mais recentes.

De acordo com o Centro de Controlo e Pr
evenção de Doenças da União Africana (África CDC), a África Austral continua a ser a região mais afectada do continente, com 3.922.173 casos e 111.094 óbitos associados à covid-19.

Nesta região, encontra-se o país mais atingido pela pandemia, a África do Sul, que contabiliza 2.920.109 casos e 88.987 mortes.

O Norte de África, que sucede à África Austral nos números da covid-19, atingiu hoje 2.582.838 contágios pelo vírus SARS-CoV-2 e 70.017 mortes associadas à covid-19.

A África Oriental contabiliza 1.047.205 infecções e 22.770, e a região da África Ocidental regista 661.168 casos de infecção e 9.925 mortes. A África Central é a que tem menos casos de infecção e de mortes, 262.928 casos e 3.677 mortes, respectivamente.

A Tunísia, o segundo país africano com mais vítimas mortais a seguir à África do Sul, regista 25.213 mortos e 712.013 infectados, seguindo-se o Egipto, com 18.375 mortos e 326.379 casos, e Marrocos, com 944.803 contágios, mas menos mortes do que os dois países anteriores, 14.636 óbitos associados à doença.

Entre os países mais afectados estão também a Etiópia, com 6.393 vítimas mortais e 363.240 infecções, a Argélia, com 5.899 óbitos e 205.990 pessoas infectadas, e o Quénia, com 5.263 mortes associadas à doença e 252.839 contágios acumulados.

Em relação aos países de língua oficial portuguesa, Moçambique contabiliza 1.929 mortes associadas à doença e 151.243 infectados acumulados desde o início da pandemia, seguindo-se Angola (1.709 óbitos e 64.033 casos), Cabo Verde (349 mortes e 38.151 infecções), Guiné Equatorial (163 óbitos e 13.166 casos), Guiné-Bissau (141 mortos e 6.131 infectados) e São Tomé e Príncipe (56 óbitos e 3.697 infecções).

O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egipto, em 14 de Fevereiro de 2020, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infecção, em 28 de Fevereiro.

A covid-19 provocou pelo menos 4.945.746 mortes em todo o mundo, entre mais de 243,56 milhões infecções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e actualmente com variantes identificadas em vários países.ANG/Inforpress/Lusa

   
Cultura
/Sambala Kanuté lança seu sexto album denominado “Djali Kebá”

Bissau 27 Out 21 (ANG) – O músico e compositor guineense Sambala Kanuté apresentou hoje o seu sexto album intitulado Djali Kebá -“Djidiu Garande “, em criolo com 7 faixas musicais, e que contou com a participação dos produtores nacionais Ivan Barbosa e Naty Pro.

Falando numa conferência de imprensa de  apresentação do novo trabalho, o Lifanti Garande como também  é conhecido, disse que os trabalhos do disco iniciaram em Bissau com o produtor Naty Pro e  terminaram, em Portugal, com o Ivan Barbosa.

Disse que dedicou a obra ,especialmente,  ao Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló.

 “Este álbum foi um trabalho bem feito e não foi barato uma vez que participaram músicos e engenheiros de son de renome internacional”, disse.

Sambala Kanuté lamentou a falta de poder de compra por parte dos guineenses que preferem músicos de fora em deterimento dos nacionais.

“Quando um artista estrangeiro visita o país enche os estádios ao contrário dos concertos dos músicos nacionais, que para o fazerem têm que convidar artistas estrangeiros para os seus espectaculos, o que não acontece noutros países como Senegal e outros “,lamentou.

Sambala lamentou que noutros países um músico lança dois àlbuns no mercado e se torna um homem rico.

Defende que a  realidade guineense deve ser invertida para o bem da cultura com apoio do povo apostando e consumindo o que é nacional.

Afirmou que o dinheiro que provem da venda de um album não chega para cobrir as despesas feitas e que muitos ficam com dividas a pagar, tendo agradecido todos os que colaboraram para que o trabalho seja uma realidade.

O novo disco, segundo Kanuté,  foi feito para ouvir e dançar e reflete o passado, presente  e projeta o futuro da Guiné-Bissau.

