Greve Saúde/APU-PDGB exorta aos profissionais de saúde a regressarem ao trabalho e continuar a negociar com governo
Bissau 26 Out 21 (ANG) – O
Partido Assembleia de Povo Unido (APU-PDGB) exortou hoje os profissionais de
saúde em boicote dos serviços à voltarem
para os seus postos de trabalho e continuar a negociar com o Governo com vista
ao alcançe de um consenso.
Falando numa conferência de imprensa, em reação à situação, Augusto Gomes, Membro da Comissão Politica de APU-PDGB disse que, enquanto partido sensível à questões sociais, principalmente no que toca com a saúde, não podia ficar indiferente e não dar a sua solução para a saída da crise que se vive “neste sector vital”.
Augusto Gomes disse que o
partido reconhece o direito que assiste
aos trabalhadores de saúde de reivindicar melhores condições de trabalho ,mas diz
que deve haver um descernimento da parte
do sindicato, ou seja, ,as suas reclamações não devem ir ao ponto de bloquear
todo o sistema de saúde nacional e chegar ao extremo de fechar os hospitais, centros
de saúde e abandonar os doentes.
“Como disse qualquer que
seja reivindicação não pode chegar ao ponto de por em causa a vida humana. Somos
de opinião de que, independetemente de qual pode ter sido a razão da parte do
sindicato dos profissionais de saúde, ,devem poder sentar-se a mesa negocial com o Executivo”, referiu.
Acrescentou que os
profissioais , antes, devem abandonar o boicote dos serviços. “O que estão a
fazer através do boicote é a promoção das mortes dos cidadãos e quem jurou
defender a vida não pode fazer isso”, sustentou.
Para Gomes, que é igualmente
o ministro dos Transportes e Comunicações, o governo ao decidir pela requisição
civil não está a desafiar o pessoal de saúde, mas sim a reforçar o sistema para
atendimento das populações nos serviços essenciais de saúde, que é a sua
responsabilidade.
“Ao fazer isso o executivo vai reforçar o
sistema para poder estar à altura de enfrentar os desafios com a participação
dos técnicos dos países amigos no âmbito da cooperação, nomeadamente com Cuba , Senegal
e Nigéria”, salientou Mendes do
partido que também faz parte da coligação que suporta o actual governo.
O governante frisou que este
Executivo, num espaço de 18 meses em funções fez várias realizações nos
diferentes sectores sociais, incluindo na saúde e educação, onde já se gastou com o pagamento de
dívidas atrasadas cerca de 9 mil milhões de francos CFA, e melhorou as
infraestruturas dos dois sectores.
Augusto Gomes defendeu que ninguém vai ser posto de fora e que como guineenses, as partes podem encontrar uma solução através do diálogo e continuar a trabalhar para o desenvolvimento do país ,tendo frisado que a requisição civil, na opinião do seu partido, não vai agudizar ou agravar a situação entre o governo e o sindicato de saúde, uma vez que são as vidas humanas que estão em causa, e o Executivo está a fazer o que esta na lei.
O pessoal da saúde decidiu
boicotar os serviços em reivindicação de melhores condições de trabalho,
pagamento de atrasados salariais e aplicação da carreira médica.
Dois dirigentes sindicais
haviam sido encarcerrados na sequência desta paralisação.ANG/MSC/ÀC//SG
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