Saúde/Cerca de 1.500 técnicos de saúde trabalham há mais de um ano sem salário
Bissau, 15 Out 21 (ANG) - O presidente do Sindicato Nacional dos Enfermeiros, Técnicos de Saúde e Afins (SINETSA), Yoio João Correia, revelou hoje que cerca de 1.500 técnicos de saúde da Guiné-Bissau trabalham há mais de um ano sem salários.
"Temos profissionais de
saúde nas diferentes áreas colocados recentemente e outros que estão a
trabalhar há mais de 15 meses sem receber. Se fizermos as contas, são cerca de
1.500 técnicos de saúde que estão no sistema e que levam mais de um ano a
trabalhar sem receber os seus respetivos salários", disse.
Yoio João Correia falava à
Lusa sobre o processo da negociação solicitado pelo executivo guineense, bem
como sobre a situação das dívidas que o Governo tem com diferentes categorias
dos profissionais de saúde da Guiné-Bissau.
O sindicalista explicou que
o setor de saúde depara-se com grandes problemas além das questões das dívidas,
sobretudo no que diz respeito à questão dos estatutos da carreira profissional
para organizar o setor bem como o regulamento interno.
“Até agora temos
profissionais de saúde que trabalham, mas que não recebem salários e que
condições terão para ir para o serviço, se não recebem seus ordenados",
questionou o sindicalista.
"Nestas condições é
difícil controlar os técnicos de saúde e muito menos exigir-lhes para irem prestar
os serviços mínimos", acrescentou.
Este sindicato integra a central sindical União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau (UNTG), que tem vindo a convocar greves no setor da saúde e na função pública em geral há cerca de um ano.ANG/Lusa
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