Segundo Sambala Kanuté, o  álbum teve o patrocínio das pessoas que diz ser  da “geração de concreto”, numa alusão ao actual Chefe de Estado Umaro Sissoco Embaló, do Hotel Royal Bissau e da Fábrica de Espuma - Latex Foam Bissau.ANG/MSC/ÂC//SG

 

Covid-19/Senadores brasileiros aprovam relatório e pedem punição de Bolsonaro

Bissau, 27 Out 21(ANG) – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investigou no Senado brasileiro a gestão da covid-19, aprovou hoje o relatório final e pediu 80 indiciamentos por crimes durante a pandemia, entre eles do Presidente, Jair Bolsonaro.

Por sete votos contra quatro, o relatório final elaborado pelo relator Renan Calheiros foi aprovado, concluindo assim os trabalhos da CPI, que ao longo de seis meses ouviu dezenas de pessoas e investigou indícios de inúmeras irregularidades, que vão desde a defesa de fármacos ineficazes contra a doença por parte do Governo, até possíveis casos de corrupção na negociação de vacinas.

A versão final do relatório, com 1.279 páginas, recomenda o indiciamento de Jair Bolsonaro pela prática de nove crimes.

Ao chefe de Estado foram atribuídos os crimes de prevaricação; charlatanismo; epidemia com resultado morte; infracção a medidas sanitárias preventivas; emprego irregular de verba pública; incitação ao crime; falsificação de documentos particulares; crime de responsabilidade e crimes contra a humanidade.

De acordo com o relatório final, Bolsonaro “incentivou de forma reiterada a população a violar o distanciamento social, opôs-se ao uso de máscaras, promoveu aglomerações e tentou desqualificar as vacinas”.

No documento foi ainda incluído um pedido para que o Bolsonaro seja “suspenso” indefinidamente nas redes sociais, uma das principais ferramentas de comunicação do mandatário e que tem utilizado para divulgar desinformação sobre a pandemia, como uma relação falsa entre as vacinas contra a covid-19 e o desenvolvimento de SIDA.

Entre as figuras políticas que não foram poupadas pelo relator da CPI estão três filhos do Presidente – o senador Flávio Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro -, que foram acusados da prática de incitação ao crime.

Entre os 80 indiciamentos pedidos, dois foram contra empresas que firmaram contratos com o Ministério da Saúde (a Precisa Medicamentos e a VTCLog) e 78 foram contra pessoas, entre o próprio chefe de Estado, ministros e ex-ministros do actual Governo, deputados, empresários, médicos, funcionários públicos, um governador – o do Amazonas, Wilson Lima – entre outros.

O parecer da CPI será agora encaminhado a diferentes órgãos públicos, como Câmara dos Deputados, Polícia Federal, Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ministério Público Federal (MPF), Tribunal de Contas da União (TCU), a Ministérios Públicos estaduais, à Procuradoria-Geral da República (PGR), à Defensoria Pública da União (DPU) e ao Tribunal Penal Internacional (TPI), neste último caso devido aos alegados crimes contra a humanidade.

“A CPI, depois de seis meses de trabalho, encerra os seus trabalhos com o relatório aprovado pelo colegiado e agora é uma nova etapa, é a gente encaminhar para os órgãos competentes para que a possamos fazer justiça ao povo brasileiro”, despediu-se o senador Omar Aziz, presidente da CPI.

Aziz apontou ainda que a CPI da Pandemia conseguiu contrapor-se ao negacionismo do Governo e trazer o debate político aos brasileiros.

O senador argumentou também que a CPI descobriu que Jair Bolsonaro nunca teve a intenção de vacinar a população brasileira e disse que “não houve uma única palavra de acalento e solidariedade pelo chefe maior da nação” face às mais 600 mil mortes causadas pela covid-19.

Já os senadores aliados do Presidente refutaram a tese de que Bolsonaro foi responsável pelo agravamento da pandemia no Brasil e apresentaram votos em separado nos quais pediram a investigação sobre a actuação de governadores e prefeitos.

Após proclamar o resultado da votação do relatório, Omar Aziz atendeu a um pedido da senadora Eliziane Gama e pediu um minuto de silêncio pelas vítimas da pandemia.

Com mais de 606.246 mortes e 21,7 milhões de infectados pelo covid-19, o Brasil é, em números absolutos, um dos três países mais afectados pela pandemia no mundo, juntamente com os Estados Unidos e com a Índia.

A covid-19 provocou pelo menos 4.952.390 mortes em todo o mundo, entre mais de 243,97 milhões infecções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse. ANG/Inforpress/Lusa


CAN 2022 Feminino
/Guiné-Bissau apurou-se, Angola, Moçambique e São Tomé e Principe eliminados

Bissau,27 Out 21(ANG) - A Guiné-Bissau apurou-se para a segunda fase de apuramento para o CAN 2022, ao vencer por 0-1 na deslocação à Mauritânia.

Na primeira mão a Guiné-Bissau também tinha vencido por 1-0.

Na próxima e última ronda de apuramento para a fase final, a selecção guineense vai defrontar o Burkina Faso. Os jogos vão decorrer em Fevereiro de 2022.

Angola, Moçambique e São Tomé e Príncipe foram eliminados.

Angola perdeu por 2-0 na deslocação ao Botsuana num jogo a contar para a segunda mão. Na primeira mão, em Luanda, as angolanas foram derrotadas por 1-5 pelo Botsuana.

As moçambicanas perderam por 6-0 na deslocação à África do Sul. Na primeira mão, em casa, Moçambique foi goleado por 0-7 pelas sul-africanas.

As selecções que se apuram, seguem para o play-off de acesso à fase final do CAN Feminino 2022 que vai decorrer em Marrocos.

Por fim, a selecção são-tomense perdeu por 0-5, em casa no Estádio Nacional 12 de Julho, frente ao Togo, num jogo a contar para a primeira mão.

 Após esse jogo, São Tomé e Príncipe decidiu não jogar a segunda mão.

O CAN Feminino 2022 vai decorrer em Marrocos de 2 a 23 de Julho de 2022. Para além do país organizador, onze nações têm de alcançar o apuramento.

Quatro países lusófonos estavam na primeira fase de apuramento para o CAN 2022: São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Angola e Moçambique.  Cabo Verde não participou na prova. ANG/RFI

 

terça-feira, 26 de outubro de 2021

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Sudão-golpe de Estado/”Ex Primeiro-ministro está em sua casa”, diz General Al-Burahan

Bissau, 26 Out 21 (ANG) - O chefe das Forças Armadas sudanesas, general Abdel-Fattah al-Burhan, anunciou hoje, terça-feira, que o primeiro-ministro deposto do país, Abdullah Hamdok, que foi preso pelos militares, está em sua casa, revelando assim o paradeiro do ex-chefe do Governo.

"Disse que não tinha a certeza se a detenção de um ministro ou de um político era a coisa certa a fazer, mas disse que tinha de justificar as suas acções perante o público", referiu o general, citado pelo site Notícias ao Minuto.

"Ninguém o raptou ou agrediu, ele está em minha casa", disse Al-Burhan, numa conferência de imprensa em Cartum, assegurando que "quando a situação se acalmar e a paz prevalecer, ele voltará para casa".

A comunidade internacional tem vindo a pedir a libertação de Abdullah Hamdok.

A tomada do poder pelos militares na segunda-feira seguiu-se a semanas de crescente tensão política no país, intensificadas como uma tentativa de golpe de Estado em 21 de Setembro.

Esforços de membros civis do Governo em reformar o sector da segurança no país geraram uma forte reacção dos militares, inclusive de al-Burhan.

Os militares deixaram de participar em reuniões conjuntas com membros civis, o que atrasou, por exemplo, a aprovação por parte do Conselho de Ministros de entregar o antigo ditador Omar al-Bashir e outros dois responsáveis do regime deposto em Abril de 2019 ao Tribunal Penal Internacional (TPI).

Nas primeiras horas de 25 de Outubro, os militares prenderam pelo menos cinco ministros, bem como outros funcionários e líderes políticos, incluindo o primeiro-ministro.

Ao meio do dia de segunda-feira, Al-Burhan, presidente do Conselho Soberano - órgão governativo composto por civis e militares - anunciou num discurso na televisão estatal que dissolvia o Governo e o próprio Conselho Soberano, e decretava o estado de emergência no país.

Pelo menos três pessoas morreram segunda-feira devido a ferimentos de bala durante manifestações contra o golpe militar, que interrompeu o processo de transição democrática iniciado após o afastamento de Omar al-Bashir, em abril de 2019.

 

"Confirmou-se a morte de um terceiro mártir por disparos das forças do conselho militar golpista", escreveu o Comité Central de Médicos do Sudão, na rede social Facebook, que acrescentou que o número de feridos é agora superior a 80. 

O Comité Central de Médicos, que tem tratado manifestantes desde a revolução que afastou Al-Bashir, disse que ainda está, no entanto, a contar as baixas, segundo a agência noticiosa Efe.

Por sua vez, a Associação dos Profissionais do Sudão, que liderou os protestos durante a revolução, alertou os manifestantes que os militares estão a tentar remover as barricadas em várias partes do país para facilitar o movimento e "continuar com a campanha de detenções".

"Avisámos os revolucionários para evitarem o enfrentamento e os confrontos com estes criminosos", alertaram, numa declaração citada pela Efe, na qual pediram também a "proteção das barricadas durante a noite".

A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, condenou o golpe de Estado em curso no Sudão, tendo pedido aos militares para "respeitarem a ordem constitucional (...) e se retirarem das ruas".

A União Europeia também se manifestou "muito preocupada" com as notícias de um golpe de Estado no Sudão e apelou à "rápida libertação" dos dirigentes civis do Governo, assim como ao restabelecimento "urgente" das comunicações no país.

A União Africana (UA) apelou à "retoma imediata" do diálogo no Sudão, pela voz do presidente do órgão executivo da organização, Moussa Faki Mahamat, que disse ter tomado "conhecimento com profunda consternação dos graves desenvolvimentos" no país.

Os Estados Unidos da América, Alemanha e França, entre outros países, condenaram igualmente o golpe de Estado e apelaram à libertação dos dirigentes civis sudaneses.ANG/Angop

 


Greve Saúde
/MADEM-G15 exorta ao governo a prosseguir com  negociações com  sindicatos do sector

Bissau, 26 Out 21 (ANG) – O Movimento para Alternância Democrática  (MADEM-G15) exorta o governo o prosseguimento das negociações com os sindicatos do sector da saúde, mas também a tomada de  medidas necessárias que visam o cumprimento das leis em vigor no país contra os grevistas.

A exortação  foi feita hoje pelo Secretário-geral do MADEM-G15,  Abel da Silva, em jeito de reação à greve no sector da saúde e da educação, há mais de oito meses.

“O governo pagou todas as dívidas existentes”, afirmou Abel da Silva, sustentando que o executivo investiu mais de cinco mil milhões de francos CFA no sector da educação e mais de três mil milhões  no pagamento das dívidas sector da saúde .

Abel da Silva  acusou aos sindicatos de estarem a actuar na base de “interesses politicos  ou  estão a ser monitorizados pelos politicos”, porque, segundo diz, não há motivos para sucessivas greves.

Acrescentou que algumas justificações apresentadas pelos sindicalistas são meramente de caracter politico e não de pressão sindical.

Disse que a sua formação politica está triste com o que está a passar no sector da saúde, com perdas de vidas humanas causadas pelos próprios guineenses.

Disse que, por essa razão  exorta o governo a proceder com descontos salariais aos grevistas, na base da lei, e instauração de processos disciplinares contra aqueles que excederam o número de faltas permitidas pela Lei Geral de Trabalho.

O Secretário-geral do MADEM-G15 aconselha  ao Executivo a respeitar a liberdade sindical, mas também que deve tomar medidas para pôr cobro à essa situação,  sustentando que  a lei ressalva o direito a aplicação de alguns mecanismos para dar resposta a  situação de gênero.

O politico recomenda  aos  trabalhadores a voltarem aos seus respetivos postos de serviço e continuarem com as negociações  para se encontrar soluções para os problemas, em vez de prosseguirem com atitudes  como se fossem politicos.

O Madem G-15 é o principal partido na coligação que suporta o actual governo, e é a segunda maior força política do país .ANG/LPG/ÂC/SG   

 

 

Ambiente/Nações Unidas fazem soar o alarme sobre gases com efeito de estufa

Bissau, 26 Out 21 (ANG) - As concentrações de gases com efeito de estufa, responsáveis pelo aquecimento global, atingiram níveis recorde no ano passado, alertaram hoje a Organização das Nações Unidas (ONU), seis dias antes da Cimeira do Clima (COP26), noticiou a Lusa.

No seu último relatório, a Organização Met
eorológica Mundial (OMM), agência das Nações Unidas, mostra que, mais uma vez, as concentrações dos três principais gases com efeito de estufa, que retêm o calor da atmosfera, atingiram o pico em 2020.

A desaceleração económica imposta pela pandemia de covid-19 "não teve um impacto percetível" sobre o nível e a progressão dos gases com efeito de estufa na atmosfera, apesar de um declínio temporário nas novas emissões, observa a OMM.

A taxa anual de aumento nas concentrações de dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O) até superou a média do período 2011-2020 do ano passado, assinala a agência.

“A este ritmo de aumento das concentrações de gases com efeito de estufa, o aumento das temperaturas no final do século ficará muito acima das metas do Acordo de Paris, 1,5 a 2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais. Estamos muito longe da meta”, alerta o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas.

“Muitos países estão a fixar objetivos de neutralidade carbónica e esperamos ver um aumento espetacular de compromissos na COP26. (...) Devemos repensar a indústria, o setor de energia e transporte, e todo o nosso modo de vida. As transformações necessárias são economicamente acessíveis e tecnicamente viáveis. Não há tempo a perder”, instou.

De acordo com a última avaliação da ONU, os compromissos assumidos por quase 200 países para reduzir as atuais emissões de gases com efeito de estufa estão longe da meta do Acordo de Paris e não evitarão um aquecimento "catastrófico" de 2,7 graus Celsius.

A ONU espera que os líderes mundiais que se vão reunir em Glasgow, na Escócia, dentro de seis dias, no quadro da COP26, tomem medidas para manter o planeta numa trajectória de aquecimento suportável nos próximos anos, já que os dados mostram que os níveis de CO2 continuaram a aumentar em 2021.

O CO2, proveniente principalmente da queima de combustíveis fósseis e da produção de cimento, é de longe a principal causa do aquecimento global.

E como o CO2 permanece na atmosfera por séculos e ainda mais no oceano, o aquecimento já observado persistirá por décadas, mesmo que as emissões líquidas sejam reduzidas a zero rapidamente, alerta a OMM.  ANG/Angop
 
 

 

 


Política/
Líder do  CNA pretende servir de ponte entre sindicato e patronato para pòr fim à greve na Função Pública

Bissau, 26 Out 21(ANG) – O líder do partido Congresso Nacional Africano(CNA) disse que pretende servir de ponte entre o sindicato e o patronato para pôr fim à greve na Função Pública.

A proposta  de Braima Djaló, vulgo Obama vem expressa numa Nota à imprensa enviada à ANG, um dia depois da libertação de  dois líderes sindicais das prisões da Polícia Judiciária, na sequência do boicote do pessoal da saúde contra serviços hospitalares de todo o país.

Segundo o documento, Obama quer com esta iniciativa colocar as duas partes na mesma mesa para negociarem a suspensão das reivindicações, uma vez que os sectores siociais estão cada vez mais afetados e o sofrimento do povo continua a agravar-se.

Na mesma nota, o CNA condenou  a detenção dos dois líderes sindicais, e diz que o Governo deve assumir as suas responsabilidades.

O CNA, uma formação política sem assento parlamentar declara que quer fazer parte de solução, oferecendo  às duas partes a oportunidade de se sentarem na mesma mesa, com vista a chegarem a consensos que possam acabar definitivamente com ondas de greves no país.

O partido revela na Nota que vai iniciar alguns encontros com as partes nomeadamente a central sindical, a UNTG, e  exorta ao Presidente da República para usar a sua magistratura de influência,   como garante da estabilidade  para encontrar soluções duradouras sobre a crise  na saúde e   no ensino público.

Os sectores da saúde e do ensino público observam greves, os seus profissionais   reivindicam o pagamento de salários em atraso, melhorias de condições de trabalho, aprovação da Carreira Médica, aplicação da Carreira Docente, entres outras.ANG/JD/ÂC//SG

 

Covid-19/Senegal e Ruanda acordam com a BioNTech produção de vacinas em África

Bissau, 26 Out 21(ANG) – O Senegal e o Ruanda assinaram um acordo com a empresa alemã BioNTech para a construção das suas primeiras fábricas de produção de vacinas de RNA por mensageiro em África.

A BioNTech, que produz a vacina
Pfizer-BioNTech COVID-19, anunciou hoje, através de um comunicado, que a construção terá início em meados de 2022 e que se encontra a trabalhar com o Instituto Pasteur em Dakar, capital do Senegal, e com o Governo ruandês.

“Instalações de ponta como esta irão salvar vidas e alterar o jogo para África e poderão levar a que milhões de vacinas de ponta sejam feitas para africanos, por africanos, em África”, referiu Matshidiso Moeti, a directora regional para África da Organização Mundial da Saúde (OMS).

E acrescentou: “Isto é também crucial para a transferência de conhecimentos e ´know-how`, novos empregos e competências e, em última análise, reforço da segurança sanitária de África”.

Ugur Sahin, o cofundador e administrador da BioNTech, disse que o seu objectivo é “desenvolver vacinas na União Africana (UE) e estabelecer capacidades sustentáveis de produção de vacinas para melhorar conjuntamente os cuidados médicos em África”.

A BioNTech já tinha concordado, em Agosto, em trabalhar com o Ruanda e o Senegal para estabelecer instalações em África capazes de fabricar, de ponta a ponta, vacinas baseadas no mRNA, sob licença.

O novo processo do mRNA utiliza o código genético para a proteína do espigão do novo coronavírus e pensa-se que desencadeia uma melhor resposta imunológica do que as vacinas tradicionais.

Os cientistas esperam que a tecnologia, que é mais fácil do que os métodos de vacina tradicionais, possa acabar por ser utilizada para fazer vacinas contra outras doenças, incluindo a malária.

A BioNTech afirmou que as instalações em África acabarão por produzir cerca de 50 milhões de doses da vacina por ano, com a capacidade de aumentar, e adiantou que está em discussões para expandir a sua parceria com o fabricante sul-africano de vacinas Biovac, que está sediado na Cidade do Cabo.

O anúncio da BioNTech foi criticado por Rohit Malpani, um consultor independente de saúde pública em Paris, que trabalhou anteriormente para os Médicos Sem Fronteiras (MSF).

“Isto é muito pouco e tarde demais”, disse Malpani. “Nada deveria ter impedido a BioNTech de o fazer há um ano, quando estavam a construir fábricas nos Estados Unidos e na Alemanha. O facto de terem ficado de braços cruzados e terem permitido que esta vacina do ‘apartheid’ proliferasse e tivesse deixado milhões de pessoas sem vacinas mostra que não podemos confiar nestas empresas”.

Malpani salientou que o acordo é para produzir a vacina sob licença da BioNTech.

“Isto pode expandir a produção, mas o controlo sobre as vacinas ainda está, em última análise, nas mãos da BioNTech”, referiu. “Quando estas vacinas chegarem, já será demasiado tarde para milhões de pessoas. Isto não garante que os países terão acesso às vacinas ou que serão capazes de responder melhor a futuras pandemias”.

A Afrigen Biologics and Vaccines na Cidade do Cabo criou um laboratório e reuniu cientistas para produzir uma vacina mRNA que é uma réplica da vacina Moderna, utilizando informação que está publicamente disponível. Com o apoio da OMS, a Afrigen planeia desenvolver e produzir uma vacina contra o mRNA covid-19 independente do Moderna ou de outras grandes empresas farmacêuticas.

Em Julho, o Senegal tinha anunciado que o Instituto Pasteur iria gerir um novo centro de fabrico para produzir vacinas, inclusive para contra a covid-19. O orçamento para o centro foi estimado em 200 milhões de dólares (172.4 milhões de euros) e seria parcialmente financiado por fundos dos governos e instituições europeias e americanas.

Estes centros de fabrico de vacinas em África ajudarão a reduzir a sua dependência das importações, uma vez que o continente depende atualmente das importações para cerca de 99% das suas necessidades de vacinas, de acordo com a OMS.

África e os seus 1,3 mil milhões de pessoas continuam a ser a região menos vacinada do mundo contra a covid-19, com pouco mais de 5% totalmente vacinados, de acordo com os Centros Africanos de Controlo e Prevenção de Doenças.

África regista quase 217 mil mortes devido à covid-19 e 8,46 milhões de infectados com o novo coronavírus.

A covid-19 provocou pelo menos 4.952.390 mortes em todo o mundo, entre mais de 243,97 milhões infecções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e actualmente com variantes identificadas em vários países.ANG/Inforpress/Lusa

 

 

Greve Saúde/APU-PDGB exorta aos profissionais de saúde a regressarem ao trabalho e continuar a negociar com governo

Bissau 26 Out 21 (ANG) – O Partido Assembleia de Povo Unido (APU-PDGB) exortou hoje os profissionais de saúde em boicote dos serviços  à voltarem para os seus postos de trabalho e continuar a negociar com o Governo com vista ao alcançe de um  consenso.

Falando numa conferência de imprensa, em reação à situação, Augusto Gomes, Membro da Comissão Politica de APU-PDGB disse que, enquanto  partido sensível à questões sociais, principalmente no que toca com a saúde, não podia ficar indiferente e não dar a sua solução para a saída da crise que se vive “neste sector vital”.

Augusto Gomes disse que o partido  reconhece o direito que assiste aos trabalhadores de saúde de reivindicar melhores condições de trabalho ,mas diz que  deve haver um descernimento da parte do sindicato, ou seja, ,as suas reclamações não devem ir ao ponto de bloquear todo o sistema de saúde nacional e chegar ao extremo de fechar os hospitais, centros de saúde e abandonar os doentes.

“Como disse qualquer que seja reivindicação não pode chegar ao ponto de por em causa a vida humana. Somos de opinião de que, independetemente de qual pode ter sido a razão da parte do sindicato dos profissionais de saúde, ,devem poder sentar-se a mesa  negocial  com o Executivo”, referiu.

Acrescentou que os profissioais , antes, devem abandonar o boicote dos serviços. “O que estão a fazer através do boicote é a promoção das mortes dos cidadãos e quem jurou defender a vida não pode fazer isso”, sustentou.

Para Gomes, que é igualmente o ministro dos Transportes e Comunicações, o governo ao decidir pela requisição civil não está a desafiar o pessoal de saúde, mas sim a reforçar o sistema para atendimento das populações nos serviços essenciais de saúde, que é a sua responsabilidade.

 “Ao fazer isso o executivo vai reforçar o sistema para poder estar à altura de enfrentar os desafios com a participação dos técnicos dos países amigos no âmbito da cooperação, nomeadamente com Cuba ,  Senegal  e  Nigéria”, salientou Mendes do partido que também faz parte da coligação que suporta o actual governo.

O governante frisou que este Executivo, num espaço de 18 meses em funções fez várias realizações nos diferentes sectores sociais, incluindo na saúde e  educação, onde já se gastou com o pagamento de dívidas atrasadas cerca de 9 mil milhões de francos CFA, e melhorou as infraestruturas dos dois sectores.

Augusto Gomes defendeu que ninguém vai ser posto de fora e que como guineenses, as partes podem encontrar uma solução através do diálogo e continuar a trabalhar para o desenvolvimento do país ,tendo frisado que a requisição civil, na opinião do seu partido, não vai agudizar ou agravar a situação entre o governo e o sindicato de saúde, uma vez que são as vidas humanas que estão em causa, e o Executivo está a fazer o que esta na lei.

O pessoal da saúde decidiu boicotar os serviços em reivindicação de melhores condições de trabalho, pagamento de atrasados salariais e aplicação da carreira médica.

Dois dirigentes sindicais haviam sido encarcerrados na sequência desta paralisação.ANG/MSC/ÀC//SG

Greve saúde/Sinetsa apela o diálogo para se encontrar uma solução que ponha  fim à paralisação do sector 

Bissau, 26 Out 21 (ANG) – O Sindicato Nacional dos Enfermeiros, Técnicos de Saúde e Afins (SINETSA), apelou hoje ao Governo a pautar-se pelo  diálogo, como forma de, juntos, encontrarem uma solução viável, para pôr fim a sucessivas greves que nos últimos tempos têm assolado o sector da saúde pública.

Em conferência de imprensa, o Presidente de Sinetsa, Yoio João Correia que recentemente esteve preso à mando do  Ministério Público por alegado boicote em quase todo o sistema de saúde do país, disse  que os profissionais de saúde  fora de sector público não chegam à 100 médicos.

 “Está-se a falar de um processo de requisição civil para abrir portas para os reformados de sector de saúde, decisão que consideramos de pouco realista, porque  os reformados deste sector, a maioria já não se encontra de vida”, disse em reação a medida do Governo de fazer recurso a Requisição civil para enfrentar o boicote do pessoal da saúde nos serviços hospitalares do país.

Acrescentou  que outros  se encontram doentes em casa, sem condições para  prestar serviço.

 Yoto Correia disse que o governo deve entender que não há como não  promover o diálogo com o sindicato, para juntos tentarem encontrar soluções para pôr  fim ao contencioso que os afectam.

“Nós achamos que o governo devia ser o mais responsável em termos de criar condições para dialogar com o sindicado, porque  somos todos  guineenses, e sabemos que o que está a acontecer actualmente, não é agradável. É neste sentido que acreditamos que o governo vai cumprir o seu papel de promotor do  diálogo para chegarmos a um ponto de convirgência”, sustentou o sindicalista.

Questionado sobre quais são as exigências do  Sindicato ao Governo, em resposta, Yoio João Correia disse que são muitas, mas que no entanto, sabem que o governo, numa só uma vez, não vai conseguir resolver tudo.

“É neste sentido que priorizamos quatros pontos essenciais no nosso caderno revindicativo, nomeadamente a efetivação do pessoal, criação de condições de trabalho, aprovação da carreira médica e de mais documentos, e por último, a questão das dividas em atraso”, disse.

Yoio João Correia dirigiu-se na ocasião à brigada de médicos cubanos  pedindo-lhes para formarem os técnicos de saúde nacional, em vez de  entrarem em assuntos internos do país.

Ainda pediu à estes para  deixarem de “tentar coagir”  os alunos do quarto e quinto ano da Faculdade de Medicina, a participarem na campanha de vacinação, com alegações de que se trata de um trabalho curricular, pelo que quem não participar poderá ficar prejudicado.

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“Vamos  imaginar a consequência em caso de qualquer estudante da Escola Nacional de Saúde vacinar mal à um paciente ao ponto de prejudicar-lhe a saúde De quem será a responsabilidade ?, É neste sentido que aconselho aos estudantes de Faculdade de Medicina a não aceitarem entrar em qualquer tipo de campanha de vacinação, para não interromperem o seu futuro”, disse o responsável.

De acordo com aquele sindicalista , caso  os médicos cubanos enviados à Guiné-Bissau para uma certa missão continuarem com o mesmo acto, o  SINETSA, vai  promover vigilias e entregar uma carta de protesto  à Instituição que representa os cubanos na Guiné-Bissau. ANG/LLA/ÂC//SG

 


Greve saúde
/PRS apela governo à sentar-se com sindicato de saúde para se encontrar solução à paralisação

Bissau, 26 Out 21 (ANG) – O Partido da Renovação Social (PRS) apela ao governo à sentar-se com sindicato do setor de saúde para se encontrar uma solução que ponha termo a  paralisação que se verifica no sector.

O apelo da terceira maior força política da Guiné-Bissau, um dos membros da coligação partidária que suporta o actual governo,  foi feito esta terça-feira numa conferência de imprensa por um dos Vice-presidente do PRS, Lássana Fati.

Fati reconheceu a fragilidade do sistema de saúde guineense, frisando que, com a situação vigente, pode  transformar-se “numa lástima”.

“Nós do PRS concluimos que o governo deve se sentar com o sindicato de saúde para ultrapassar esta situação porque trata-se  de saúde e vida da população”,disse.

Pediu ao governo e sindicato para deixarem o orgulho e tudo o  que lhes impedem de se sentar à mesma mesa, para  voltarem a dialogar visando o encontro de soluções para a situação que se vive no sector da saúde pública.

O Pessoal médico, médicos, enfermeiros, parteiras e técnicos da área observam uma greve por tempo indeterminado que dizem ser “um boicote”, aos serviços sanitários de todo o país, em revindicação de pagamento de atrasados salariais, aplicação da carreira médica e melhoria das condições de trabalho.

Perguntado sobre a decisão de  requisição civil anunciada pelo governo, Fati disse que isso não quer dizer nada, justificando que aquela medida visa colmatar a situação atual e diz que não implica que os técnicos vão ficar fora do sistema.

“Não podemos ficar parados até chegar ao entendimento, é complicado. A requisição civil está sendo feita para poder atender os doentes nos hospitais, por enquanto as negociações estão sendo feitas”, sustentou Fati.

Informou que a Comissão Permanente da Assembleia Nacional Popular para Área Social dirigida por ele, a Sociedade Civil e o Governo têm já realizado vários encontros com os elementos dos sindicatos da saúde, e diz estar confiante de que haverá soluções para a situação que se vive no sector.

Lassana Fati reconheceu  que a  situação chegou ao ponto em que todo o mundo está preocupado, acrescentando que é preciso ter a calma.

Ao responder a questão dos jornalistas sobre o facto de que, até então, as aulas não se inciaram  nas escolas públicas, Fati disse que as aulas vão começar brevemente, e diz que essa garantia foi dada pelo  o Ministro da Educação Nacional. ANG/DMG/ÂC//SG